24/02/2010
por: Ricardo Fonseca
Depois de um longo e tenebroso inverno, a profissional brasileira Ângela Park parece estar disposta a retomar a carreira que fez dela a Estreante do Ano do LPGA Tour, em 2007, e a segunda mais jovem jogadora da história do circuito a superar US$ 1 milhão em prêmios. Férias, tempo para pensar e um novo professor de golfe a ajudaram a reencontrar o jogo que lhe deu o vice-campeonato do U.S. Open e levou o rigoroso comentarista Johnny Miller a apelidá-la de Garota Dourada, uma referência ao swing que ele classificou como o “melhor do golfe feminino” e à cor da roupa que levou a brasileira deixar Pine Needles sob os aplausos do mundo.
Quando se esperava que Ângela vivesse, em 2009, sua maior temporada, o mundo desmoronou sob seus pés. Depois de terminar três vezes entre as sete primeiras nos quatro primeiros torneios da temporada passada, os deuses do golfe a abandonaram à própria sorte. A partir de maio e nos 11 torneios seguintes, ela não terminou nenhum – quatro por desistência e sete por não passar o corte.
Problemas – “As pessoas pensavam que eu estava machucada ou doente”, contou Ângela em Cingapura, após seu último treino para o HSBC Women`s Champions, torneio do LPGA Tour com US$ 1,3 milhão em prêmios, que vai ser o seu primeiro da temporada. Só nesta quarta, depois de ter se recusado a falar com a imprensa e mesmo amigos próximos sobre os problemas que a afligiam, Ângela rompeu o silencio, em entrevista para a correspondente Beth Ann Baldry, da Golf Week.
“Meus drives estavam voando para fora da Terra”, conta a brasileira, que perdeu a confiança do dia para a noite. “Achei que nunca mais iria me recuperar”, conta Ângela. “Aconteceu rápido demais”.
Swing – Ângela pensou em abandonar a carreira, antes de se dar conta que as várias trocas de professores que teve tinham prejudicado seu jogo. Ele fez mais uma troca, dessa vez passando a trabalhar com Bryan Lebedevitch, professor de Cristie Kerr. Juntos eles reviram os vídeos dos bons tempos de Ângela e passaram as férias trabalhando para recuperá-lo. Garante que o reencontrou.
A brasileira contou ainda que teve todo o apoio do pai, que falou que ela podia abandonar o golfe, mas isso não iria fazer sua vida mais fácil. Segundo ela, o pai lhe mostrou que fugir só faria como que tudo na vida parecesse difícil depois disso. E que percebeu que não queria deixar o golfe.
Carreira – Em três anos de profissionalismo, Ângela já ganhou US$ 2,1 milhões em prêmios, terminou 17 vezes entre as dez primeiras, incluindo três vezes entre as cinco primeiras em majors, além de figurar entre as dez primeiras do ranking mundial e do LPGA Tour, em 2008.
Hoje, depois de três meses, Ângela volta a campo para estrear logo num dos torneios mais importantes da temporada. Como não há cortes entre as 63 jogadoras da elite do golfe mundial, ela vai ter quatro dias para mostrar ao mundo – mas sobretudo para ela mesma – que a Garota Dourada está de volta.
– LPGA Tour: quem aposta em Ângela?
Bookmaker londrino paga 125 por 1 para quem acertar na vitória
da brasileira esta semana
Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços
Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course
Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50
21/09/2024
20/09/2024
19/09/2024
18/09/2024
18/09/2024
18/09/2024
© Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados