Aberto do SPGC: estrangeiros viram jogo e fazem dobradinha

01/09/2013


Pepê não joga bem em volta dominada pelo uruguaio Alvarez; Chileno foi vice


Mário Najm, Pepê, Alvarez, Lucas e Jaime Ardila, da GM: os melhores amadores do Aberto de golfe do SPGC
Mário Najm, do SPGC (esq.), e Jaime Ardila, da GM (dir.), premiam Pepê, Alvarez e Lucas (no centro), os melhores amadores do Aberto do clube de golfe mais antigo do Brasil

Por: Ricardo Fonseca | Fotos: Thais Pastor

Desde seu primeiro bogey do dia, no buraco 4, já se via que este domingo não era o dia de Pedro da Costa Lima, o Pepê, que defendia o título no 70º Campeonato Aberto Masculino de Golfe do São Paulo Golf Club – Golf Cup 2013 Trailblazer, jogado pelo terceiro ano consecutivo com patrocínio da Chevrolet.  Pepê, que estava invicto em 2013, errou tacadas iniciais, tiros para o green e, sobretudo, foi deixado na mão por seu jogo curto, que costuma ser o seu diferencial.

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Foi assim, jogando o aposto dos dois primeiros dias, que liderou, com voltas de 68 e 71 tacadas, que Pepê fez mais três bogeys e um triplo bogey, no buraco 13, que sepultaram suas esperanças de vencer o maior torneio de golfe de seu clube, pela quinta vez em sete ano. Parece que a partir daí ele relaxou, pois fechou a volta com seus dois únicos birdies do dia, o último deles com um tiro magistral para o green do 17, onde quase embocou para eagle. O suficiente apenas para jogar 76 (+5), somar duas acima do par e terminar em terceiro, como melhor brasileiro, posto que antes dos dois birdies vinha perdendo para Ivan Tsukazan, do Damha Golf Club, de São Carlos. Ivan teve um dia terrível sobre os greens, não embocou nada, fez um único birdie e jogou 75, para somar quatro acima e terminar em quarto.

Campeão – O domingo era mesmo de Juan Alvarez, bicampeão da etapa sul-americana da Faldo Series, em 2011/2012, que voltou a ser amador na terça-feira desta semana, após uma mal sucedida tentativa de profissionalismo. Alvarez jogou apenas seis torneios profissionais em 2012 antes de ser abandonado pelo patrocinador que o incentivara a deixar o amadorismo. Sem recursos financeiros, voltou aos braços da Federação Uruguaia que conseguiu com a Federação Sul-americana de Golfe que ele recupera-se o status de amador em apenas seis meses. Pelo compromisso, Alvarez vai defender o Uruguai como amador em 2013 e 2014, antes de voltar a ser profissional.

Alvarez, a quem os brasileiros carinhosamente apelidaram de “Bola”, tem tudo menos o biótipo de golfista campeão. Baixo e longe de ter uma aparência atlética, ele surpreende mesmo é com os tacos na mão. Bate longe, reto, e parece ter como máxima o “never layup”, pois sempre busca a bandeira – não joga de lado nem de dentro do mato mais fechado. Como profissionall, e sem dinheiro, pode não ser uma tática recomendável, mas como amador vai dando certo, como ele provou nesse domingo.

Santuário – Em vários buracos Alvarez errou uma, duas e até três tacadas, mas tudo o que pagou foram dois bogeys, e isso quando já tinha feito três birdies até o buraco 13 e tinha o jogo resolvido, com seis abaixo do par no total e nenhum adversário aparecendo com números vermelhos no placar. O jogo curto, incluindo saídas de bancas perfeitas, foram seu santuário e mostraram toda sua habilidade de jogador. Alvarez teve também sorte em dois lances, um deles com cheiro de duplo bogey que uma placa de publicidade desviou para a beira do green e ele converteu em par. Mas isso não fez a diferença em sua vitória.

