Aberto de Brasília: chileno Gustavo Silva vence no colapso de Pepê

21/04/2014


Brasileiro termina em segundo empatado com Herik Machado, que fez a melhor volta do dia


Gustavo Silva faz birdie no 18 para vencer o maior torneio de golfe de Brasília por quatro de vantagem
Gustavo Silva faz birdie no 18 para vencer o maior torneio de golfe de Brasília por quatro de vantagem

por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor

Depois de começar o dia vencendo por uma e fazer seu pior resultado da semana, Pedro da Costa Lima, o Pepê, não resistiu ao jogo mais consistente do chileno Gustavo Silva, que jogou o par do campo, para somar 211 (72-67-72) tacadas nesta segunda-feira, cinco abaixo, para ser campeão do 31º Campeonato Aberto de Golfe de Brasília, que integrou as comemorações dos 50 anos do Clube de Golfe de Brasília, no Distrito Federal. Pepê, que somou 215 (68-70-77) tacadas, uma baixo do par, terminou em segundo, empatado com o juvenil gaúcho Herik Machado (75-69-71), que ficou com o troféu de vice-campeão por ter feito os melhores 36 buracos finais – e a única volta abaixo do par da rodada final.

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O argentino Juan Garmendia, que defendia o título ganho em 2013, foi líder do primeiro dia e saiu no pelotão (na foto ao lado, Silva, Pepê e Garmendia), três atrás de Pepê, chegou a encostar na liderança com um birdie no 4, mas depois desandou. Garmendia teve que fechar o dia com dois birdies nos quatro buracos finais para ainda garantir o quarto lugar com 216 (67-74-75) tacadas, uma à frente do paranaense Luis Thiele (69-74-74), o quinto colocado, com 217. Octávio Villar, o Fanta, ficou em sexto, com 218, seguido pelo carioca Daniel Kenji Ishii (219). Paulo Nagata e Walter Nunes de Souza dividiram o oitavo lugar como os melhores jogadores da casa, com 227, empatados com o gaúcho Matheus Ballestrin, segundo melhor juvenil do torneio.

Virada – Gustavo, que joga no Brasil há cinco anos, e voltará em breve para a etapa da Faldo Series, em Porto Alegre, virou o jogo logo no primeiro buraco, onde fez birdie, contra bogey de Pepê, que bateu bem na bola quase toda a semana, mas pagou o preço da falta de ritmo de competição, sobretudo em cima dos greens. Um bogey do chileno no 2 deixou o jogo novamente empatado, mas Gustavo voltou à frente com um birdie no 5 e, apesar do bogeys no 8 e no 9, fechou a primeira metade do campo vencendo por duas, depois de Pepê fazer duplo bogey no 7 e bogey no 8.

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O jogo começou a ser decidido no buraco 11, onde Pepê errou um birdie de um palmo, o que lhe custou a confiança nos putts e um bogey no 12. Gustavo fez birdies no 12 e no 13, para abrir cinco de vantagem e colocar uma mão na taça. Pepê teve uma última chance de reagir quando fez birdies consecutivos no 15 e no 16, seus únicos do dia, conta bogey no Gustavo no 16, o que deixou o brasileiro apenas duas atrás. Gustavo não salvou o par da banca do 17, mas Pepê não aproveitou a chance de subir o 18 colocando pressão no chileno, ao errar mais um putt curto e também fazer bogey. Gustavo fechou a volta com um birdie no 18, contra bogey de Pepê, que saiu bem da banca mas voltou a errar o putt.

Revelação – Com isso o destaque brasileiro dia foi Herik Machado, de 17 anos (foto acima, no tee do 17, com o lago ao fundo), revelado no projeto Novos Talentos, da Federação Riograndense de Golfe, quando tinha 10 anos, Herik, menino de família pobre, de Santana do Livramento, tornou-se, desde 2013, uma das maiores promessas do golfe juvenil brasileiro. No ano passado, ele venceu o Aberto do Livramento, seu primeiro torneio do ranking estadual, e o Aberto do Estado do RS, seu primeiro título nacional.

Este ano, Herik vinha um terceiro lugar no Aberto do Curitiba, que abriu o ranking nacional de 2014, e uma vitória no Aberto de Pelotas, antes de ser segundo colocado e melhor brasileiro de mais um torneio do nacional, resultado que o coloca entre os cinco melhores amadores do Brasil. Apesar disso, a maior revelação do golfe brasileiro dos últimos dois anos ainda joga com tacos antigos, cada um de uma marca, todos doados por jogadores gaúchos, além de material, como bolsa e guarda-chuva, emprestados.

