15/09/2013
por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor
Num dia atípico de inverno, com temperaturas acima dos 30º C e unidade do ar beirando o estado crítico de 20%, o americano Glen Boggini, de Connecticut, jogou 73, uma acima do par e melhor volta do dia, para vencer de virada o 7º Aberto Damha Golf Club – Taça Gocil de Golfe, encerrado neste sábado, em São Carlos (SP). Boggini, que acaba de se classificar para jogar no US Mid-Amateur, no começo de outubro, vem ao Brasil três vezes por ano a negócios, costuma jogar no campo do Damha, e aproveitou a viagem desta semana para conquistar o que ele considerou um dos momentos mais importantes de sua carreira no golfe.
Aguarde, nos próximos dias, o álbum com centenas de fotos e o vídeo do torneio
Veja, ao lado, alguns momentos da festa de encerramento
Boggini, que mora Tolland, Connecticut, e defende o Twin Hills Country Club, costuma jogar os maiores torneios amadores de seu estado, onde venceu, em junho, um torneio da CSGA (Connecticut State Golf Association) e, pouco depois, chegou às oitavas de final do 111th Connecticut Amateur (9º lugar). “Essa vitória é um momento especial de minha vida que quero lembrar pra sempre”, diz Boggini, que não poupou elogios ao campo do Damha, que ele equipara aos melhores dos Estados Unidos.
Destaques – Boggini enfrentou na volta final, Felipe Almeida, do São Paulo GC, campeão de 2012, e Marcos Negrini, revelação do Damha, que apesar de ter apenas 16 anos chegou como favorito, depois de ter sido vice-campeão nas três últimas edições do torneio. Mas enquanto o campeão abria a volta com um birdie e se mantinha no par do campo até o buraco final, Felipe jogava quatro acima nos primeiros seis buracos e Negrini fazia dois duplos bogeys até o buraco 4, para permitir a virada de Boggini, que venceu com 147 tacadas (74/73), três acima do par.
Negrini, líder da véspera, não pode treinar nos dias anteriores ao torneio, por cauda dos estudos, e pagou o preço com os duplos bogeys do início do jogo. No buraco 1, deu duas tacadas para sair da banca da direita do green e dois putts; no quatro, varou o green e deu três putts. Apesar disso, Negrini manteve-se uma atrás do líder em boa parte do jogo e até teve chance de empatar em primeiro, no 14, par cinco onde chegou com duas no green, mas deu três putts. Negrini tentou forçar o jogo no final, mas isso lhe custou também o vice-campeonato ao fazer um duplo bogey no 17, onde tentou ir da banca da raia para o green, com um tiro longo que encontrou o lago, e fazer novo bogey no 18. Somou 151 (73/78) tacadas para ficar em terceiro, sua quarta colocação seguida entre os três primeiros.
Virada – Felipe Almeida, que começou o dia empatado com Glen, uma trás do líder, também não se achou em cima dos greens. Depois dos quatro bogeys do início, ele manteve o resultado até quase o final, antes de fechar o dia com dois duplos bogeys: no 17, onde deu quatro putts, e no 18, para somar 154 (74-80) tacadas e cair para sétimo. Esses resultados abriram as portas para Marcelo Muritiba, campeão de 2011, ainda terminar em segundo. O jogador do Terras de São José GC, de Itu, também fez seu duplo bogey ao ir na água do green-ilha de buraco 6, o par 3 mais temido do Damha, mas jogou o par no restante do campo para fazer o segundo melhor resultado do dia e ser vice-campeão, com 150 (76-74) tacadas.
Negrini por pouco perde o terceiro lugar para Hélio Meirelles, do São Paulo Futebol Club Golf, que embocou de fora no 15 para fazer eagle, e fez mais quatro birdies para jogar 74 e igualar a segunda melhor volta do dia, apesar de dois duplos bogeys na volta. Hélio somou 152 tacadas para dividir o quarto lugar com Ivan Tsukazan, que também jogou 74, e com Marcelo Giumelli, do Broa, que marcou 76.
Mais campeões – O eagle de Helio foi fundamental para ele garantir o título entre os jogadores com até 8,5 de índex, com 142 tacadas, duas abaixo de seu handicap, superando Carlos Candido, do Clube de Campo de São Paulo, vice-campeão no desempate, e Roberto Dhelomme, do São Fernando, líder do primeiro dia, que somaram 143 (-1). O outro único eagle do dia foi feito por Heitor Porto, do Damha, que, apesar disso, empatou em sétimo na geral.
