09/09/2024
Entre os amadores, Andrey e Lauren vencem de ponta a ponta. Juntos, os três campeões somaram 42 abaixo
Lauren, Lee e Andrey: campeões do maior evento da FPGolfe. Fotos: Thais Pastor/F2 Assessoria
Com os melhores do Brasil em campo, o que se viu durante quatro dias no Lago Azul Golfe Clube, em Araçoiaba da Serra, foi um golfe de mais alta qualidade no 75º Aberto do Estado de São Paulo – The Golf Brasil Professional, jogado de quinta-feira a domingo, 5 a 8 de setembro. Foram três vitórias arrasadoras e com resultados excepcionais de Rodrigo Lee, do Guarapiranga, campeão profissional com 12 abaixo do par; Andrey Xavier, de Brasília, que venceu 14 abaixo; e Lauren Grinberg, do Lago Azul, que totalizou 16 abaixo. Juntos, os três campeões somaram 42 abaixo e terminaram 28 tacadas à frente dos adversários.
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O Aberto de SP pontuou para o Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR) e foi o último evento válido para definir os 108 participantes do LAAC (Latina America Amateur Championship), que tem seis brasileiros classificados pelo regulamento – cinco dos quais jogaram no Lago Azul. Mas a delegação nacional poderá chegar ao recorde de nove atletas, após a distribuição das vagas remanescentes para o maior torneio amador do continente, que dará ao campeão o direito de jogar três majors profissionais: Masters, The Open e US Open.
Pela ordem, Andrey, Matheus Balestrin, do Porto Alegre; Herik Machado, do Damha; Gui Grinberg, do Lago Azul, que está nos EUA; Eduardo Matarazzo, do São Fernando; e Marcos Negrini, do Damha, os seis brasileiros mais bem classificados no WAGR, já estão garantidos no LAAC de janeiro de 2025, no Pilar Golf Club, em Buenos Aires, na Argentina. E Homero de Toledo Sobrinho, Guilherme Ziccardi e Wesley Bairros, que são o sétimo, oitavo e nono brasileiros do WAGR, ainda têm grandes chances de serem convocados.
Latinoamericano – O Aberto de SP, a maior competição organizada pela Federação Paulista de Golfe (FPGolfe) e nona do ano jogada no estado valendo para o WAGR, definiu ainda os jogadores líderes de suas categorias nos rankings estaduais, que irão representar o Brasil no Latinoamericano de Golfe, na Casa de Campo, na República Dominicana, de 3 a 5 de outubro, com tudo pago pela FPGolfe e seus patrocinadores oficiais, a Forvis Mazars e a Copa Airlines.
Os golfistas que ganharam o direito de jogar na Casa de Campo são Herik Machado (scratch); Fernando Silva, do Campinas Golf Center (até 8,5); Leandro Metzner, do Arujá (8,6 a 14); Fabien Dupret, do Sapezal (14,1 a 19,4); e Carlos Eduardo Ramos, do Lago Azul (19,5 a 25,7), no masculino; e Maria Aparecida da Silveira, do Damha, e Juliana Passos, do Riacho Grande (até 16), e Suin Lee, do Clube de Golfe de Campinas (16,1 a 25,7). Também viajarão com tudo pago para jogar no Latinoamericano, quatro jogadores da equipe campeã do Interclubes paulista por Handicap, que está sendo definido este mês entre Anexo Golf e Terras de São José.
Profissionais – Rodrigo Lee, que defendia o título, não saiu na frente na disputa do The Golf Brasil Professional, mas virou o jogo no segundo dia, chegou a abrir oito de vantagem na metade do torneio e seguiu na frente até o final, antes de vencer com 276 (66-68-71-71) tacadas, 12 abaixo do par. Rodrigo fez o recorde de 23 birdies na semana e foi o único entre os 21 profissionais que passaram o corte a jogar todos os quatro dias abaixo do par. Daniel Kenji Ishii, do Itanhangá, líder do primeiro dia, que fez 17 birdies e dois eagles na semana, chegou a reduzir a diferença para apenas duas tacadas na metade da volta final, mas foi apenas vice-campeão com 280 (65-78-65-72), oito abaixo e quatro atrás do campeão.
