13/07/2011
por: Ricardo Fonseca
A poucos dias de ser proferida a sentença do médico canadense Anthony Galea, que se declarou culpado de trabalhar ilegalmente nos EUA atendendo atletas de alto desempenho, incluindo Tiger Woods, e admitiu ainda para a Justiça que fez contrabando e vendeu de drogas ilegais no país, todas elas usadas para melhorar o desempenho desses atletas, vulgo doping, o advogado da ex-assistente do “Rei do Doping”, que era quem fazia o trabalho sujo ao passar a fronteira com as drogas ilegais escondidas numa pasta, afirmou ao New York Daily News que o golfistas foi uma exceção e que nunca recebeu algo que pudesse ser considerado doping.
“Eu afirmo categoricamente que Woods não recebeu qualquer droga ilegal ou que pudesse aumentar seu desempenho esportivo”, disse Rod Personius, o advogado da assistente Mary Anne Catalano. Só não explicou como pode ter tanta certeza, se ele nunca esteve presente nas inúmeras vezes em que Gálea foi à casa de Woods para os tratamentos em seu joelho e tudo o que sabe do caso foi lhe dito pela assistente, réu confessa de contrabando e outros crimes, como mentir para as autoridades dos EUA. A assistente era apenas o “boi de piranha” de Galea, já que era ela quem levava as drogas ilegais pela fronteira do Canadá para dentro dos EUA.
História mal contada – Woods e Galea reconheceram que o médico canadense foi várias vezes à casa do jogador para lhe aplicar uma terapia que consistia em retirar sangue do próprio golfista, centrifugá-lo, retirar o plasma que ficava com as plaquetas concentradas nele e re-injetar esse plasma no joelho operado de Tiger para acelerar a recuperação. Uma técnica que não é tão nova e que muita gente além de Galea faz, embora não exista unanimidade entre os médicos sobre seus efeitos.
O que ninguém explica – e levou a grande maioria dos golfistas profissionais do PGA Tour a ter certeza de que Tiger se dopou, em pesquisa feita por uma revista americana – é por que um jogador bilionário como Tiger, com os melhores médicos dos EUA e do mundo a seu dispor, contratou um médico canadense para trabalhar escondido e ilegalmente dentro de sua casa (ao invés de ir a um centro médico de ponta), com uma centrífuga alugada em nome de terceiros de uma clínica particular, para fazer um tratamento banal, que poderia ser feito às claras?
Respondida esta pergunta, talvez a velinha de Taubaté volte a acreditar na história.
Em tempo: A entrevista com o advogado da assistente foi publicada na segunda-feira, dia em que Tiger Woods daria um misterioso pronunciamento ao Golf Channel, que depois se disse que sequer foi marcada. Quem disse que nunca houve intenção de Woods fazer tal pronunciamento, também, na segunda-feira, foi o agente de Woods, Mark Steinberg, que foi quem apresentou o “Rei do Doping” a Tiger na época em que Woods tentava se recuperar da cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior no joelho esquerdo, que voltou a dar problemas.
Desde que a assistente de Galea foi presa na fronteira contrabandeando as drogas ilegais, o que levou à apreensão dos computadores e documentos do médico, enquanto ele permanecia preso preventivamente, Tiger Woods venceu apenas mais um torneio nos EUA, logo após os incidentes, e nunca mais. Tiger já está há mais de três anos sem vencer um major e há quase dois sem conquistar um título do PGA Tour.
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