Aberto do Brasil inicia nova era no São Fernando

05/10/2011


Volta ao Tour das Américas é apenas o primeiro passo para recuperar a glória passada


Mario Gonzalez (acima e nas fotos da home page, pela ordem), recebendo o troféu de campeão do     Aberto do Brasil das mãos do presidente Getúlio Vargas, com Bobby Jones e com Roberto de     Vicenzo: tempos de glória e glamour do golfe brasileiro
   Mario Gonzalez (acima e nas fotos da página de abertura, pela ordem), recebendo o troféu
    de campeão do Aberto do Brasil das mãos do presidente Getúlio Vargas, com Bobby Jones
    e com Roberto de Vicenzo: tempos de glória e glamour do golfe brasileiro

Quando for dada a primeira tacada do torneio, na manhã desta quinta-feira, no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP), o Aberto do Brasil estará dando o primeiro passo para um destino muito maior do que voltar a fazer parte do Tour das Américas e distribuir pontos para o ranking mundial. O evento deste ano é apenas o passo inicial para o Aberto do Brasil volta sos momentos de glória que viveu no passado ao se tornar a primeira e mais importante competição do golfe brasileiro a integrar o novo PGA Tour das Américas, que será anunciado oficialmente nos próximos dias.

O novo circuito profissional da América do Sul e do Caribe, agora sob a tutela do PGA Tour, terá usa primeira temporada oficial em 2012, com até 12 torneios e um ranking continental que vai classificar seu melhores jogadores para o Nationwide Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour. O Aberto do Brasil e talvez um segundo torneio, formarão a perna brasileira do PGA Tour das Américas, com importância crescente até a volta do golfe aos Jogos Olímpicos, no Rio, em 2016.

Glória – Quem acompanha o golfe há pouco tempo não tem uma idéia precisa da importância que o Aberto do Brasil teve desde sua criação, em 1945, até o final dos anos 80, período em que atraiu oito campeões de majors para jogar no Rio de Janeiro e em São Paulo, que se revezavam como sede do torneio. Uma situação bem diferente da atual, quando o torneio vai ser jogado pela apenas terceira vez nos últimos seis anos e só teve cinco edições realizadas na década passada.

Oito campeões de 30 títulos de majors conquistaram juntos 14 títulos do Aberto do Brasil e são, pela ordem, Sam Snead, Roberto de Vicenzo, Billy Casper, Gary Player, Raymond Floyd, Jerry Pate, Hale Irwin e Ángel Cabrera. Player, campeão do Aberto do Brasil em 1972 e 1974, quando já era um dos três único (hoje cinco) jogadores a completar o Grand Slam na carreira, fez a primeira volta abaixo de 60 do golfe mundial ao jogar 59, dez abaixo do par do Gávea GCC, em sua rodada de sábado, em 1974.

Mestre Mário – O maior campeão do Aberto do Brasil é o mestre Mario Gonzalez, que conquistou oito títulos, incluindo sete entre 1946 e 1955. Nesse período de nove anos ele só perdeu os títulos de 1952 para Snead e o de 1954 para Vicenzo. Além, de Mário, apenas mais sete brasileiros venceram o Aberto do Brasil: Eduardo Caballero, duas vezes, e Priscillo Diniz, Ricardo Mechereffe, Eduardo Pesenti, Ruberlei Felizardo, Philippe Gasnier e Rafael Barcellos.

Muitos dos melhores profissionais brasileiros nunca venceram o Aberto do Brasil, como é o caso de Jaime Gonzalez, que apesar de ter feito a melhor carreira internacional que o Brasil já conheceu, foi apenas cinco vezes o melhor amador do torneio, a última delas como vice-campeão geral, em 1971, quando perdeu para Bruce Fleisher, campeão do U.S. Amateur de três anos antes. O mesmo acontece com Lucas Lee, que terá a chance de vencer o Aberto do Brasil pela primeira vez.

Ex-campeões – Dois irmãos já tiveram a honra de vencer o Aberto do Brasil: Angel Franco, em 1991, e Carlos Franco, o mais famoso da família, com quatro título do PGA Tour na carreira, que foi campeão em 2001 e 2003. Esse último título foi conquistado na última vez em que o Aberto do Brasil valeu para o Tour das Américas, o que faz de Carlos Franco uma espécie de defensor do título, oito anos depois.

Mas a família Franco não pára de surpreender e tem a chance de ter um terceiro irmão campeão do Aberto do Brasil: o caçula Ramon Franco, que vai jogar ao lado do irmão, talvez em condições técnicas até melhores do que as de Carlos. Ramon foi o campeão da etapa de abertura do CBG Pro Tour, em Porto Alegre, e terminou os dois torneios seguintes entre os cinco primeiros, para ser o segundo jogador do ranking do circuito da CBG, em 2011.

Patrocínio – O 58º Aberto do Brasil tem o patrocínio da Credit Suisse Hedging-Griffo e apoio da Embrase, Sportv, TAM Viagens, R&A, Federação Paulista de Golfe e São Fernando Golf Club. O relógio oficial é Rolex e o café oficial é o Nespresso. O evento conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte, é organizado pela Confederação Brasileira de Golfe e pela Brasil 1 e sancionado pelo Tour das Américas.

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