Aberto do PL: Ronaldo e Salvatierra dividem campeonato

25/05/2015


Decisão foi tomada ao escurecer, após três buracos extras. Mattos foi o campeão amador


Ronaldo e Salvatierra: título dividido foi um final justo para uma competição emocionante de golfe
Ronaldo e Salvatierra: título dividido foi um final justo para uma competição emocionante de golfe

por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor

O que era para ser uma vitória fácil para o profissional brasileiro Ronaldo Francisco, que começou o dia vencendo por cinco, acabou se complicando depois que o líder de ponta a ponta cedeu o empate para o boliviano Jorge Salvatierra, ao errar um putt de 1,5 metro para par, no buraco final. Com o sol se pondo, houve tempo apenas, antes de escurecer, para jogar três buracos de desempate em morte súbita – 10, 17 e 18 – onde ambos fizeram par, o que os levou à decisão de dividir o título.

Ronaldo e Salvatierra também dividiram os prêmios destinado aos dois primeiros lugares, o que deu R$ 10 mil para cada um, dos R$ 85 da bolsa do 40º Aberto do PL Golf Club, disputado de quinta a domingo, em Arujá (SP). O torneio fez parte Tour Brasileiro de Profissionais – BRATOUR, da PGA do Brasil, circuito que ganha força a cada dia com adesão dos profissionais, federações e clubes.

Justiça – O empate, embora inusitado, acabou sendo um resultado justo para os dois jogadores. Ronaldo por jogar 66, seis abaixo, nos três primeiros dias, igualando o recorde brasileiro para 54 buracos. Salvatierra por acreditar até o final que seria possível tirar a diferença de cinco tacadas, e ser apenas um dos dois profissionais, entre os 21 que passaram o corte, a jogar quatro voltas abaixo do par. O outro foi Felipe Navarro, patrocinado pela Bombril, que jogou 67 (-5), o melhor resultado da volta final, para ainda ser o terceiro colocado.

Nas fotos ao lado, Ronaldo, que venceu o torneio pela quarta vez, com Yim Kim Po, seu parocinador e apoiador do Aberto do PL; e Antônio Padula (esq.) presidente da Federação Paulista, e Luiz Martins (dir.), presidente da PGA do Brasil, com os campeões.

Rafa Barcellos, que como Ronaldo defende a equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, foi o terceiro e último profissional em campo a não jogar nenhuma das quatro rodadas acima do par, para terminar em quarto, apenas uma tacada atrás. Yim King Po, presidente da YKP, que além de patrocinar Ronaldo desde 2007, foi um dos apoiadores do torneio, jogou no torneio amador.

Decisão – Ronaldo (66-66-66-75) e Salvatierra (66-71-66-70) terminaram empatados com 273 tacadas, 15 abaixo do par, depois de começar a volta final com 18 e 13 abaixo, respectivamente. Apesar de ter perdido a confiança logo nos primeiros buracos, Ronaldo vinha se salvando em campo – vinha com dois birdies, dois bogeys e alguns pares salvos – e quando a diferença caiu para apenas 3 tacadas, ele reagiu com um birdie no 13 para voltar a abrir quatro de vantagem.

Os problemas de Ronaldo, que vinha errando muitos tiros de saída, se tornaram sérios no 15, um par 5 curto, mas em subida, onde ele, ainda com os 18 abaixo com que havia começado o dia, espantou a bola para o meio das árvores à direita da raia. Enquanto Ronaldo estudava o que fazer, Salvatierra tentou chegar ao green com a segunda, mas o tiro se desviou para a esquerda, acertando as árvores. Isso seria um bom motivo para Ronaldo jogar de lado e tentar ir para o green com a terceira, mas ele optou por jogar por cima das árvores à sua frente, um tiro possível, embora difícil.

Duplo bogey – Só que a bola do brasileiro bateu nos ramos superiores das árvores e caiu colada ao caule de uma delas, pouco à sua frente, mas não ficou estaimada. Ronaldo então jogou a terceira e volta para raia, passou o green com a quarta, e deu dois putts para fazer duplo bogey e ver a diferença ser reduzida para duas tacadas. Salvatierra – viu-se mais tarde – estava na banca da esquerda, antes do green, de onde até saiu bem, mas não conseguiu o birdie. Ronaldo diz que não, mas talvez tenha arriscado traído pelo desejo inconsciente de superar o recorde de 18 abaixo de João Corteiz, no PL, que já dura 10 anos, embora feio antes da reforma do campo.

