Adilson da Silva completa 41 anos, em busca de patrocinador

24/01/2013


Brasileiro mais bem colocado no ranking mundial sobrevive praticamente dos prêmios


Paulo Krebs, Darci Klein, Adilson e Cesar Borba: amigos se mobilizam para ajudar profissional brasileiro
Paulo Krebs, Darci Klein, Adilson e Cesar Borba: amigos se mobilizam para ajudar profissional brasileiro

por: Ricardo Fonseca

Apesar de ser o brasileiro mais bem colocado do ranking mundial de golfe (354º esta semana) e de jogar em dois circuitos internacionais de primeira linha – o Tour Asiático e o Sunshine Tour, da África do Sul – o profissional gaúcho Adilson da Silva, que completa 41 anos hoje, quinta-feira, tem sobrevivido apenas de apoios de empresas de tacos e roupas, sem um patrocinador que lhe de tranquilidade para representar o Brasil no exterior e realizar seu sonho de representar seu país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Adilson, que joga na África do Sul desde os 18 anos, onde já venceu dez vezes no circuito local, cinco delas a partir de 2010, sobrevive graças ao patrocínio de um amigo e recentemente de um acordo com a Fenix Golf, que vai lhe fornecer roupas de alta tecnologia a partir desta temporada. Mas tudo isso ainda é pouco frente aos gastos que o brasileiro tem para se manter em atividade através do mundo.

Temporada 2013 –
Nascido em Santa Cruz, no Rio Grande do Sul, Adilson aproveitou as férias para visitar sua cidade e participar de um torneio que ele organiza junto com os sócios em sua homenagem, todos os anos, no Santa Cruz Country Club. Lá, ele contou aos amigos, que apesar de não ter patrocinador para o Tour Asiático, vai voltar a jogar lá nesta temporada, onde terá a oportunidade de participar de cinco ou seis torneios co-sancionados pelo Tour Europeu.
    
Hoje, Adilson tem que se preocupar com os custos de passagens, hotel, transporte e caddies, que no Japão, por exemplo, podem custar US$ 250, apenas para carregar a bolsa, já que a maioria nem é golfista. Enquanto um patrocinador não descobre Adilson, ele vai se virando como pode e agora com a promessa de apoio dos amigos de Santa Cruz, que estão estudando uma forma de ajudá-lo em 2013.

Entre as novidades de Adilson para esta temporada, está o trabalho com a Sherylle Calder, especialista em desempenho esportivo, que conseguiu ajudar Ernie Els a renascer em sua carreira, e que foi uma das responsáveis pela seleção de rúgbi da África do Sul para vencer a World Cup de 2007.

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