Aberto do São Paulo: Pepê vence de ponta a ponta e lava a alma

12/11/2012


Campeão estava magoado por ter sido excluído da equipe da Los Andes por telefone


Jaime Ardilla, da GM, com Felipe Almeida, Pepê e Lilica: golfe de primeira no Aberto do São Paulo
   Jaime Ardilla, da GM, com Felipe Almeida, Pepê e Lilica: golfe de primeira no Aberto do São Paulo 

por: Ricardo Fonseca

Pedro da Costa Lima, o Pepê, jogou 70, uma abaixo do par, para resistir ao ataque de Rodrigo Lacerda Soares Filho, o Lilica, e conquistar o título do 69º Aberto do São Paulo Golf Club – Taça Chevrolet Trailblazer, pela quarta vez em seis anos. Pepê, campeão em 2007, 2009, 2010 e, agora, 2012, somou 217 tacadas (71/76/70), contra 218 tacadas (77/74/67) de Lilica e 220 (73/74/73) de Felipe Almeida, o terceiro colocado.

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Pepê não participou do Aberto do São Paulo de 2011 por estar na equipe brasileira que foi campeã da Copa Los Andes, no Rio de Janeiro. Este ano, Pepê também estava na equipe que viaja esta semana para defender o título da Los Andes na Venezuela, mas foi removido da equipe de uma forma que ele não conseguiu aceitar até agora.

“Desconvocação”
– Pepê, antes de tudo um cavaleiro, não quer falar sobre o assunto, mas várias pessoas ligadas a ele confirmam que o jogador foi “desconvocado” da equipe brasileira através de um telefonema do inglês Shaun Case, contratado pela Confederação Brasileira de Golfe para ser o técnico – ou “coach”, como prefere a entidade – das equipes brasileiras. “Você jogou mal no mundial e portanto está desconvocado da equipe da Los Andes”, teria dito o técnico em telefonema da Inglaterra, onde mora, que Pepê atendeu em seu celular durante uma aula na faculdade.

Não se discute o mérito da convocação – os cinco jogadores chamados tem gabarito para estar lá – e nem o direito da CBG de escolher as equipes brasileiras como ela preferir – embora isso não a exima de dar satisfações à comunidade. O que magoou Pepê foi a forma abrupta como isso foi feito e as palavras duras do técnico que, por definição da função, deveria dar apoio e incentivo a um jogador importante como Pepê para o golfe brasileiro, ao invés de feri-lo.

Motivos – Pepê não jogou bem no Mundial da Turquia, onde foi como líder do ranking brasileiro após vencer de ponta a ponta o Aberto do Estado de São Paulo e passar a ser o número 1 do Brasil. Ele voltou ao Brasil ao lado de José Joaquim Barbosa, vice-presidente técnico da CBG, que o havia convocado tanto para o Mundial como para a Los Andes, e que preferiu nada falar ao jogador pessoalmente. Passou a tarefa para o inglês que mal conhece os jogadores brasileiros, não fala português e, pelo visto, não tem o mínimo tato que a função exige. Pepê considerava Barbosa, que mora a poucos metros de sua casa, um segundo pai.

Ao que tudo indica a CBG, que queria levar apenas jogadores que atuam no exterior para o Mundial, não engoliu as Federações estaduais, em Assembleia, terem exigido o respeito ao ranking e que o primeiro colocado garantisse vaga na equipe. Ao questionar Barbosa sobre a desconvocação do filho, Johnnie Costa Lima diz ter ouvido de Barbosa que ele não era mais o número 1 do ranking – posto que ficou para Octávio Villar no torneio seguinte, o Aberto da Bahia, disputado às vésperas do Mundial. Claro que a prioridade de Pepê era o Mundial e não o Aberto da Bahia que não valia mais para as convocações.

Reclamação – A CBG também não entendeu o gesto bonito de Pepê que ao vencer o Aberto do Estado de São Paulo, onde duelava com Leonardo Conrado pelo posto de número 1 e pela vaga para o mundial, fez um discurso de incentivo ao amigo. “Estou muito feliz em conquistar a vaga, mas não concebo um Mundial sem o Conradinho”, disse referindo-se ao jogar que havia vencido dois torneios na temporada.

No dia seguinte, segundo pessoas próximas a Pepê, o jogador recebeu um telefonema da CBG reclamando duramente que ele estava questionando a convocação do Mundial e que isso não cabia a ele. Espera-se que a “desconvocação” de Pepê tenha sido mesmo apenas por motivos técnicos.

Destaques do Aberto do SPGC – Lilica, que participou como convidado, jogou a melhor volta da semana e ainda teve um putt de dois metros no 18 para empatar com Pepê em primeiro e ser líder na sede. Luis Augusto Pereira Almeida, o Gugu, ficou em quarto, com 223 (76/72/75), seguido por Walter Mantovanini Neto, o Tito, com 224 (71/78/75).

Everton da Silva, o Lagarto, filiado diretamente à Federação Paulista de Golfe, venceu a categoria handicap índex até 8,5, com 207 tacadas, seguido pelo ex-tenista profissional Cassio Motta, do São Paulo, que jogou 212. Paulo Vitor Veiga Mattos, do VistaVerde, terminou em terceiro lugar, com 217 tacadas.

Categorias – João Chamlian, do São Paulo venceu a categoria handicap índex de 8,6 a 14, com 210 net, contra 213 de Ademilton Borges de Queiroz, do Paradise, e 215 de João Cesar Tomazeli, do Clube de Golfe de Campinas. Na 14,1 a 19,4, venceu Fernando Galante de Moraes, filiado diretamente à FPG, com 205 tacadas. Fred Biondi Figueiredo ficou em segundo lugar pelos critérios de desempate. Marco Fabio Forte foi o terceiro, com 212 contra 213 do ex-atacante Ronaldo Fenômeno.

Jaime Ardilla, presidente da GM para a América Latina; Manuel Gama, presidente da Federação Paulista de Golfe, Mario Najm Filho, presidente do São Paulo, Fábio Penteado, o vice-presidente do Clube, e o capitão Gustavo Vicenzotto compuseram a mesa e entregaram os prêmios. O torneio teve organização da Eagle Sports, sob supervisão de Roberto Gomez.

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