No 17, um par 3, Salvatierra deixou a bola a três metros da bandeira, enquanto Ronaldo errava o green pela esquerda. Um magnifico approach salvou o par para o brasileiro, enquanto Salvatierra errava o birdie. No 18, foi a vez do boliviano errar o drive um pouco pela direita e ficar com a bola em posição ruim, no rough, abaixo dos pés, o que o fez decidir por um layup com a segunda, para antes do green, de onde fez um bom approach e salvou o par. Ronaldo, que do meio da raia, errou o green pela esquerda, também fez uma boa tacada de aproximação mas, como vimos, errou o putt que teria lhe dado o título no buraco 72.

Confiança – “Bati muito bem na bola nos três primeiros dias, com três voltas de 66, mas hoje perdi a confiança em alguns tiros e decidi que era melhor tentar manter a calma para levar até o final” conta Ronaldo, que venceu o Aberto do PL também em 2010, 2011 e 2014 (ele não jogou em 2012, quando venceu o head-pro Claudio Oliveira, e, em 2013, quando o título ficou para Pablo de la Rua).

Nova PGA do Brasil – “Não dá para jogar bem sempre, este é o esporte, este é o golfe, mas saio satisfeito com o título e contente com a conversa que eu e outros jogadores tivemos com o Luiz Martins, presidente da PGA do Brasil, e vamos junto com ele no projeto de reunificação do golfe profissional brasileiro e da construção de uma nova PGA do Brasil”, conta. “Eu estou voltando a ser sócio da PGA do Brasil, assim como creio todos os profissionais farão o mesmo”.

Destaques – Navarro (69-69-71-67), -12; Barcellos (70-68-67-72), -11; e Marcos Silva, patrocinado pela Bueno Wines (69-68-73-68), terminaram separados por apenas uma tacadas. A seguir, completando os Top 10, terminaram Pablo de la Rua (-5), campeão de 2013; Guilherme Oda (2), do Damha Golf Club, de São Carlos; Claudio Oliveira, campeão de 2012 (2); Carlos Eduardo Ferreira (3); e Lorenzo de la Rua (5).

Na competição profissional sênior, que ficou com R$ 15 mil da bolsa do torneio, João Corteiz venceu de ponta a ponta com 212 (71-70-71) tacadas, quatro abaixo, contra par de campo de Antônio Pereira, o Piléu (71-72-73) seis acima de Geraldo Brito (70-74-78). sete acima de Acácio Jorge Pedro (76-76-71) e nove acima de Luiz Carlos Pinto (81-75-69). Os seniores jogaram dos tees brancos dos campos Glory e Pansy. Os profissionais e scratchs dos tees azuis dos campos Glory e Lilly.

Amadores – Na competição amadora, em apenas 36 buracos, Paulo Mattos, do Vista Verde, venceu de ponta a ponta com 151 (77-74) tacadas. César Choi, do Paradise foi o vice com 156 (77-79), seguido por Carlos Cândido, do Clube de Campo, com 157 (80-77), Fernando Silva, do Range Campinas, com 158 (79-79) e Francisco Ishihara, o melhor da casa, com 159 (79-80).

Como os prêmios não eram acumuláveis, Carlos Cândido foi o campeão da categoria com índex até 8,5, jogando o seu handicap (144), seguido por Silva, com 145, e por Ishihara, com 147. Na 8,6 a 14, os medalhistas foram Marcelo Suhara, do Arujá, com 145; Luiz Fernando Silva, de Campinas, com 147; e Adiston Ramos, de São José, com 148.

Na 41,1 a 19,4, dobradinha de Campinas com Ronni Fratti, o campeão nos critérios de desempate, e Junho Park, ambos com 139. Marcelo Fonseca, de São José, e Hideo Kawasaki, do PL, empataram em terceiro, com 141. Na 19,5 a 25,7, Eugênio Marins Neto, da Baroneza, venceu com 139, seguido por Lo Hsien, do São Paulo Futebol Club Golf; Young Kim, do Campinas; e Fausto Matumoto, do Arujá, todos com 140.

Homenagem – A diretoria do PL fez, durante a entrega de prêmios, uma homenagem os jornalistas Ricardo Fonseca e Thais Pastor, do Portal Brasileiro do Golfe, pelo apoio que sempre deram ao Aberto do Clube, onde foram os únicos jornalistas especializados em golfe presentes. Fonseca e Pastor cobrem o Aberto do PL ininterruptamente há mais de vinte anos.

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