08/09/2014
por: Ricardo Fonseca; colaborou: Darci Klein
Nem um drama familiar, uma viagem de emergência ao Brasil e dez dias sem pegar num taco tiraram a força do profissional gaúcho Adilson da Silva, o brasileiro mais bem colocado do ranking mundial de golfe e único profissional do país que estaria hoje classificado para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, que enfrentou ainda uma maratona aérea para jogar no European Masters, do Tour Europeu, e passar seu oitavo corte em nove torneios do segundo maior circuito profissional do mundo que jogou nesta temporada. Rodrigo Lacerda Soares Filho, o Lilica, também jogou (veja abaixo).
Júlio, o pai de Adilson, que mora em Santa Cruz (RS) a cidade natal do profissional, estava na UTI há algum tempo e ao ver sua situação agravada, pediu que lhe fosse permitido ver o neto, de sete meses, antes de morrer. Adilson viajou com o filho para o Brasil a tempo de ficar com o pai nos instantes derradeiros e lhe apresentar o neto, ficando dez dias sem nem saber o que era golfe. A seguir, voltou para a África do Sul para deixar o menino e de lá embarcou para a Europa para um dos torneios mais importantes do ano.
No dinheiro – Adilson estreou com 73 tacadas, ameaçado de não passar o corte, mas reagiu no dia seguinte ao marcar 65, cinco abaixo, e ficar no meio do placar entre os jogadores que se classificaram para as duas voltas finais. Infelizmente, Adilson não conseguiu manter o ritmo e jogou 70 no sábado e 76 no domingo, para terminar em 80º lugar. Mesmo assim , pode comorar o fato de ter passado o corte em sete do oito torneios do Tour Europeu que jogou nesta temporada, para ficar em 201º do ranking do circuito.
Quem também jogou no Omega European Masters, no Crans-sur-Sierre GC, em Crans Montana, na Suíça, foi o amador carioca Rodrigo Lacerda Soares Filho, o Lilica, um prêmio por ter vencido o Swiss International Championship, em Geneva, na Suíça, o maior torneio amador do país onde mora há uma década e trabalha como executivo de um grande banco. Lilica jogou 78 e 73 e não passou o corte, mas só o fato de jogar um torneio do Tour Europeu já foi uma vitória.
O campeão em Crans-sur-Sierre foi o americano David Lipsky, que somou 262 (67-64-66-65) tacadas, 18 abaixo, antes de superar o inglês Graeme Storm (64-66-64-68) no desempate e ganhar EUR 394 mil.
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