A boa surpresa da rodada final foi Axell Balestre, do Fazenda da Grama, que fez o segundo melhor resultado do dia e seu único abaixo do par na semana, para virar o jogo sobre Rafa Barcellos, do São Paulo, e terminar em terceiro, com 285 (73-72-72-68) tacadas. Barcellos, ao contrário, fez sua pior volta da semana no domingo e caiu para quarto lugar, com 286 (70-72-71-73), duas abaixo. Odair Lima, de Maringá, fez o melhor resultado da rodada final para terminar em quinto, com 289 (72-74-77-66), uma acima. Ronaldo Francisco, do Quinta do Golfe, que perdeu a chance de lutar pelo título ao jogar seis bolas fora de campo nos três primeiros dias, mas fez 16 birdies e um eagle na semana, recuperou-se no domingo para terminar em sexto, com 291 (76-74-72-69), três acima.
Masculino – Número 1 do ranking nacional e brasileiro mais bem classificado do WAGR, Andrey Xavier venceu a competição amadora masculina de ponta a ponta e sem dar chances aos adversários, para coletar o título mais importante que faltava em sua coleção. Andrey venceu com 202 (70-67-65) tacadas, 14 abaixo do par e 9 à frente dos adversários, depois de fazer 16 birdies e dois eagles na semana e a melhor volta do torneio, no domingo. Com esse resultado, Andrey, único a jogar os três dias abaixo do par, superou todos os profissionais em campo – que jogaram quatro dias, um a mais do que os amadores, mas dos mesmos tees –, seja na soma das três primeiras ou das três últimas rodadas.
O outro único a não jogar acima do par em nenhuma rodada foi Herik Machado, do Damha, que fez o segundo melhor resultado agregado do final de semana, para ainda ser o vice-campeão, com 211 (72-69-70) tacadas, cinco abaixo. Com isso ele derrubou Matheus Balestrin, do Porto Alegre, defensor do título, para o terceiro lugar, com 213 (71-68-74), três abaixo. Marcos Negrini (73-75-74), do Damha, e Eduardo Matarazzo (73-77-72), do São Fernando, dividiram o quarto lugar, com 222 tacadas. Ou seja, os cinco classificados para o LAAC que jogaram no Lago Azul ficaram com os cinco primeiros lugares.
O Damha, de São Carlos, teve ainda mais dois jogadores entre os Top 9 da categoria scratch, totalizando quatro jogadores: Matheus de Paula, oitavo com 225 (77-73-75), e Igor Cruz, nono com 228 (79-72-77). Matheus foi o campeão por handicaps até 8,5, com 216 (74-70-72) tacadas, seguido por Lee Taeyeon, do Terras de São José, com 217 (74-70-73), e Igor Cruz, que completou o pódio com 219 (76-69-74).
Feminino – Mas a vitória mais acachapante da semana foi a de Lauren Grinberg, do Lago Azul, vencedora da chave feminina com 200 (65-68-67) tacadas, 16 abaixo do par e 17 de vantagem sobre a segunda colocada. Lauren, a número 1 do país e segunda melhor brasileira do WAGR, fez 19 birdies e um eagle para conquistar seu sétimo título do Aberto de São Paulo, sendo que venceu todos os sete últimos que disputou. Ela foi pentacampeã do torneio de 2016 a 2020, não jogou em 2021 e 2022, e voltou a ser campeã em 2023 e 2024. Lauren classificou-se para disputar o WALA (Women´s Amateur Latin America), o equivalente feminino do LAAC, no Pilar, de 21 a 24 de novembro, e viaja a seguir para tentar o profissionalismo no LET (Ladies European Tour).
