Aberto do Itanhangá: Juan Alvarez se impõe novamente aos brasileiros

13/10/2015


Uruguaio faz melhor volta da semana para vencer por 13, em dia de mais um hole-in-one


Sergio Carpi entrega troféu de campeão do Aberto do Itanhangá a Juan Alvarez
Sergio Carpi entrega troféu de campeão do Aberto do Itanhangá a Juan Alvarez

texto e fotos: Ricardo Fonseca

Nas quatro vezes em que jogou no Brasil, em 2015, o uruguaio Juan Alvarez, de 21 anos, um dos cinco únicos amadores sul-americanos Top 100 do mundo, só perdeu para um brasileiro: o carioca Andre Tourinho, campeão do Aberto do Brasil. Alvarez ficou em terceiro naquele torneio, em Porto Alegre, atrás ainda do chileno Joaquin Niemann, mas se impôs nos outros três ao vencer o Sul-Brasileiro, também em Porto Alegre; o Aberto do Rio, em Búzios; e agora o 53º Aberto do Itanhangá Golf Club, o segundo torneio amador mais forte do calendário nacional de 2015, jogado com patrocínio do Azeite 1492, do Grupo Libra, no Rio de Janeiro.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo: Juan Alvarez comemora título no 18; Jinbo Ha, vice-campeão e melhor juvenil recebe prêmio de Sergio Carpi e Estelio Zen; Amos Maidantchik comemora o hole-in-one no 13; o pódio da até 8,5, com Pedro Ramos, James Cleary Filho e Takashi Matsuda; pódio da 8,5 a 14, com Philip Healey e Gilberto Fonseca; pódio da 14,1 a 22,1, com Luciano Nogueira e Henrique Kitahara; pódio da 22,2 a 29,3 com Fabio Egypto Filho premiando Celso Pereira e Colin Foulkes; Alvarez comemora com champanhe ao lado dos três que fizeram hole-in-one. Kenji, Takashi e Amos; e o campeão é jogado na piscina. 

Alvarez foi campeão de ponta a ponta e com impressionantes 13 tacadas de vantagem, graça à sua rodada final, de 68 tacadas, quatro abaixo do par e melhor volta da semana, nesta segunda-feira, feriado de 12 de outubro, marcada ainda pelo terceiro hole-in-one em dois dias, feito por Amos Maidantchik, no buraco 13. Alvarez terminou a volta de abertura, no sábado, empatado em primeiro com o favorito local Daniel Kenji Ishii, número 1 do Brasil, e chegou à rodada final como líder isolado, duas à frente do carioca. Nesta segunda-feira, porém, enquanto seus adversários vinham tropeçando em campo, Alvarez fazia sete birdies, recorde na semana, para ir ampliando sua vantagem até vencer com 211 (70-73-68) tacadas, cinco abaixo do par.

Quinto título – Este foi o quinto título de Alvarez em 2015, depois de ter vencido ainda no San Isidro Open, na Argentina, e na Copa de Oro do Uruguai, além de ter sido Top 20 no Latin America Amateur Championship e Top 10 nos Jogos Pan-Americanos: “Fico feliz de ter conseguido jogar bem e agradeço muito ao convite feito por Sergio Carpi, presidente do Itanhangá, para jogar nesse campo magnífico, que estava em excelentes condições”, disse Alvarez, antes de ser jogado na piscina pelos amigos brasileiros, na comemoração do título.

Com drives potentes e aproximações de precisão cirúrgica, Alvarez driblou os perigos do campo do Itanhangá, que duas semanas antes recebeu o Aberto do Brasil, do PGA Tour Latinoamérica, e foi jogado com o rough alto que atormentou os melhores profissionais do continente que viam a bola sumir na grama em torno do green, onde se jogava sempre com dificuldade. Alvarez só lamentou ter errado tantos putts dentro de três metros, um dos fortes de seu jogo, apanhando para ler a caída dos greens do Itanhangá, onde o “pelo” da grama pode ser mais decisivo que as inclinações do terreno.

