Aberto do Arujá: VEJA AS FOTOS

28/09/2009


Fabiano vira jogo no penúltimo buraco para vencer entre os profissionais. Oda é o melhor amador


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por: Ricardo Fonseca

Um drive de 360 jardas, seguido de um híbrido de 245 jardas para a beira do green do 17, um par 5 de 618 jardas, deram a Fabiano dos Santos a liderança do 33º Aberto do Arujá pela primeira vez na semana, e o título do segundo mais antigo e tradicional torneio profissional do Brasil. A sequência de jogadas matadora garantiu o birdie para Fabiano e forçou o erro de Acácio Jorge Pedro, líder por 71 buracos, que foi para o 18 perdendo por duas e teve que se contentar com o segundo lugar.

Acácio vinha mandando no jogo desde o começo da semana. Saiu líder com uma volta de 70 tacadas, duas abaixo do par, ampliou sua vantagem para três tacadas ao jogar 72 no segundo dia e, depois de mais uma volta de 70 tacadas no sábado, chegou à rodada final com quatro abaixo e quatro de vantagem sobre Fabiano, que estreou mal, com 7 tacadas, mas assumiu a vice-liderança no segundo dia, ao jogar 71, e manteve a posição com mais uma volta de 71 no sábado.

Virada – Fabiano descontou a vantagem de quatro tacadas logo na primeira metade do campo, onde fez quatro birdies, para jogar duas abaixo. Acácio, ao contrário, fez um birdie e três bogeys para subir duas tacadas chegar ao tee do 10 empatado em primeiro. Acácio retornou a vantagem com um bogey de Fabiano no 10, mas devolveu duas tacadas no 15, onde fez bogey, contra birdie do adversário, para ficar atrás pela primeira vez no dia. No 16, foi a vez de Fabiano errar o green e fazer bogey, para deixar o jogo mais uma vez empatado.

Acácio bateu primeiro no 17 e errou o drive pela direita. Fabiano não perdoou e bateu forte, com um fade que fez a bola contornar o dog-leg para direita, um tiro de 360 jardas. “Foi meu melhor drive do dia”, comemora Fabiano, indiscutivelmente o jogador que bate mais longe no Brasil. Acácio sentiu a pressão e atravessou a raia com seu segundo tiro e ficou mal colocado, tendo que fazer um lay up para antes do green com seu terceiro tiro.

Matador – Mais uma vez Fabiano foi matador. Seu híbrido fez a bola voar até a lateral do green e ficar a cinco metros da bandeira. A pressão foi demais para Acácio, que deu uma pesada com quarta tacada, que nem entrou no green. Fabiano encostou a bola na bandeira para fazer birdie. Acácio não embocou de fora e saiu com um bogey. Duas de vantagem para Fabiano, deixando o buraco 18 como mera formalidade para comemorar um título e uma virada de seis tacadas.

“Essa vitória foi muito importante para mim”, diz Fabiano, que pensou em abandonar o golfe no meio do ano. “Eu ia jogar no Japão, mas não consegui o visto, e está muito difícil sobreviver sem patrocínio”, conta. “O Brasil não tem mais torneios profissionais e sem patrocínios e campeonatos não tenho do que viver”, explica. “Agora, com essa vitória, posso tentar seguir adiante com meus projetos”.

O Aberto do Arujá, que em toda a sua história nunca deixou de prestigiar os profissionais com um torneio, teve ainda uma competição profissional sênior. O campeão foi César Bessa, do Rio, que virou o jogo na volta final para terminar uma tacada à frente de Paulo Freitas, de São Paulo. Joel Correia, do Rio, terminou em terceiro.

 Oda – A competição amadora do 33º Aberto do Arujá foi ainda mais disputada do que a profissional. Guilherme Oda, de Bauru, o número 2 do Brasil, saiu na frente, mas com apenas uma tacada de vantagem sobre três jogadores: Alexandre Domingues, do Guarapiranga, Everton da Silva, de Bauru, e Jorge Luiz da Silva, de Teresópolis.

Oda manteve a vantagem durante todo o dia, mas quase entrega o jogo com bogeys seguidos no 16 e no 17. Ele precisou fazer o par no 18 para jogar 76, a melhor volta amadora da semana, e terminar uma na frente de Alexandre, que também jogou 76. Everton, com 78, ficou em terceiro, outras duas tacadas atrás.

Handicap – Nas categorias com handicap os campeões foram Rogério Cardoso, de Itapeva, no categoria com até 8,5 de handicap índex; Carlos Cândido, da FPG, na 8,6 a 14; e Marcos Okumura, de Santos, na 14,1 a 19,1. Houve ainda premiação especial por idades. Clique aqui para conferir os resultados completos no site da Federação Paulista de Golfe (FPG).

Manuel Gama, presidente da FPG, que jogou a competição amadora e terminou entre os dez primeiros colocados, propôs ao clubes paulistas seguir o exemplo do Arujá e organizar competições profissionais em seus abertos. “Sem uma categoria profissional forte, o golfe brasileiro não vai se desenvolver como precisa”, explicou.

Muneki Tikasawa, presidente do Arujá, comandou a festa de entrega de prêmios e comemorou o fato do clube ter conseguido reunir uma dezena de grandes patrocinadores quando o Brasil ainda está saindo da crise financeira mundial. O festa de encerramento contou com o sorteio de dezenas de brindes dos patrocinadores e com o tradicional banquete de comida japonesa.

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