Aberto do Itanhangá: hole-in-one recoloca Kenji na luta pelo título

12/10/2015


Uruguaio Alvarez lidera, com Herik em terceiro. Rodada teve ainda hole-in-one de Matsuda


Kenji: segundo hole-in-one da vida lhe deu chances para tentar vencer o maior torneio de seu clube
Kenji: segundo hole-in-one da vida lhe deu chances para tentar vencer o maior torneio de seu clube

texto e fotos: Ricardo Fonseca

Daniel Kenji Ishii, o número 2 do Brasil, vinha com cinco acima no dia e quatro atrás do líder, quando um hole-in-one no buraco 6, seu 15º da rodada deste domingo, iniciada pelo tee do 10, o recolocou na luta pelo título do 53º Aberto do Itanhangá Golf Club, o segundo torneio amador mais forte do calendário nacional de 2015, que está sendo jogado com patrocínio do Azeite 1492, do Grupo Libra, no Rio de Janeiro. O torneio que prossegue até esta segunda-feira, 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, distribui pontos para os rankings mundial, brasileiro e estadual.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo: Kenji Comemora hole-in-one com caddie; Kenji com a bola do ace; e o buraco danificado; Matsuda, de listras azuis escuras, comemora hole-in-one com amigos no happy hour; cena do Itanhangá iluminado no anoitecer, com a festa que entrou pela noite; Juan Alvarez, o líder; Herik Machado, o Galo Cinza; e o anfitrião e patrocinador Sergio Carpi

Jogando seu oitavo torneio consecutivo, e num dia difícil, onde saiu líder, mas nada dava certo, Kenji vinha desanimado, cabeça baixa, quando o ace no par 3 de 180 jardas lhe deu novo alento para ir buscar o título na volta final. “Ainda não posso acreditar que emboquei”, disse Kenji ao retirar a bola do fundo do buraco, danificado pelo hole-in-one de chuá, que entrou direto entre a bandeira e a borda, que foi quebrada pelo impacto e teve que ser reparada pelo árbitro para o jogo poder continuar. “Esse é apenas o segundo hole-in-one de minha vida, mas o primeiro em torneios e a experiência é incrível”, diz Kenji, que bateu um ferro 5 nesse buraco e guardou a bola de recordação.

Holes-in-one – A rodada já havia começado com outro hole-in-one de Takashi Matsuda, japonês de handicap 10 radicado no Rio há dois anos, onde a família tem um restaurante. Ele começou a rodada pelo 10, um par 3 de 170 jardas, onde embocou de primeira usando um ferro 5. Esse foi o terceiro hole-in-one de Matsuda, que havia feito um no Japão e outro no buraco 21, par três do terceiro campo de nove buracos do Itanhangá. Tanto ele como Kenji nem precisaram pagar bebidas a todos, como manda a tradição, pois a rodada terminou com um concorrido Happy Hour, oferecido por Sergio Carpi, presidente do Itanhangá e patrocinador do torneio, onde não faltaram champanhe, cerveja, caipirinhas variadas e ótimas comidinhas, além de música com um DJ.

Apesar de ainda emocionado com o hole-in-one, Kenji deu dois bons tiros no sete, onde errou um birdie por pouco, e teve chances de diminuir no 8 e no 9, antes de terminar com três acima, somar 145 (70-75) tacadas, uma acima do par e ficar a duas do líder, o uruguaio Juan Alvarez, que começou o dia empatado em primeiro e agora se isolou na ponta do placar, com 143 (70-73), uma abaixo, num dia onde ninguém quebrou o par do campo. O gaúcho Herik Machado, o número 1 do Brasil, jogou sua segunda volta de 74 para somar quatro acima, ficar sozinho em primeiro, cinco atrás de Alvarez, e completar o grupo dos líderes para a volta final.

Desafio – Este é o quarto torneio que Alvarez joga no Brasil, em 2015. Nos anteriores ele só perdeu para um brasileiro, André Tourinho, campeão do Aberto do Brasil, onde o uruguaio foi terceiro colocado, atrás de um argentino e uma na frente de Herik. Nos outros dois, Alvarez venceu: no Sul-Brasileiro e o Aberto do Rio, em Búzios, ambos com Herik em segundo. Alvarez fez três birdies e subiu em quatro buracos, dois deles “salvando” bogeys: primeiro, depois de ter varado o green do 10 de vôo em sua primeira tacadas do dia e quase perdido a bola, e depois no cinco, onde bateu a primeira para fora do campo.

“Eu poderia ter aberto uma grande vantagem não fosse os putts”, lamenta Alvarez, que errou oito birdies da faixa entre 3 e 4 metros, que costuma ser um dos pontos altos de seu jogo. Assim como Kenji, ele está jogando a oito semanas seguidas e se diz muito cansado. “São dois meses sem ir para casa” conta Alvarez que após o Itanhangá vai passar apenas três dias no Uruguai antes de seguir para uma maratona de jogos que começa com a primeira fase de seletivas para o Web.com Tour.

Dificuldade – Kenji também teve um dia difícil nos putts, e vinha com três bogeys até o buraco 3, de par 5, seu 12º do dia, quando um “filaço” da banca da esquerda do green lhe custou um duplo bogey que ele só recuperou com o ace no 6, único buraco onde baixou na rodada. “Estava mesmo desanimado, mas agora vou para a rodada final com chance de vencer e vou tentar jogar o meu melhor”, avisa.

Quem também aposta nos próprios tacos é Herik, apelidado de Galo Cinza, exatamente por seu brigador e ter uma imensa capacidade de reagir e virar jogos na volta final. “Escreve aí que vou sair cinco atrás e vou buscar esse título”, diz Herik. “Até agora o Alvarez só ganhou da gente, mas isso vai acabar amanhã”, desafia o gaúcho que os amigos, de provocação, agora só chamam de “Galo em 50 tons de cinza”.

Destaques – Mas Erik vai ter que jogar com um olho no retrovisor, ou melhor, nos dois grupos da frente, aonde seis jogadores vem até duas tacadas atrás dele com chances de pódio, já que há troféus para os três primeiros colocados. No vice-pelotão estarão jogado Pedro Ramos, de Maringá, e o gaúcho Sandro Gonçalves, número 3 do Brasil, que vem empatados em quarto com 149 (+5). Ramos fez quatro birdies na volta e Sandro apenas dois, além de uma sequência de três bogeys, pelo segundo dia seguido.

Os dois jogam ao lado de Jinbo Ha, coreano que vem sendo uma das sensações do golfe paulista desde que começou mudou com a família para o Brasil no começo do ano. Jinbo fez quatro birdies na primeira metade do campo, para encostar nos líderes, mas terminou a volta com quatro bogeys. Mesmo assim, jogou o par do campo e melhor volta do dia para somar 150 (78-72) e empatar em sexto com Cristian Barcelos, de Japeri, que fez o cinco birdies, recorde deste domingo, para jogar 73.

Recuperação – A outra volta de 72 foi feita pelo mineiro Tomaz Pimenta, que se recuperou da estreia com 79 tacadas para somar sete acima e ficar a duas tacadas da zona de pódio. Tomaz não jogava havia três meses, recuperando-se de uma cirurgia para corrigir três hérnias na região do abdômen. Ele agora divide a oitava posição com Marcos Negrini, do Damha, que também soma 151 (77-74) e tem chances de brigar por troféu.

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