Alexandre Vianna, garantiu o único título do Damha, ao vencer a 8,6 a 14 com 144 tacadas, o par do campo, seguido por Douglas Delamar, do São Fernando, com 146, e Luis Filipe Pereira de Almeida, o Nêne, do Clube de Campo, com 147. Fabio Campos, do Terras de São José, venceu a 14,1 a 19,4, com 146 tacadas no desempate contra Carlos Renato Pacha, do Quinta do Golfe, segundo colocado no desempate. Fabricio Lodi, do Damha, terminou em terceiro, com 148.
José Claudio Tolentino, do Quinta do Golfe, venceu a 19,5 a 25,7, com 146 tacadas, seguido por Edson Yukio Shibuya, do Damha, com 148, e João Migotto, do São Paulo Futebol Clube Golfe, com 149.
Feminino – Entre as mulheres, Carla Ziliotto, do Arujá, foi campeã de ponta a ponta sem dar chances às adversárias. Carla estreou com uma volta de 70 tacadas, duas abaixo do par, e repetiu o resultado na volta final para ser campeã por 16 tacadas de vantagem. Um resultado marcante na carreira da jogadora de 24 anos, que depois de ser uma das juvenis mais promissoras do Brasil, ficou quatro anos sem pegar num taco de golfe. Ao voltar, Carla já é a número 2 do Brasil e tem chances de terminar o ano como a líder do ranking.
Lucia Guilger, a Barata do São Fernando, a número 1 do Brasil, que buscava seu terceiro título do torneio, começou a volta final perdendo por duas, mas não teve chances de lutar pelo título. Terminou em segundo com 156 (74/82) tacadas, mas preocupada em defender o vice-campeonato de Ruriko Nakamura, do Terras de São José GC, que buscava seu terceiro título e segundo consecutivo. Ruriko abriu a volta com dois birdies e esteve empatada em segundo até o buraco sete, mas terminou em terceiro, com 157 (76/81). A seguir, terminaram Cecilia Moura, do São Fernando, com 187 (94/93), e Cristina Rosel, do Damha, com 193 (101/92).
Carla também venceu a categoria com índex até 16 ao somar 132 tacadas, 12 abaixo de seu handicap, contra 143 de Ruriko e 146 de Barata. Na 16,1 a 25,7, ganhou Milena Marzola, do São Fernando, com 155 tacadas, seguida por Marisa Trombini, com 157, e Lilian de Fátima Ferreira, com 161.
Samba no pé – Depois da festa do dia anterior, onde a banda Ambervision colocou todo mundo para dançar até o final da noite, no sábado foi a vez do Apito de Mestre – Bateria de Samba Show colocar todo mundo para cantar e sambar, muitos acompanhando as passistas, mestre-sala, porta-bandeira e a bateria da escola de samba com tamborins distribuídos aos convidados. Não houve quem não caísse na folia.
Carlos Gonzalez, o Carlão, presidente do Damha Golf Club, comandou a entrega de prêmios, aclamado pelos convidados por mais uma grande e inesquecível festa que marcou época no golfe brasileiro. Carlão foi acompanhado por Mário Damha, que representou a família Damha, e Washington Cinel, presidente da Gocil, que pelo terceiro ano patrocinou o torneio de golfe mais divertido do Brasil.
O patriarca Anwar Damha, que idealizou o clube de golfe e todo o complexo esportivo onde ele está inserido, também compareceu para prestigiar a festa, juntamente com outros membros da família Damha.
Patrocínios – Os patrocinadores oficiais da 7ª edição do Aberto Damha Golf Club – Taça Gocil de Golfe foram a Gocil e a Damha Urbanizadora. Os co-patrocinadores foram a Stéfani Motors – Toyota, Auxter, Saccaro e Allianz Seguros.
O evento tem como parceiros o Banco Alfa, Facchini, Lig Veículos, Spa Água Santa, Constantini, Blue Label, Itaipava e TNT e apoio de Toalhas São Carlos, Tapetes São Carlos, Fibras Mil, Tulha Restaurante, Trembão, Nespresso, Oil & Vinegar, Nascimento Turismo, Club Med, São Bento Golfe, Corretora de Seguros Almeida Budoya e Vila Fonte Água Mineral. A realização foi do Damha Golf Club, 4Dot e Federação Paulista de Golfe.
O Rolex oferecido pela Gocil para o primeiro que fizesse um hole-in-one
no green-ilha do buraco 6, de par 3, considerado o buraco mais difícil
do campo, não foi ganho por ninguém, mas José de Paula Machado ficou
muito perto de ganhar o relógio no primeiro dia.
Já o cart de golfe
elétrico oferecido pela Lig Veículos para o primeiro hole-in-one no
buraco 11, o par 3 mais longo do campo, também não saiu, sendo Muritiba
quem chegou mais perto de embocar.
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