Depois de ter pago uma tacada por sua impetuosidade no 17, um par 5, onde tentou ir com a segunda para a bandeira, varou o green, voltou mal e deu três putts, o valente uruguaio chegou ao buraco fianl vencendo por quatro. Da esquerda da raia, para onde bateu o driver para fugir do lago da direita, não pensou duas vezes antes de atacar a bandeira no fundo, à direita, pertinho da água. Deixou a bola dada para fazer o único birdie do dia do buraco 18, jogar 69 e vencer com cinco abaixo. Foi o único em campo com três voltas abaixo do par. E o único com duas voltas abaixo de 70.

Estrangeiros – O argentino Joaquim Bonjour, que começou o dia por seis, abriu a volta com três birdies consecutivos para chegar a duas abaixo e ficar a uma tacada de Alvarez e Pepê, os líderes da véspera, que vinham com par nos dois primeiros buracos. Mas, depois, desandou, jogou 76, com dois duplos bogeys, cinco bogeys e apenas mais um birdie, para empatar em quinto com o paraguaio Matias Velasquez.

Quem o substituiu como o outro único jogador com números vermelhos no placar, além do campeão, foi o chileno Lucas Rosso, que fez quatro birdies e um bogey e vinha três abaixo no dia e uma abaixo no total. Mas ele fechou a volta com dois bogeys, intercalados por um birdie, nos quatro buracos finais, para jogar 69, o segundo e último resultado abaixo do par da volta final.  Lucas somou duas acima para ser o vice-campeão. Pepê perdeu sua invencibilidade, mas continua sem perder para brasileiros nessa temporada.

Brasileiros – Tito Mantovanini, do São Paulo, jogou 71, o terceiro melhor resultado do dia e o seu melhor da semana, para terminar em sétimo, com 220 tacadas, seguido por Thomas Burgemeister, do Chile (222), Marcelo Giumelli, do Broa (223) e Matheus Balestrin, com Country gaúcho, que empatou em nono, como o melhor juvenil.

O Brasil, com Pepê e Balestrin, liderou dois dias do Torneio Internacional de Duplas, paralelo à competição principal, mas terminou apenas em segundo, com 438 tacadas, depois de ser ultrapassado pelo Chile, de Rosso e Burgemeister, campeão com 435. O time da Federação Paulista de Golfe, com Tsukazan e Giumelli, ficou em terceiro, com 240, seguido pela Argentina, de Bonjour e Garmendia, com 442; Paraguai (447), Uruguai (448) e São Paulo Golf Club (453).

Adauto – Entre os jogadores de índex até 8,5, o campeão foi Adauto Kiyota, do São Paulo, que não jogou nenhuma volta acima do par. Ele foi campeão com 210 tacadas, uma à frente de Tito Mantovanini. Paulo Mattos, juvenil do VistaVerde, terminou em terceiro, com 216. Na 8,6 a 14, Cristian Navajas, do São Paulo Futebol Clube, jogou 64 para ampliar sua vantagem e vencer com 11 tacadas abaixo de seu handicap. André Gomes, do São Paulo, que jogou 62 no dia anterior, ficou em segundo, com sete abaixo. Claudio Pedone do Clube de Campo, com uma abaixo, levou o troféu de terceiro lugar no desempate contra Giuliano Verdi, do São Paulo.

Na 14,1 a 19,4, os handicaps mais altos em campo, Igor Cornelsen, que jogava em casa, manteve a ponta para vencer com 211 tacadas, duas abaixo de seu handicap. Ricardo Leonardos, também da casa, ficou em segundo, com uma acima, seguido por Hélio de Lima, do Terras do Golfe, outras quatro tacadas atrás.

Premiação – Logo após o desfile das delegações do Torneio Internacional de Duplas, Jaime Ardila, presidente da GM para a América do Sul, entregou os prêmios do torneio na companhia de Jorge Saeki, vice-presidente da Federação Paulista de Golfe, Mario Najm Filho, presidente do São Paulo GC; e Gustavo Vicenzotto, capitão do clube. O torneio valeu para os rankings paulista, brasileiro e mundial.

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