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Alexandre Rocha volta ao Web.com Tour e mira vaga nos Jogos do Rio 2016

06/12/2015

Com 16º lugar no torneio final da temporada, paulista se manteve entre os Top 5 do PGA Tour LA que garantiram acesso

Rocha (acima): voltando à segunda divisão do PGA Tour na hora certa para ainda ter chances de lutar por uma vaga olímpica

por: Ricardo Fonseca | fotos Ricardo Arduengo/PGA Tour

Apesar de um susto na última rodada do torneio de encerramento da temporada do PGA Tour Latinoamérica, quando fez um triplo bogey o 10 para ficar quatro cima no dia, Alexandre Rocha estará de volta ao Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, em 2016. Com isso, o terceiro melhor brasileiro do ranking mundial de golfe entra definitivamente na disputa por uma vaga para os Jogos Olímpicos do Rio, concorrendo com Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492, até agora o único que vai garantindo no Golfe 2016, e com Lucas Lee.

Veja, ao lado, a classificação final do PGA Tour LA 2015. Os cinco primeiros ganharam cartão para o Web.com Tour e os dez primeiros o direito de entrar direto na seletiva final.

Rocha ganhou o cartão para o Web.com Tour, circuito onde jogou em 2013 e 2014, ao terminar em 16º lugar no PGA Latinoamérica Tour Championship, encerrado neste domingo, em Porto Rico. O resultado bastou para que Rocha terminasse o ano em quarto lugar no ranking de prêmios do circuito, que deu cartões para o Web.com Tour aos cinco primeiros. Os outros foram, pela ordem, o mexicano Rodolfo Cazaubon, o número 1 do ranking, que ganhou o único cartão pleno para o Web.com; o americano Kent Bulle (2º do ranking), o porto-riquenho Rafael Campos (3º) e o argentino Tommy Cocha (5º), que como Rocha ganharam cartões condicionais.

Cartões – No começo da semana, Rocha era o terceiro do ranking, seguido por Cocha e Cazaubon, muito de perto. O risco para o brasileiro era terminar atrás dos dois e ver alguém do grupo de traz chegar entre os três primeiros, passar à sua frente e empurrá-lo para fora dos Top 5. Campos, jogando em casa, conseguiu tirar uma posição de Rocha, mas Cocha terminou mais atrás e o melhor dos outros perseguidores, os americanos Justin Hueber e Danny Balin terminaram empatados em nono, sem conseguir o dinheiro suficiente para ameaçar os Top 5.

Clique para ver a entrevista com Rocha falando de sua volta ao Web.com Tour

Rocha está entre os Top 5 desde que venceu o Aberto do Brasil, no Itanhangá GC, no final de setembro e se manteve no grupo nos oito torneios seguintes, incluindo este que encerrou a temporada. Mas dos 13 torneios que jogou na temporada do PGA Tour LA, Rocha passou o corte em 11, e, além da vitória, teve um vice-campeonato, cinco Top 10s e terminou 8 vezes entre os 25 primeiros.

Golfe 2016 – Jogar no Web.com Tour em 2016 reacende em Rocha as esperanças de garantir uma vaga para defender o Brasil nos Jogos do Rio 2016. Ele está hoje perto da 600ª colocação do ranking mundial de golfe e precisa chegar entre os 350 primeiros para ter chances de classificação. Para conseguir os pontos necessários para isso, Rocha precisa jogar muito bem em dois ou três torneios do Web.com Tour até julho de 2016, quando serão definidos os 60 jogadores classificados para os Jogos do Rio.

Rocha pode conseguir os pontos necessários com uma vitória no Web.com Tour, com dois Top 3 (um vice e um terceiro lugar, por exemplo), ou com três Top 5, o que ele conseguiu, por exemplo, na temporada de 2013 do Web.com Tour, quando foi quatro colocado na Colômbia e no Stadion Classic e quinto no South Georgia Classic num período de dois meses, de março a maio, o mesmo que precisa repetir agora.

Três para duas vagas – Dificilmente algum brasileiro jogará no Golfe 2016 com a vaga destinada ao país sede, pois Adilson da Silva, da equipe YKP/Azeite 1492, vem se mantendo entre os 60 do ranking olímpico desde que a corrida para o Rio começou há 17 meses e no caso de alguém se classificar por mérito próprio a vaga do país sede não vale mais.

Lucas Lee, que acaba de entrar para o PGA Tour, tem chances de lutar por mais pontos para o ranking do que Rocha no circuito de acesso, mas as suas dificuldades para pontuar no maior circuito profissional do mundo são desproporcionalmente muito maiores. Ou seja, a não ser que Lucas consiga resultados muito bons já em seu primeiro semestre no PGA Tour, o que tem sido raríssimo entre estreantes, Rocha pode ter mais chances do que ele de chegar lá, via Web.com Tour. Infelizmente o limite de vagas é de dois por país e, dos três, apenas um ou dois chegarão lá.

Decisão – Para sorte de Rocha e dos demais Top 5, os cinco primeiros do torneio final do ano não estavam na luta pelas vagas. O americano Daniel Mazziotta, campeão com 11 abaixo, mesmo com os US$ 36 mil do prêmio pulou para apenas sexto do ranking. A Seguir terminaram o americano Ken Looper e o guatemalteco Jose Toledo, empatados em segundo, com sete abaixo, e o americano Brady Watt, e os argentinos Augusto Nunez e Puma Rodrigues, em quarto, com cinco abaixo.

Rocha empatou em 16º, com 284 (69-70-70-75), o par do campo. O paranaense Daniel Stpaff, da equipe YKP/Azeite 1492 de golfe, o outro único brasileiro que terminou o ano na elite do PGA Tour LA e manteve seu cartão para 2016, terminou em 43º, com 293 (73-76-73-71), nove acima.