26/09/2015
por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor
O golfe brasileiro esteve em dia inspirado nesta sexta-feira, no Itanhangá Golf Club, no Rio de Janeiro, com um forte grupo de jogadores da casa, comandados por Alexandre Rocha, tomaram de assalto o topo do placar do 62º Aberto do Brasil, apresentado por Credit Suisse Hedging Griffo, que tem o Azeite 1492 como um de seus patrocinadores. O torneio do PGA Tour Latinoamérica termina neste domingo, na Barra da Tijuca, distribuindo US$ 175 mil em prêmios, sendo US$ 31,5 mil para o campeão e pontos para o ranking mundial de golfe para os seis primeiros colocados e empatados.
Nas fotos ao lado, de cima para baixo: Adilson da Silva
sobre o tapete de flores amarelas dos Ipês, que o vento derrubou; Daniel
Stapff, saindo da banca do 3; Rafa Becker, num belo impacto no tee do 7; Philippe
Gasnier, no tee do 5; Daniel Kenji Ishii, “draivando” no tee do 1; Felipe
Navarro, saindo da banca; e André Tourinho e Adilson, batendo drives no 16.
Rocha jogando quatro abaixo nos quatro primeiros buracos desta sexta-feira, com birdie no 10, eagle no 11 e birdie no 13. Apesar de um duplo bogey no 15, de par 5, onde fez uma seqüência de erros, o brasileiro que jogou no PGA Tour em 2011 e 2012 e no Web.com Tour, em 2013 e 2014, fez as pazes com seu putter, que o havia deixado na mão nos dois últimos torneios, para salvar alguns bons pares e fazer mais quatro birdies, incluindo um de longe no 9, seu buraco final do dia, o que o colocou em primeiro lugar, com 133 (68-65) tacadas, nove abaixo do par. Rocha divide a liderança com os americanos Kent Bulle (65-68) e Chris Baker (67-66).
Stapff – Outro destaque do dia foi Daniel Stapff, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que fez seis birdies em sua volta para subir para o quarto lugar, com 135 (68-67) tacadas, sete abaixo. Stapff, que acaba de ganhar o patrocínio do Evolution Sat e da Tri-o, foi membro do PGA Tour LA por dois anos, mas só recuperou seu cartão para 2015 no metade do ano após uma série de boas atuações jogando como convidado ou conquistando a vaga em seletivas de segunda-feira.
Becker, que defende o título ganho em 2014, no Gávea, quando se tornou o primeiro brasileiro a vencer um torneio do sistema PGA Tour, liderou o torneio até quase o final, mas perdeu duas tacadas ao jogar a bola na água no buraco 6, seus 15º do dia, quando fortes rajadas de vento deixaram o jogo muito difícil no Itanhangá. Becker jogou cinco abaixo com cinco birdies na primeira metade do campo, e fez mais dois a seguir, para chegar a sete abaixo no dia e nova abaixo no total. Ele respondeu o duplo bogey no 6 com um birdie no 8, mas voltou a fazer bogey no 9, seu buraco final, para somar 135 (69-66), sete abaixo do par.
Recorde – Mas ninguém fez volta melhor do que o carioca Philippe Gasnier, que começou com eagle no “draivável” buraco 1, de par 4, e fez mais cinco birdies até o final, incluindo o perigoso 18, com água dos dois lados, para igualar o recorde do campeonato e sair do 73º para o décimo lugar, com 137 (73-64) tacadas, cinco abaixo. Ele divide a posição com Felipe Navarro, que fez seis birdies no dia e agora somar 137 (70-67), e com o amador Daniel Kenji Ishii, número 2 do Brasil, que fez a segunda melhor volta do dia e soma 137 (72-65). Com eles, seis dos dez brasileiros que passaram o corte estão entre os dez primeiros colocados.
Outros brasileiros na final são o também amador André Tourinho, que teve uma volta irregular e soma 139 (69-70) tacadas, três abaixo, na 26ª colocação; e Rodrigo Lee, membro do PGA Tour LA, que vem em 31º, com 140 (69-71) tacadas, duas abaixo do par.
Adilson – Adilson da Silva, o mais novo integrante da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe e principal atração do torneio, tanto por ser o único jogador do ranking olímpico em campo como o profissional mais bem ranqueado de todo o torneio, jogou sua segunda volta de 70 (-1) tacadas, para também empatar em 31º. No dia anterior, Adilson passou mal com o calor de 41º C, teve náuseas e vômitos, mas se recuperou bem.
O problema de Adilson, nesta sexta-feira, foram mais uma vez os putts, que não lhe permitiram aproveitar os ótimos tiros que deu para a bandeira. Na esteia ele acertou os 18 greens, ou seus colares, e nessa sexta outros 15, mas embocou pouco e fez três birdies e dois bogeys. Na metade do jogo, Adilson abandonou o grip tradicional de putt e passou a jogar com as mãos invertidas, a esquerda abaixo da direita, grip que usava antes de vir para o Brasil. “A inversão me ajudou um pouco, passei a embocar mais os putts curtos, mas tenho que melhorar muito mais”.
Corte – O décimo e último brasileiro a passar o corte entre os 61 finalistas, no par do campo ou melhor, foi Rafa Barcellos, também da equipe YKP/Azeite 1492. Ele jogou cedo e já pensava que ficaria fora das finais, com 142 (70-72) tacadas, quando a virada de tempo, que refrescou o calor que chegou novamente a 40º C no final da manhã, mas trouxe rajadas fortes de vento, derrubou a linha de corte de uma abaixo par o par do campo, colocando ele e mais cinco nas rodadas de final de semana.
Já Ronaldo Francisco, o quarto membro da equipe YKP/Azeite 1492, teve um dia difícil onde mesclou um eagle e três birdies com dois duplos bogeys e cinco bogeys, e ficou fora das finais com 72 e 75 tacadas. Os números 1 e 2 do ranking do PGA Tour LA e candidatos a terminar o ano entre os cinco primeiros do ranking que ganham cartões para o Web.com Tour também não passaram o corte: o mexicano Rodolfo Cazaubón (73-71) e o argentino Tommy Cocha (71-76).
Hole-in-one – O mexicano Armando Villarreal tornou-se o primeiro jogador a fazer dois holes-in-one na história do PGA Tour LA, ao embocar de primeira, com um pitch, no buraco 13, par 3 com 119 jardas. Ele já havia feito um ace no Colombian Classic de 2014. Infelizmente jogou 78 e 69 e não passou o corte. Desde que começou a ser jogado, em setembro de 2012, já houve 35 holes-in-one no PGA Tour LA, feitos por 34 jogadores.
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