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Aberto do Itanhangá: Guerra de gigantes no Rio de Janeiro

09/10/2015

Nº 1 e 2 do Brasil em confronto direto, após obterem seus melhores resultados internacionais

Kenji e Herik: acumulando, entre eles, em 2015, seis títulos e cinco vice-campeonatos, entre outros feitos notáveis no golfe brasileiro e mundial

por: Ricardo Fonseca

O cenário não podia ser melhor: o Itanhangá, no Rio, um dos dois únicos campos brasileiros que já receberam o Tour Europeu e que acaba de sediar, há 15 dias, a principal competição internacional do ano, o Aberto do Brasil, do PGA Tour Latinoamérica, onde Alexandre Rocha conseguiu uma histórica vitória ao derrotar dois americanos em sete buracos de desempate, quatro deles no temido buraco 18, com água dos dois lados do tee ao green, local aonde muita gente já entregou mais de duas tacadas de vantagem para perder um campeonato, como Padraig Harrington e Philippe Gasnier.

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É com o campo no auge de suas condições e preparado durante seis meses com o auxílio dos técnicos do PGA Tour para o Aberto do Brasil, que os melhores amadores do país irão se apresentar de sexta a segunda, 10 a 12 de outubro, no 53º Campeonato Aberto do Itanhangá, patrocinado pelo Azeite 1492, em busca de um dos títulos mas cobiçados do golfe nacional. Estarão em campo cinco dos Top 7 do ranking brasileiro, incluído os três primeiros, os dois melhores amadores do Rio de Janeiro e São Paulo e um convidado muito especial, o uruguaio Juan Alvarez, que já venceu muitos torneios no Brasil e é um dos melhores sul-americanos do ranking mundial.

Brasileiros – O gaúcho Herik Machado, número 1 do Brasil, é um dos grandes favoritos ao título, sobretudo depois de ser o campeão geral da etapa sul-americana e terminar em terceiro lugar na categoria até 18 anos da final mundial da Faldo Series, em Berlim, na decisão do maior circuito juvenil do mundo. Só este ano, Herik já venceu os Abertos de Brasília e do Paraná (1º amador), foi vice no Rio de Janeiro e no Sul-Brasileiro, e segundo melhor brasileiro do Amador do Brasil, além de ter vencido o Campeonato Brasileiro Juvenil.

Seu principal adversário deverá ser Daniel Kenji Ishii, número 2 do Brasil, que vai jogar em casa na melhor fase de sua carreira. Kenji vem de três vitórias consecutivas nos Abertos do Gávea, da Federação Paranaense (onde jogou nove abaixo e ganhou dos profissionais, deixando Felipe Navarro em segundo, seis tacadas atrás) e do São Fernando, intercalado com uma excelente atuação no Aberto do Brasil, onde foi o melhor amador e terminou em 39º superando quase uma centena dos melhores profissionais do continente. Antes disso, Kenji foi ainda vice-campeão em Brasília e no Paraná (atrás de Herik) e no Aberto do São Paulo GC, vencido por Pedro da Costa Lima.

Destaques – Juan Alvarez, do Uruguai, convidado de Sergio Carpi, presidente do Itanhangá, para abrilhantar a festa, já mostrou que é um temido adversário para os brasileiros. Só este ano, Alvarez venceu o Sul-Brasileiro e o Aberto do Rio, em Búzios, ambos com Herik em segundo, além de ser o terceiro colocado no Amador do Brasil, novamente à frente de Herik, quarto na geral.

Entre os brasileiros há ainda muitos destaques, a começar pelo gaúcho Sandro Gonçalves, do Belém Novo, número 3 do Brasil, que venceu o Aberto do Estado de São Paulo, foi vice-campeão dos Abertos de Curitiba e do Terras Selvagem (vencido por Cristian Barcelos, de Japeri, que estará em campo) e terceiro amador do Aberto do Paraná, atrás de Herik e Kenji. Destaque ainda para Marcos Negrini, do Damha, vice-campeão brasileiro juvenil e número 1 de São Paulo, que foi ainda terceiro colocado em Brasília.

Outra estrela em ascensão é para Pedro Nagayama, do São Fernando GC e número 2 de São Paulo, que bateu o recorde de dois campos este ano: o do Ipê GC, de Ribeirão Preto, onde jogou duas voltas de 64 (-8) antes de perder o título no desempate para Sandro, e em sua vitória no Tour Juvenil de Goiânia, onde jogou 65 (-7) no campo desenhado por Dan Blankenship, para ser campeão com 18 abaixo do par, feito nunca conseguido por outro amador em torneios de três dias no Brasil.

Homenagem – O torneio tem um significado especial por ser o último grande evento jogado na presidência de Sergio Carpi, que encerra seu mandato no comando do Itanhangá, em dezembro. Carpi, que comanda a operação do Azeite 1492 no Grupo Libra, é um dos principais patrocinadores e incentivadores do golfe brasileiro, sendo responsável pelo sucesso de vários torneios de seu estado, além de apoiar, em parceria com Yim King Po, da YKP, a única equipe de profissionais de golfe do Brasil.

A equipe YKP/Azeite é a patrocinadora dos números 1, 2 e 3 do ranking profissional brasileiro – Daniel Stapff, Rafael Barcellos e Ronaldo Francisco – que integraram a equipe brasileira medalha de prata nos Jogos Mundiais Militares encerrados nesta sexta, além do gaúcho Adilson da Silva, o brasileiro mais bem colocado do ranking mundial e que estaria classificado hoje para defender o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, dentro de dez meses.

Premiação – Todas as categorias irão disputar 54 buracos. Haverá prêmios para os dois primeiros colocados da categoria Scratch, e para os três melhores entre os de handicap índex até 8,5; 8,6 a 14; 14,1 a 22,1; e 22,2 a 29,3, além de um prêmio especial para o melhor juvenil scratch.

O Campeonato Aberto do Itanhangá Golf Club será jogado com patrocínio do Azeite 1492, organização do Itanhangá Golf Club e apoio da Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ), valendo para os rankings mundial, nacional e estadual de golfe.