Destaques – O juvenil coreano Jinbo Ha, radicado em São Paulo desde o início do ano e que treina na Adademia GolfRange Campinas (AGRC), foi o vice-campeão de virada, com 224 (78-72-74), oito acima, no desempate contra o gaúcho Herik Machado, número 1 do Brasil (74-74-76), que entregou o troféu de segundo colocado ao jogar a bola na água no 18 e fazer triplo bogey, e Kenji (70-75-79), que depois do hole-in-one da véspera, que o recolocou na luta pelo título, terminou sem um birdie sequer e com sua pior volta da semana, reflexo do cansaço após oito semanas de competição sem descanso.

O mineiro Tomaz Pimenta, voltando a competir após três meses parado para se recuperar de uma cirurgia de hérnia no abdômen ficou em quinto, com 226 (79-72-75), 10 acima, com direito à melhor volta do domingo e de ser o único entre os oito primeiros que não fez nenhum duplo bogey ou pior na rodada final. Ele terminou empatado com dez acima com Pedro Ramos, de Maringá (75-74-77), e com Marcos Negrini, do Damha GC, de São Carlos (77-74-75), que vinha sozinho em segundo até ser mais uma vítima do 18, onde bateu o drive na água para fazer triplo-bogey.

Preocupação – A má notícia para o Brasil é que Alvarez, além de ganhar por 13 de vantagem ainda derrotou quatro dos cinco integrantes da equipe brasileira convocado dias antes para a Copa Los Andes, o Campeonato Sul-Americano por equipes, de 23 a 29 de novembro, em Quito, no Equador: Herik, Kenji, Negrini e Pedro Nagayama, que terminou em 12º lugar. Só faltou André Tourinho, que representou a Marinha nos Jogos Mundiais Militares, na Coréia, na semana anterior, e não pode jogar em casa, embora tenha visto parte da rodada final.

O campo do Itanhangá estava tão desafiador que nenhuma categoria foi ganha abaixo do par. Entre os jogadores de índex até 8,5, o campeão foi James Cleary Filho, com 216 tacadas, o par do campo, seguido por Pedro Ramos, com 22º e por Takashi Matsuda, com 221. Na 8,6 a 14, Philip Healey venceu com 219 (+3) seguido por Gilberto Fonseca e Felipe Correa , com 223. E na 14,1 a 22,1, Henrique Kitahara ganhou no par do campo, no desempate com Luciano Nogueira, seguido por Junji Nakanishi e Carlos Alberto Peychaux, com 221. Na 22,2 a 29,3, stableford, venceu Celso Pereira, com 109 pontos, seguido por Colin Foulkes e Márcio Batalha, com 103.

Holes-in-one – O Aberto do Itanhangá foi marcado por três holes-in-one nos dois dias finais, todos feitos por jogadores de handicap baixo e em buracos diferentes. Takashi Matsuda, japonês de handicap 10 radicado no Rio há dois anos, onde a família tem um restaurante abriu a série de aces no 10, um par 3 de 170 jardas, onde embocou de primeira usando um ferro 5 em sua primeira tacada de domingo. Kenji veio a seguir, no buraco 6, par 3 de 180 jardas, seu 15º do domingo, onde embocou de vôo usando um ferro 5.

Amos fez o seu hole-in-one nesta segunda, no buraco 13, de 160 jardas, usando um ferro 9. Amos havia feito o primeiro hole-in-one de sua carreira, logo que começou a jogar golfe, mas depois passou 33 anos sem fazer mais nenhum. O segundo só veio em 2014, no mesmo buraco 13 onde embocou de primeira nesta segunda. Ele acabou a volta tremendo com a emoção do feito, mas jogou 78, sua melhor volta da semana e ganhou um novo número de sorte, o 13.

Patrocínio – O Campeonato Aberto do Itanhangá Golf Club está sendo jogado com patrocínio do Azeite 1492, operação do Grupo Libra dirigida pelo empresário Sergio Carpi, com organização do Itanhangá Golf Club e apoio da Federação de Golfe do Estado do Rio de Janeiro (FGERJ).

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