05/11/2014
por: Ricardo Fonseca
Sem a presença do americano Ryan Blaum, campeão de 2013, que graça à vitória no Rio passou a competir no Web.com Tour (jogou até no US Open) e não volta este ano para defender seu título, um dos mais esperados duelos do Aberto do Brasil, a partir desta quinta-feira, no Gávea Golf, será entre o argentino Alan Wagner, que só perdeu o título do ano passado no desempate, e o paulista Alexandre Rocha, que terminou com duas voltas de 65 para fazer o melhor resultado do final de semana do torneio e terminar em terceiro lugar, como o melhor brasileiro.
O Gávea, que volta a ser o palco do Aberto do Brasil pelo segundo ano consecutivo como torneio integrante do PGA Tour Latinoamérica, é o campo mais curto de todo o circuito mundial, com apenas 5.915 jardas e par 69. Apesar de permitir voltas muito baixas, como as 62 tacadas (-7) que o brasileiro Philippe Gasnier marcou na primeira rodada de 2013 e o argentino Gustavo Acosta igualou no terceiro dia, o percurso do Gávea exige muita precisão e que se mantenha a bola em jogo o tempo todo nas suas raias estreitas e greens pequenos, cercados de perigos. O campo inaugurado em 1921 e que teve sua última reforma feita em 2012 por Gil Hanse, o arquiteto do campo olímpico da Barra, que reformou os buracos da praia, do 10 ao 14.
Favoritos – Wagner além de conhecer bem o campo, chegou ao Rio de Janeiro animado pela melhor volta final – 66 tacadas, seis abaixo – domingo, no Aberto do Peru, onde terminou em 13º lugar e fez seu melhor resultado do ano. Isso porém o deixou apenas na 82ª colocação do ranking do circuito, ainda longe dos Top 60 que mantém o cartão para a temporada seguinte. Além do Aberto do Brasil restam apenas mais três torneios para o final da temporada.
Rocha, que perdeu seu cartão do Web.com Tour e se prepara para recuperá-lo a partir da segunda fase da Q-School, chega ao Rio motivado por um terceiro lugar no México, há três semanas, no único torneio do PGA Tour LA que jogou em 2014. Em 2013 uma volta ruim no segundo dia, quando marcou 71 (+2) impediu que Rocha lutasse pelo título, mas o terceiro lugar mostrou que ele tem condições de se tornar o primeiro brasileiro a vencer na história do PGA Tour LA.
Equipe YKP/Azeite 1492 – Alexandre, no entanto, não é o único brasileiro na lista de favoritos ao título. A ele se somam os quatro integrantes da equipe YKP/Azeite 1492 que reúne expoentes da “geração olímpica” do golfe brasileiro. A começar pelo paulista Ronaldo Francisco, número 1 do Brasil em quatro das cinco últimas temporadas, que terminou em quarto no Aberto do Brasil de 2013, apenas uma tacada atrás de Rocha. Apesar de ter o cartão, Ronaldo desistir de jogar o PGA Tour LA, o que o deixou sem ritmo de competição internacional, mas não o impediu de vencer quatro torneios no Brasil em 2013.
O paranaense Daniel Stapff, outro integrante da equipe YKP/Azeite 1492, chega ao torneio como número 1 do Brasil, depois de uma temporada nacional de sucesso, que incluiu uma vitória, um segundo lugar e duas terceiras colocações em quatro torneios. Rafa Becker, seu companheiro de time, não fica atrás, já quem vem de uma vitória e Porto Alegre e de uma excelente exibição na America`s Cup, onde foi Top 10 jogando em dupla com o paulista Felipe Navarro, patrocinado pela Bombril, que também estará no Rio com a vantagem de conhecer o Gávea como poucos.
Mais brasileiros – O quarto integrante da equipe, o carioca Philippe Gasnier, está sem ritmo de jogo depois de vários problemas na temporada, mas fez a melhor volta do Aberto do Brasil de 2013, um respeitável 62 que mostra sua força neste percurso. Outro brasileiro na lista de favoritos é o gaúcho Fernando Mechereffe, que jogou as quatro últimas temporadas no Web.com Tour e vem descansado, porém treinado, depois de uma dura temporada, encerrada em agosto.
Entre os estrangeiros, mais três argentinos se juntam a Wagner na lista de favoritos, a começar por Julián Etulain, que chega como o número 1 do PGA Tour LA de 2014. Etulain vem de uma vitória no Peru, no último domingo, onde defendeu com sucesso o título, para ganhar seu segundo torneio da temporada, após a vitória no Panamá. Ele tem ainda um segundo e dois terceiros lugares no PGA Tour LA e foi Top 25 no Rio, em 2013.
Argentinos – Gustavo Acosta, que jogou 62 no Gávea em 2013, tem em sua precisão a principal arma e chega motivado pelo quarto lugar no Peru, onde esteve na luta pelo título até o final. O outro argentino é Sebastián Saavedra, que chega após um vice-campeonato no Peru que o motivou a lutar pelo título no Gávea, onde foi Top 20 em 2013.
O 61º Aberto do Brasil, patrocinado pela Credit Suisse Hedging-Griffo, tem ainda patrocínio da YKP, Azeite 1492, BMW, Sportv, Klabin, Rolex (relógio oficial) e Nespresso (café oficial). O campeonato conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte e apoio do R&A, Gávea Golf e Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro.
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