Seis juvenis classificaram-se a seguir, com destaque para Maria Eugenia Peres, do Porto Alegre, vice-campeã, com 217 (69-74-74) tacadas, e Maria Eduarda Rocha, do Itanhangá, que não estreou bem, mas fez a segunda melhor volta de todo o torneio no domingo, para terminar em terceiro com 218 (80-71-67), a apenas uma tacada do vice-campeonato. A seguir, ficaram três meninas do São Fernando: Beatriz Menga, quarta colocada com 231 (78-76-77), Alexa Alonso, quinta com 241 (86-77-78), e Sofia Menga, sexta com 243 (83-84-76). Na classificação por handicaps índex até 16, Juliana Passos foi a campeã, com 217 (73-72-72), seguida por Duda Rocha, com 218 (80-71-67), e por Solange Cabral de Souza, do Guarapiranga, com 220 (80-66-74).
Handicaps – As categorias de handicaps mais altos, jogaram apenas 36 buracos no final de semana, valendo para o ranking da FPGolfe. Foram premiados o melhor gross e os dois melhores net de cada categoria. Na 8,6 a 14, o campeão gross foi Diego Lopes, do Terras de São José, com 163 (84-79) tacadas. Os melhores net foram de Carlos Marangon, do Lago Azul, com 140 (73-67), e de Ricardo Barbosa, também do Lago Azul, com 144 (70-74). Na 14,1 a 19,4 o melhor gross foi de Chun Myungduck, do Clube de Golfe de Campinas, com 173 (88-85), e os melhores net de Fabien Dupret, do Sapezal, com 139 (73-66) e de Marcelo Vergel, também do Sapezal, com 140 (66-74).
Na 19,5 a 25,7 Carlos Eduardo Ramos, do Lago Azul, foi campeão gross com 184 (102-82). No net venceu Renato Vulcano, do Lago Azul, com 145 (73-72), seguido por Rodrigo Borges, o Peixe, do Terras de São José, com 146 (81-65). E no feminino de 16,1 a 25,7, Suin Lee, do Clube de Golfe de Campinas, foi campeã gross, com 186 (91-95), no desempate com sua companheira de time Mi Ja Kim (89-97), que foi a campeã net com 148 (70-78), seguida por Deyse Moriguti, do Riacho Grande, com 153 (77-76).
Mais premiados – Foram premiados ainda os dois melhores pré-seniores do torneio. Leo Yoshikawa, de Bastos, foi o campeão com 224 (76-78-70) tacadas, mesmo total de Jocimario Souza (73-77-74), Santa Mônica, vice-campeão nos critérios de desempate. Os dois empataram em sétimo na classificação geral. O prêmio de melhor volta gross foi para Andrey, com sete abaixo, superando Kenji pela melhor segunda volta; e o de melhor net para Carlos Ramos, com 12 abaixo. Também foi entregue o prêmio de campeões do Pro-Am que ficou para a dupla Kenji e Lauren, com 11 abaixo.
Mauro Batista, diretor do torneio, apresentou a entrega de prêmios que teve a mesa formada por Ademir Mazon, presidente da FPGolfe; Osmar Martins, presidente do Lago Azul; Gustavo Bellini, o vice-presidente; Eduardo Dias, o capitão do clube, e Beto Zanchet, vice-capitão; José Abraão, diretor do Lago Azul, e Henrique Kirilauskas, do The Golf Brasil, patrocinador do torneio profissional. Durante a premiação foram sorteadas duas passagens para os EUA ou Caribe oferecidas pela Copa Airlines e ganhas por Kendall Dun, e feito um agradecimento às empresas parceiras que ajudaram no sucesso do torneio.
Patrocínio – O 75º Campeonato Aberto de Golfe do Estado de São Paulo – The Golf Brasil Professional teve patrocínio oficial de Copa Airlines e Forvis Mazars, patrocínio do The Golf Brasil, apoio de BYD – Maggi; Royal Carts, Avant – Luz para você, Unipac, Trojan e Troféus Rebouças. A realização é da Federação Paulista de Golfe e Lago Azul Golfe Clube, com supervisão da Confederação Brasileira de Golfe e Ranking Mundial Amador de Golfe (WAGR).
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