15/02/2013
por: Ricardo Fonseca
Adilson da Silva dormiu vice-líder na quinta-feira, fechou os primeiros 18 buracos, nesta sexta, com dez abaixo, seu recorde pessoal, disparado em primeiro e, e foi dormir ainda líder, depois de jogar mais quatro abaixo nos 18 buracos correspondentes à segunda rodada, somar 14 abaixo (62-68) no total e abrir três tacadas de vantagem após 36 buracos do Africa Open, torneio do Tour Europeu que está sendo jogado até domingo no campo do East London Golf Club, na África do Sul. O Golf Channel transmite as rodadas finais, neste sábado, das 12 horas às 15h30, e domingo, já sem horário de verão, das 11 horas às 14h30. Esses resultados fizeram Adilson ganhar todas as manchetes da imprensa mundial de golfe (veja, abaixo, à direita).
Apesar de uma carreira brilhante, que lhe deu 40 títulos profissionais, dez deles no Sunshine Tour, da África do Sul, onde mora desde os 18 anos, esse gaúcho de Santa Cruz, hoje com 41 anos, ainda é pouco reconhecido em seu próprio país, onde esteve jogando oficialmente apenas nos torneios do Tour Europeu dos 500 anos do Descobrimento, no Rio (corte) e em São Paulo (22º lugar), em 2000, e em eventos comemorativos, na visita anual que faz à sua terra natal.
Descaso – Nem mesmo seu feito, ao se tornar o segundo brasileiro em 27 anos a passar num major, conseguido no British Open de 2012 , repetindo o que Alexandre Rocha fez no US Open de 2011, ajudou Adilson a ser reconhecido em seu próprio país. Em sua mais recente passagem pelo Brasil, no final de ano, Adilson queixou-se aos amigos de Santa Cruz que tinha que viver do patrocínio de um amigo para jogar dois circuitos mundiais, uma vez que, desde 2011, ele também é membro do Tour Asiático, onde conquistou três Top 10s, em 2012, um deles em evento válido também para o Tour Europeu.
Depois de fazer cinco birdies em oito buracos, na estreia, num dia com tanto vento que o jogo teve que ser suspenso, Adilson voltou a campo, nesta sexta, para mais 28 buracos, onde fez oito birdies, um eagle e um único bogey, com uma precisão impressionante.
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Precisão – O brasileiro acertou 30 de 30 raias (são apenas três pares 3) e 29 dos 36 greens, até agora. Foram 22 putts em média por rodada (21 e 23), sendo 18 greens de um putt e uma embocada de fora, a do eagle.
“Eu tive sorte pelo jogo ter parado ontem”, reconhece Adilson. “Foi um dia extremamente difícil lá fora, mas embocamos alguns bons putts pela manhã e hoje, ao voltar, eu e meu caddie continuamo lendo os greens muito bem”, diz o brasileiro. “Essas devem ter sido minhas melhores voltas em cima dos greens, bem diferente da minha média de 32 putts, na Ásia, no ano passado”.
Adversários – O sul-africano Jaco Van Zyl jogou 66 e 67 para ficar sozinho em segundo, com 11 abaixo, três tacadas atrás de Adilson, seguido pelo inglês John Parry, com 10 abaixo (68-66).
O Sul-africano Darren Fichardt, campeão do São Paulo Brazil Open de 2001, terceiro e último torneio do Tour Europeu jogado no Brasil, está em quarto, com oito abaixo (69-67), seguido pelo português Ricardo Santos, com sete abaixo (71-66), a mais nova sensação do golfe europeu e entre os golfistas de lingua portuguesa.
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