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Adilson da Silva enfrenta o campo mais difícil do Tour Asiático

11/11/2015

Brasileiro é atração no World Classic course, no Laguna National, desenhado por Andy Dye

Adilson: desafio para ampliar a série de 18 torneios consecutivos em que passou o corte desde março

Não é a toa que o World Classic course, do Laguna National Golf and Country Club, que dá nome ao torneio desta semana do Tour Asiático – The World Classic Championship at Laguna National – é considerado o campo de golfe mais difícil da Ásia. O percurso de 7.350 jardas e par 72, com rating de 165 e slope de 76,9, desenhado em Singapura por Andy Dye, sobrinho de Pete Dye e terceira geração de arquitetos da família é tão desafiador que o Tour Asiático decidiu encurtá-lo para 6.935 jardas e par 71 esta semana, na tentativa de dar uma chance aos melhores jogadores do circuito, incluindo o brasileiro Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492, para jogar ao redor do par do campo.

“No ano passado nós jogamos no campo ao lado, que era muito bom, mas este ano vamos jogar no World Classic, que o arquiteto construiu para ser o campo mais difícil da Ásia, e ele conseguiu”, diz Adilson, impressionado com o percurso após a volta de treinos. “Os greens são muito ondulados, alguns com três ou quatro níveis, e dependendo por onde você errar o green vai jogar o tiro seguinte sem visão da bandeira”, diz Adilson, único brasileiro que estaria hoje classificado por mérito próprio – sem depender da vaga do país sede – para os Jogos do Rio 2016.

Desafios – “Há greens muito grandes, outro muito pequenos, e se não colocar a bola do lado certo, vai ser difícil se manter no green no putt seguinte”, continua o brasileiro que é o 24º colocado do ranking do Tour Asiático, com US$ 119 mil ganhos em 10 torneios. “Também há muitas bancas nos fairways e ao redor dos greens e se colocarem os tees muito atrás e bandeiras difíceis, mas sem muito complicado para todos”, completa o brasileiro sobre o campo que costuma ter Tiger Woods e Ernie Els jogando para se divertir.

Adilson passou 18 cortes seguidos nos torneios do Tour Asiático, Tour Europeu, Sunshine Tour e PGA Tour Latinoamérica que jogou desde março deste ano e pretende aumentar a série que inclui um vice-campeonato, três colocações entre os cinco primeiros e dez entre os 15 primeiros. Adilson ainda jogará mais três torneios na Ásia este ano: o Manila Masters, nas Filipinas, com US$ 1 milhão em prêmios, de 19 a 22 de novembro; o Ho Tram Open, no Vietnam, de 3 a 6 de dezembro, com US$ 1,5 milhão em prêmios; e o Thailand Golf Championship, na Tailândia, de 7 a 10 de dezembro, com US$ 1 milhão em prêmios.

Favoritos – Com US$ 750 mil em prêmios e pontos para o ranking mundial pelo menos para os 17 primeiros colocados, o World Classic Championship, qeu vai de quinta a domingo, atraiu muitos dos melhores jogadores do circuito, como os indianos Jeev Milkha Singh, que será o capitão do time da Ásia na EurAsia Cup, em janeiro de 2016 (Darren Clark será o capitão da Europa); Chiragh Kumar, que vem de um vice-campeonato e de uma vitória na última semana, na Índia; e S.S.P. Chawrasia, o jogador mais bem ranqueado em campo esta semana, além do tailandês Prom Meesawat; do canadense Richard Lee; o malaio Danny Chia; e Mardan Mamat, o favorito local.

Chia, Chawrasia e Mamat, além de Siddikur Rahman, de Bangladesh e de Antônio Lascuna, das Filipinas, são, junto com Adilson, seis dos 60 jogadores que estariam classificados hoje para os Jogos do Rio 2016, ou 10% do total de jogares. Todos eles estão próximo um do outro no ranking mundial e no ranking olímpico, e estarão disputando o direito de representar seus países no Rio até a classificação final que será feita pelo ranking mundial de julho de 2016.