08/05/2016
Com vice-campeonato na África, gaúcho ganhou 70 postos no ranking mundial de golfe
Adilson da Silva com Sérgio Carpi, do Azeite 1492, que ao lado da YKP foram as únicas empresas brasileiras que patrocionaram o nosso golfista olímpico em toda a sua carreira
por Ricardo Fonseca
Adilson da Silva, da Equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, tornou-se o primeiro golfista brasileiro a assegurar vaga para defender o país nos Jogos do Rio 2016. O gaúcho de Santa Cruz do Sul garantiu sua presença no torneio olímpico de golfe, com nove semanas de antecipação, ao ser vice-campeão do Swazi Open, encerrado neste sábado, na Suazilândia, na África. A segunda colocação no torneio do Sunshine Tour, do circuito mundial, rendeu ao brasileiro mais 8,4 pontos para o ranking mundial de golfe, o que lhe permitiu saltar do 345º para o 275º lugar. Com isso, Adilson subiu da 59ª colocação para o 53ºlugar do ranking olímpico de golfe, que lista os 60 jogadores que estariam classificados hoje para o primeiro torneio de golfe olímpico em 112 anos. A última apresentação do esporte foi nos Jogos de St. Louis, em 1904, nos Jogos da III Olimpíada da Era Moderna.
“Garantir minha vaga para defender o Brasil nos Jogos do Rio 2016 sempre foi meu sonho desde que O Comitê Olímpico Internacional decidiu pela volta do voltou aos Jogos Olímpicos, em 2009”, conta Adilson que, aos 44 anos, não acredita que teria outra chance de disputar uma medalha olímpica, nos Jogos seguintes, os de Tóquio 2020. “Muito de meu sonho olímpico, uma parte muito importante dele, se deve aos dois empresários que acreditaram em mim e me apoiaram desde o começo de 2015, o Sérgio Carpi, do Azeite 1492, e o Yim King Po, da YKP, que são as únicas empresas brasileiras que me patrocinaram em toda a minha carreira”, agradece o brasileiro.
Patrocinadores – “Graças ao apoio desses empresários, que são verdadeiros heróis do golfe brasileiro, pude viajar pelos cinco continentes nesses dois anos em busca dos pontos olímpicos que me classificaram” diz Adilson, que mais recentemente, a partir deste ano, começou a ter também uma ajuda de custo do Comitê Olímpico Brasileiro. “Os custos das viagens internacionais, hospedagens, caddie, alimentação, inscrição em torneios, equipe de apoio e muitas outras são muito altas e se um profissional não tiver patrocinadores que o apoiem, teria que jogar a cada semana pensando no dinheiro do prêmio para pagar as despesas, com reflexo negativo em sua concentração no jogo e desempenho”, explica Adilson. “Por isso, tanta gente falha ao tentar entrar no circuito mundial”, diz o gaúcho, que é um dos três integrantes da Equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, montada exatamente com o objetivo de dar essa oportunidade aos talentos olímpicos do país.
Apesar de faltarem ainda nove semanas para o ranking olímpico de golfe definitivo ser divulgado, em 11 de julho, Adilson não tem mais como sair da lista dos 60 jogadores que defenderão seus países no Rio de Janeiro. A relação inclui, pela ordem, os dois jogadores mais bem colocados no ranking mundial de golfe de cada país. A única exceção é para os que estiverem entre os Top 15 do mundo, quando o limite aumenta para quatro por país, feito do qual apenas os EUA se beneficia. O ranking mundial de golfe é uma média ponderada dos pontos conquistados no período corrido de 104 semanas (dois anos). Os pontos das 13 semanas mais recentes valem integralmente. Os demais vão perdendo 1,09% de seu valor a cada semana, até não sobrar nada.
Projeção – Desde que a corrida olímpica começou, em julho de 2014, Adilson jogou 49 torneios válidos para o ranking mundial de golfe e pontuou 15 vezes, ou seja, em 30% deles. Com o vice-campeonato deste sábado, o terceiro no período olímpico (ficou ainda em segundo no Taiwan Masters de 2014 e no Zimbabwe Open de 2015), Adilson ganhou mais 8,4 pontos e soma agora 33,86 pontos, uma média de 0,6473 (o divisor é 52).
Das pontuações de Adilson, os 8,4 pontos desta semana valerão integralmente até a definição da lista olímpica, enquanto os 5,13 que ganhou há dois meses, no Indian Open cairão um pouco e estarão valendo ainda 4,98. No dia 11 de julho, dos 20,33 pontos restantes de Adilson sobrarão 18,60. Somados os pontos dos dois torneios mais recentes Adilson ficará com média assegurada de 0,62 ponto, o que hoje representa a 288ª colocação do ranking mundial. Mardan Mamat, de Singapura, que hoje está no 60º e último lugar do ranking olímpico, é apenas o nº 363 de mundo. Os últimos cinco da lista estão fora dos Top 300.
Ou seja, quando a lista dos jogadores olímpicos for divulgada em 11 de julho, Adilson estará no mínimo entre os 300 primeiros do mundo ou perto disso, o suficiente para aparecer por mérito próprio entre os 60 golfistas que jogarão no Brasil. Isso se o brasileiro não voltar a pontuar nos seis torneios que jogará até lá. Adilson chega ao Rio 2016 com outro feito notável: desde o início da pontuação olímpico, ele nunca deixou a relação e golfistas classificados a cada semana, o que nenhum outro brasileiro conseguiu.
Abaixo, Yim King Po, da YKP, eSergio Carpi, do Azeite 1492: empresas brasileiras acreditaram e fizeram a diferença para colocar o golfe do Brasil nos Jogos do Rio 2016
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