27/09/2015
Rocha, de bem com o putter e em busca de título inédito no Aberto do Brasil
Por: Ricardo Fonseca | Fotos: Thais Pastor
Apesar de um bogey no 17, que o tirou da liderança isolada, Alexandre Rocha terminou a terceira rodada do 62º Aberto do Brasil, apresentado por Credit Suisse Hedging Griffo e que tem o Azeite 1492 como um de seus patrocinadores, ainda em primeiro lugar, empatado com os americanos Keith Mitchell e Kent Bulle, que o escoltam no grupo dos líderes da volta final, neste domingo, no Itanhangá Golf Club, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O torneio do PGA Tour Latinoamérica com US$ 175 mil em prêmios, sendo US$ 31,5 mil para o campeão tem ainda mais três brasileiros com chances de lutar pelo título, todos entre os Top 15, colocando jogadores da casa sem quatro dos cinco grupos finais.
Nas fotos ao lado, de cima para abaixo, Daniel Stapff e Adilson da Silva, destaques da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe
Para Rocha, vencer o Aberto do Brasil tem um significado especial, pois esse é um dos raros títulos que ele não conquistou em sua carreira, que já o levou ao PGA Tour, ao Tour Europeu e ao Web.com Tour, os três circuitos profissionais mais fortes e importantes do mundo. Uma vitória neste domingo pode colocar Rocha também muito perto de garantir sua volta ao Web.com Tour, além de seis pontos para o ranking mundial que o recolocariam na disputa por uma vaga para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Os líderes somam 200 tacadas, 13 abaixo: Rocha (68-65-67), Mitchell (68-68-64) e Bulle (65-68-67).
Destaques – Mas Rocha não é o único brasileiro com chances de lutar pelo título. Felipe Navarro, que fez dez birdies para jogar sete abaixo neste sábado e igualar a melhor volta da semana, saltou para um empate em quarto lugar, com 201 (70-67-64) tacadas, 12 abaixo do par e apenas uma atrás dos líderes. Já Daniel Stapff, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, vem sem oitavo, com 204 (68-67-69). Stapff, que começou o dia com birdie, par e eagle, chegou ao tee do 18 com 11 abaixo, mas uma rajada de vento o fez jogar a bola na água e fazer duplo bogey no buraco final.
Adilson da Silva, o mais novo membro da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, que está entre os 60 jogadores internacionais do ranking olímpico e é o profissional melhor ranqueado em campo, também reagiu. Ele fez seis birdies para jogar cinco abaixo, e saltar para o 15º lugar, com 206 (70-70-66) tacadas com chances de pontuar para o ranking mundial e até de lutar pelo título. Desde que trocou o grip de putt e passou a jogar com as mãos invertidas (esquerda mais baixa) após 27 buracos, o jogo mudou para Adilson. Ele jogou os primeiros 27 buracos no par de campo e os 27 seguintes em sete abaixo.
Brasileiros – Nenhum outro brasileiro conseguiu jogar abaixo do par neste sábado, quando o tempo ficou parcialmente nublado, as temperaturas caíram de 40º C ou mais para amenos 26º C, mas vento, com rajadas de até 25 km/h foi um fator. Como o Itanhangá fica num vale, cercado de montanhas muito altas, com a Pedra da Gávea, é comum o vento rodar e estar soprando num sentido no tee de um buraco e no sentido contrário perto do green.
Philippe Gasnier, favorito local que jogar 64 na véspera, desta vez marcou 71 e caiu para o 23º lugar, com cinco abaixo. André Tourinho também jogou 71 para terminar o dia em 38º, com três abaixo, mas agora como o melhor amador, uma vez que Daniel Kenji Ishii, que marcou 65 na véspera, piorou nove tacadas e caiu para o 42º lugar, com duas abaixo. Rodrigo Lee também jogou 71 e vem empatado com Kenji em 42º.
Tropeço – Mas ninguém teve um dia mais adverso que Rafa Becker, que começou o dia em quarto lugar e caiu para 46º depois de jogar 77, seis acima, a pior volta do dia e do torneio entre todos os finalistas. Com dificuldades para se concentrar, Becker fez apenas dois birdies, contra quatro bogeys e um triplo bogey para ficar com uma abaixo no total (começou o dia com -7). Fecha a lista de brasileiros Rafa Barcellos, da equipe YKP/Azeite 1492, que jogou 75 e vem em 61º e último lugar entre os finalistas, com quatro acima.
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