Na foto ao lado, Féres Jáber, Paulo Pacheco, Gustavo Silva, Lúcia Guilger, Carlos Eduardo Barroso e Junio Batista, na entrega dos troféus aos campeões

Copa das Nações – Para o Brasil restou o consolo de vencer a Copa das Nações, competição de duplas paralela à competição principal. Pepê e Thiele, que representavam o país, somaram 432 tacadas para vence por oito. Gustavo e Anibal Reinoso, deram o vice-campeonato para a dupla do Chile, com 440, enquanto a Fecong, defendida por Rogério Nascimento e Renato Deusdará, ficaram em terceiro, com 487. A Argentina não pode competir depois que seu segundo jogador não pode viajar para o Brasil.

Handicaps– Nas categorias com handicap, a maior surpresa aconteceu na com até 8,4 de índex, onde Rodrigo Ribeiro (na foto ao lado, com José Montes Magalhães Jr. e Junio Batista), líder desde o primeiro dia, caiu para o quarto lugar. Pepê foi o campeão com 209 tacadas, sete abaixo de seu handicap, seguido por dois jogadores da casa: Paulo Nagata, em segundo (-4), e Walter Nunes de Souza, em terceiro (-1). Já na 8,5 a 14, Antônio Glorias teve uma vitória aperta com 214 tacadas (-2), conta 215 de Junio Audi Batista, o vice-campeão. Carlos Silva empatou em terceiro com Rodrigo Ribeiro, com 217, mas levou o troféu nos critérios de desempate.

Na 14,1 a 22,1, João Victor Santos Batista, que jogou 61 no segundo dia, o melhor net de todo o torneio, venceu com 14 abaixo, conta seis abaixo de Huat Thart e uma abaixo de Péricles Toledo. E, na 22,3 a 32,9, disputada por soma de pontos (stableford), venceu Fabiano Lima, com 121, contra 111 de José Mamed Façanha Zaidan e 108 de Carlos Postiga.

Mulheres
– Na categoria feminina, vitória de ponta a ponta de Lúcia Guilger, a Barata (ao lado), que conquistou seu primeiro título nacional em quase um ano ao somar 235 (76-82-77) tacadas. Barata chegou a ser pressionada pelas juvenis Laura Caetano, de Brasília, e Carol Yamada, de Curitiba, na primeira metade da volta final, mas depois tornou a abrir vantagem e venceu por sete. Laura foi a vice-campeão com 242 (80-82-80), apenas uma à frente de Carol (80-80-83). Carla Ziliotto, a número 1 do Brasil, terminou em quarto, outra tacada atrás (82-81-81). Com isso, Carla deve manter a posição de nº 1, mas com Barata logo atrás.

Na categoria feminina única com handicap (até 16,4), onde os troféus não eram acumuláveis com a categoria principal, Carol foi a campeã com 222, seguida por Luiza Caetano, com 226 e Stela Miyagi, com 228. Após o almoço e a cerimônia de premiação, Féres Jáber, presidente do Clube de Golfe de Brasília, inaugurou a Escola de Golfe, uma moderna instalação no driving range do clube, que oferecerá aulas de golfe gratuitas para todos os interessados de até 18 anos, incluindo o empréstimo de todo o material necessário, que inclui 40 bolsas de tacos de golfe para todas as idades importadas dos EUA.

Escola – A cerimônia (foto ao lado), apresenta por Junio Batista, contou ainda com a presença de Carlos Eduardo Barroso, presidente da Fecong, a Federação Centro-Oeste de Golfe, à qual o clube é filiado, e de Paulo Pacheco, presidente da Confederação Brasileira de Golfe, entidade que apoia o projeto e deverá utilizar a Escola de Golfe para seu programa Golfe Para a Vida. O escola já estava em funcionamento, mas seu inauguração oficial ficou para este 21 de abril, data de aniversário de fundação de Brasília, em 1960, do Clube de Golfe de Brasília, em 1964, e do enforcamento de Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira, morto no Rio de Janeiro, em 1792.

O 23º Campeonato Aberto de Golfe de Brasília, que integrou as comemorações dos 50 anos do Clube de Golfe de Brasília, foi patrocinado pela Polares Investimentos e ALJN Consultoria Empresarial e organizado pela Federação Centro-Oeste/ Nordeste de Golfe, com o apoio da Confederação Brasileira de Golfe.

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