Aberto de Brasília: Argentino vence por oito tacadas de vantagem

21/04/2013


Sadao estreia pelo Damha com vice-campeonato. Fanta, em 3º, é o novo nº 1 do Brasil


 Garmendia (azul) venceu e Sadao, estreando pelo Damha, foi o melhor brasileiro no golfe do DF
 Garmendia (azul) venceu e Sadao, estreando pelo Damha, foi o melhor brasileiro no golfe do DF

por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor

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O argentino Juan Ignácio Garmendia, um dos sete sulamericanos convidados para o torneio, não deu chance aos adversários no 30º Aberto de Golfe de Brasília, encerrado neste domingo, no Clube de Golfe de Brasília, no Distrito Federal. Ele somou 271 (73-71-73) tacadas, uma acima do par, para ser campeão do evento que integrou as festividades do 53º aniversário de Brasília, neste 21 de abril, terminando oito tacadas à frente dos adversários, incluindo seis dos Top 10 do ranking brasileiro amador de golfe.

Mas, ainda assim, os brasileiros tem muito o que comemorar neste que foi o primeiro torneio do ano válido para o ranking brasileiro que reuniu a elite do golfe no país. O paulista Márcio Sadao Kimura, ex-capitão do São Fernando, estreando como jogador do Damha Golf Club, de São Carlos, jogou 71 (-1), um dos três resultados abaixo do par de toda a semana, para ser o vice-campeão, com 225 tacadas. O gaúcho Octávio Villar, o Fanta, que empatou em terceiro, uma tacada atrás, saiu de Brasília como o número 1 do Brasil, enquanto o juvenil gaúcho Matheus Balestrin, jogava 70 (-2), a melhor volta do torneio, para também empatar em terceiro, ao lado ainda do carioca Daniel Kenji Ishii.

Vitória – O argentino começou o dia quatro tacadas à frente do paulista Ivan Tsukazan, mais um dos fortes jogadores do Damha, que dividira com o argentino a liderança no primeiro dia. Tsukazan descontou duas tacadas no buraco 1, onde fez birdie contra bogey do adversário, e teve chances de empatar com o argentino nos buracos 2 e 3, antes de jogar 40 de ida e 39 de volta para marcar 79, sua pior volta da semana, e cair para o sexto lugar.

Garmendia abriu a volta com dois bogeys consecutivos, para se recuperou com birdies no 5 e no 7, os dois pares cinco da primeira metade do campo, para jogar o par de ida. Na segunda metade do campo, o argentino copiou o cartão até o buraco 18, onde, já com a vitória assegura, fez bogey para jogar 73. “Este foi meu primeiro título do ano”, conta Garmendia, de 21 anos, quinto colocado do ranking argentino, que gostou muito do campo de Brasília. “O percurso é muito seletivo, mas eu estava bem treinado depois de jogar 15 torneios do ranking argentino desde janeiro”, conta o campeão, que já havia jogado em Curitiba, quando juvenil.

Falta de jogo – Ivan deixou o campo decepcionado com seu swing, que não esteve bom em nenhum dos três dias. “Na primeira rodada, os putts me salvaram, mas nas duas últimas me deixaram na mão”, conta Ivan, que sentiu a falta de ritmo de jogo, já que não havia jogado nenhuma competição forte em mais de quatro meses. “Vou descobrir o que está errado com meu swing e me preparar para o Sul-Brasileiro”, diz Ivan, referindo-se ao torneio do ranking nacional que vai ser de sexta a domingo desta semana, em Porto Alegre.

O brasileiro mais feliz em campo era Sadao Kimura, que estava ainda mais destreinado do que Ivan, depois de ter jogado apenas três voltas de 18 buracos, em 2013, antes de estrear em Brasília. Sadao fez cinco birdies para jogar uma abaixo de ida e par de volta, Ele fechou o dia com um birdie no 18 que o permitiu terminar sozinho em segundo.

