Accenture: Rory McIlroy e Lee Westwood em rota de colisão

25/02/2012


Os dois principais cabeças-de-chave em campo caminham para se enfrentar nas semifinais, de olho no posto de nº 1 do mundo


   Rory: a chance de se tornar o número 1 que o ranking mundial precisa e o golfe merece
   Rory: a chance de se tornar o número 1 que o ranking mundial precisa e o golfe merece

por: Ricardo Fonseca

Dois dos oito sobreviventes após três rodadas eliminatórias do Accenture Match Play Championship tem uma motivação extra para chegar ao título do primeiro dos quatro campeonatos mundiais da temporada: tanto o norte-irlandês Rory McIlroy, número 2 do mundo, e o inglês Lee Westwood, o número 3, podem assumir a liderança do ranking mundial de golfe, domingo, com uma vitória no campo do Ritz Carlton, em Dove Mountain, Marana, no Arizona. O inglês Luke Donald, o líder do ranking há nove meses e campeão do torneio em 2011, abriu as portas para ambos ao ser eliminado na primeira rodada.

Rory e West estão em rota de colisão, mas, infelizmente para o espetáculo, eles não poderão se enfrentar na final; apenas nas semifinais, quando só um deles construiria a chance de conquistar o maior bônus da semana. Como cabeças-de-chave 2 e 3 do torneio e únicos remanescentes dos Top 10 do ranking mundial em campo, eles são favoritos para chegar às semifinais, mas, antes, disso, tem que passar por seus adversários deste sábado, nas quartas-de-final. Ranking não ganha jogo, ainda mais no match play.

Westwood – West, que pela primeira vez em 12 participações no Accenture passou da segunda rodada, soube aproveitar a oportunidade da revanche contra Nick Watney, nesta sexta, nas oitavas de final, quando enfrentou o responsável por sua eliminação nos dois anos anteriores. Ao invés de estar no BA 289 (vôo da British Airways, de volta a Londres), nesta sexta, como Sir Nick Faldo, comentarista do Golf Channel, prognosticou com base em seu passado no torneio, West liderou em 48 dos 49 buracos que jogou esta semana, incluindo sua vitória por 3 & 2 (vencia por três buracos, restando dois a jogar) sobre Watney.

Graças a um sólido jogo curto como há tempos não se via, West, que foi número 1 do mundo por 22 semanas, na virada de 2010 para 2011, chegou a abrir quatro de vantagem nos dez primeiros buracos e nunca deu chances a Watney. Agora, o inglês irá enfrentar o escocês Martin Laird, cabeça-de-chave 38, que eliminou seu compatriota Paul Lawrie, ex-campeão do British Open, por 3 & 1. West já foi número 1 do mundo, mas nunca venceu um major e, agora, tem a chance de lutar pelo seu primeiro título da série mundial.

Rory – McIlroy, ao contrário, já tem um major, ganho por oito tacadas de vantagem, e pode ser tornar, aos 22 anos, o mais jovem número 1 da história do golfe, desde Tiger Woods, em 1997, assim como foi o mais jovem vencedor do US Open, desde Bobby Jones, em 1923. Nesta sexta, Rory bateu o espanhol Miguel Angel Jimenez, de 48 anos, o mais velho em campo, por 3 & 1 e agora vai enfrentar a maior surpresa do Accenture deste ano: o coreano Bae Sang-moon, de 25 anos, estreante do PGA Tour e cabeça-de-chave 44 – a mais alta entre os sobreviventes – que eliminou o australiano John Senden por 1 up, no único jogo do dia que foi até o buraco 18.

Apesar da cara de tédio e de cometer alguns erros bobos – dois putts curtos mal lidos e duas tentativas frustradas de flop shots – Rory mostrou por que é considerado um digno sucessor para Tiger Woods com drives longos e precisos e um jogo de ferros impressionante: cinco de seus approaches nos nove primeiros buracos pararam a menos de dois metros da bandeira. Mas é bom ele não repetir os erros contra Bae, que já mostrou que não acredita em favoritos. No Korea Open de 2009 Bae jogou 67 na volta final para virar o jogo sobre McIlroy, líder após 54 buracos.

Número 1 – Rory está a três jogos de se tornar um número 1 do mundo com a confiança e a postura de campeão que Greg Norman, detentor do posto por 331 semanas, e Tiger Woods, recordista com 623 semanas na liderança, deram ao esporte. O menino de Hollywood, na Irlanda do Norte, já ganhou muito dinheiro, já levantou seu major e ainda namora a belíssima, Caroline Wozniacki, até recentemente número 1 do tênis feminino mundial. O que mais ele pode querer a não ser igualar o feito de sua namorada?

Rory já provou que pode surpreender. Tanto negativamente, ao fazer 80 na volta final do Masters, para jogar fora uma vantagem de seis tacadas, quanto positivamente, ao transformar o Congressional num pitch & putt em sua vitória no US Open. Rors, como o chamam os amigos, incluindo West, não é obcecado pela perfeição, leva um vida normal, com espaço para se divertir nos pubs, e é o ídolo dos meninos e meninas de todo o mundo. Justamente o que o golfe e seu ranking mundial precisam para deixar de viver do passado e antecipar a renovação que chegará na nova era olímpica do esporte.

Americanos – Pela primeira vez desde 2009, o Accenture terá um jogador dos EUA nas semifinais. Ele será ou Hunter Mahan, cabeça 20, que se aproveitou de alguns erros incríveis de Steve Stricker, número 5 do mundo, para vencer por 4 & 3; ou Matt Kuchar, cabeça 14, que será seu adversário nas quartas-de-final deste sábado depois de superar o alemão Martin Kaymer, nº 4 do mundo, por  4 & 3 com a facilidade que o placar indica.

Na mesma chave, Mark Wilson, cabeça 42, terá a chance de garantir um americano na final, se passar pelo sueco Peter Hanson, cabeça 35. Nesta sexta, Wilson derrotou pelo segundo ano consecutivo seu compatriota Dustin Johnson, por 4 & 3, enquanto Hanson se impunha ao também americano Brandt Snedeker, por 5 & 3, na maior vitória do dia.

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