Novo nº 1 – Octávio Villar, o Fanta, também não tem do que reclamar. Depois de duas voltas de 77 tacadas, jogou 72 no domingo para ainda terminar em terceiro e voltar a ser o número 1 do Brasil, aos 46 anos, desbancando o também gaúcho Leonardo Conrado, que não pode ir a Brasília defender seu título por estar com um filho pequeno. Daniel Ishii, que empatou com ele em segundo, também ganhou importantes pontos para o ranking brasileiro, com chances de passar para o segundo lugar.

Mas a grande surpresa do dia foi Balestrin, que vinha de uma atuação morna no Sul-Americano Juvenil, no Paraguai. Depois de jogar 80 e 76, ele fechou a semana com 70 tacadas, a melhor volta do torneio, confirmando ser o melhor juvenil brasileiro da atualidade. Balestrin fez três birdies seguidos, do 5 ao 7, e um bogey no 9, para jogar 34, duas abaixo de ida. E fez mais um birdie e um bogey na segunda metade do campo, para ser o recordista do torneio.

Destaques – Walter Nunes, sétimo colocado, com 228 tacadas, foi o melhor jogador de Brasília. Clay Hamlin, americano radicado em Londrina, terminou em oitavo, com 229 tacadas, graças a um eagle-2 que fez no buraco 6, de par 4, ao embocar das 140 jardas com um wedge. O juvenil paranaense Homero Toledo Sobrinho, que também vinha do Sul-Americano Juvenil, recuperou-se das 87 tacadas da estreia com duas voltas de 72 tacadas, para ainda terminar entre os dez primeiros.

Walter Nunes deu o título da categoria com index até 8,5 a Brasília ao somar 213 tacadas, três abaixo de seu handicap. Rodrigo Ribeiro, também de Brasília, voltando de uma lesão na mão direita, jogou 71 (-1) nos três dias, para empatar em primeiro, mas ficar em segundo nos critérios de desempate. Krisjanis Bakuzis, completou o pódio brasiliense, no par do campo.

Mais categorias – Na 8,6 a 14, venceu Iuri de Oliveira, com 216 tacadas, segundo por Rodrigo Ribeiro, com 22, e Junio Batista, com 223. Todos são de Brasília. Bruno Flecha venceu na 14,1 a 22,1, com 209 tacadas, seguido por Sangki Lee, com 218, e Henry Briggs, com 220, todos jogadores da casa. E, finalmente, na 22,2 a 33, na modalidade stableford, o campeão foi Alfredo Junior, com 76 pontos, seguido por Joaquim Leão, com 75 e Paulo Freire, com 62.

Entre os seniores, dobradinha paulista, com Manuel Gama, presidente da Federação Paulista de Golfe, em primeiro, e Richard Conolly, do São Fernando, em segundo.

Mulheres – A final feminina também foi emocionante, com as três melhores jogadoras do Brasil, todas paulistas, duelando pelo título até os buracos finais. Ao chegar ao buraco 16, Lúcia Guilger, a Barata, e Ruriko Nakamura lideravam com uma de vantagem sobre Carla Ziliotto. No final, Ruriko errou menos para vencer com 241 (80-81-80) tacadas, contra 243 (83-79-81) de Barata. Carla fez a melhor volta do torneio, mas ainda assim ficou em terceiro, com 244 (87-82-75).

Na categoria feminina até 16,4, venceu a juvenil local Laura Caetano, com 212, seguida por Hiromi Suzuki, do Morro do Chapéu, de Minas, com 225 e pela carioca Giulia Malmann, com 226. Na 16,5 a 31,7, venceu Hyekyoung Cho, com 71 pontos, contra 64 de Rosa Motoki e 61 de Marly Terrell.

Centro de Treinamento
– Paulo Cezar Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, que também jogou em Brasília, anunciou durante a entrega de prêmios um convênio com a Fecong, a Federação Centro-Oeste de Golfe, o clube de Golfe de Brasília e o Ministério do Esporte para criar um Centro de Treinamento de Alto Rendimento no clube do Distrito Federal.

O 30º Aberto de Brasília teve patrocínio de Polaris Investimentos e apoio da American Airlines, Aquarela Centro de Ortodontia, ALJM Consultoria Empresarial e Laboratórios Sabin. O evento foi organizado pela Fecong, com apoio institucional da Confederação Brasileira de Golfe.

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