Amador do Brasil: estrangeiros fazem história com títulos do uruguaio Juan Alvarez e da Argentina

03/07/2016

Visitantes não venciam maior torneio do Brasil havia 50 anos. Luiza é bicampeã no feminino

 

Acima, montagem com Juan Alvarez, do Uruguai, campeão brasileiro de 2016, e Luiza Altmann, que conquistou o bicampeonato. Fotos: Gustavo Garrett

Pela primeira vez desde que o sul-africano Conrie du Toit venceu em 1966, no São Paulo Golf Club, o título da maior competição do golfe amador brasileiro volta a ficar nas mãos de um estrangeiro. Desta vez, o feito foi conseguido pelo uruguaio Juan Alvarez, que superou nossos melhores golfistas e venceu de ponta a ponta o 86º Campeonato Amador de Golfe do Brasil, encerrado neste domingo, no Clube Curitibano, no Paraná, num pódio em que teve ainda o argentino Matias Lezcano como vice-campeão e o chileno Juan León e o argentino Andres Schonbaum empatados em terceiro lugar.

Dupla argentina campea com presi FPCGO domínio dos estrangeiros, que ficaram com sete das dez primeiras colocações, estendeu-se ainda à Taça Mario Gonzalez, de duplas, que ficou para a Argentina, que jogou com um time reserva, formado por Schonbaum e Julian Fedele (na foto ao lado, com Daniel Neves, presidente da Federação Paranaense e Catarinense de Golfe), respectivamente o quarto e nono melhores argentinos do ranking mundial amador. Ao Brasil restou o título feminino, com Luiza Altmann, nossa melhor amadora, também vencendo de ponta a ponta, para comemorar o bicampeonato do torneio com cinco tacadas de vantagem sobre a argentina Sol Emilia Santecchia. A carioca Clara Teixeira, levou o bronze.

Brasileiros – O Brasil teve que se contentar como melhor resultado no masculino com o quinto lugar do gaúcho Herik Machado, o número 1 do Brasil. Ele e o carioca Daniel Kenji Ishii, o número 2, os dois brasileiros mais bem colocados no ranking mundial amador, terminaram em segundo lugar na Taça Mario Gonzalez. O segundo melhor brasileiro no individual foi o paulista Pedro Nagayama, sexto colocado. Nagayama, revelado no São Fernando GC, de Cotia (SP), teve a honra de fazer a melhor volta de todo o torneio ao jogar 65, sete abaixo, no segundo dia, sem bogey. Pedro terminou empatado em sexto com o coreano Jinbo Ha, radicado em São Paulo.

Depois do título de Du Toit, em 1966, outros dois estrangeiros já haviam sido campeões brasileiros, mas tinham dupla nacionalidade ou viviam há muito tempo no Brasil, como foi o caso do espanhol, radicado em Brasília, Gonzalo Berlin, campeão em 2005, no Porto Alegre Country Club, e do escocês, radicado em São Paulo, Colin Woods, em 1988, no São Paulo Golf Club. Os seis últimos títulos do Amador do Brasil ficaram para Rafa Becker, tricampeão de 2010 a 2012, e André Tourinho, tricampeão de 2013 a 2015, mas ambos se profissionalizaram e o Brasil não foi capaz de criar sucessores, passando pelo constrangimento de ter um campeão brasileiro do Uruguai em pleno ano olímpico.

Juan Alvarez com trofeuVitória – Juan Alvarez venceu com 276 (66-69-70-71) tacadas, 12 abaixo, sendo o único a quebrar o par nos quatro dias do torneio. O Clube Curitibano, em Quatro Barras, na Grande Curitiba, foi jogado com 6.686 jardas pelos homens e com 5.769 jardas pelas mulheres, com par 72 para ambos. O Slope do campo para todos é de 136, com rating variando de 71,4 para os homens a 71,8 para as mulheres.

Lezcano jogou seis abaixo na volta final, igualando a segunda melhor volta do torneio, para somar 278 (70-72-70-66), dez abaixo. Schonbaum veio a seguir, com 279 (69-71-70-69), nove abaixo, empatado com Leon (68-72-71-68). Herik teve chance de lutar pelo vice-campeonato, mas terminou em quinto, com 281 (67-71-69-74) depois de jogar sua pior volta no domingo. Em sexto, com 282, seis abaixo, empataram Jinbo (69-70-74-69) e Nagayama (72-65-73-72).

O paranaense Ivo Leão, que dividiu a liderança no primeiro dia, terminou em oitavo, com 283 (66-70-72-75), cinco abaixo, empatado com o equatoriano Sergio Roman (74-68-70-71). Fedele, o argentino que integrou a dupla campeã, ficou em décimo, com 195, três abaixo, junto com o paranaense Ulisses Júnior. Kenji o 14º, no par do campo.

Feminino – No feminino, Luiza (foto abaixo) confirmou seu favoritismo e venceu com 290 (73-71-70-76) tacadas, duas acima, e cinco à frente de Sol Emilia (75-75-75-70), que somou 295, sete acima. Clara ficou em terceiro, com 300 (80-70-73-77), 12 acima, seguida por Lauren Grinberg com 301 (74-73-82-72), 13 acima, e pela argentina Maria Melania Bajo Geijo, com 303 (74-71-77-81), 15 acima.

A Argentina venceu a Taça Mario Gonzalez com 12 abaixo do par, seguida pelo Brasil, com sete abaixo, e por Equador e Uruguai, com quatro abaixo. Os demais times viram apenas para ganhar experiência: Colômbia (+13), Chile (+14) e Paraguai (+35). O torneio valeu para o ranking mundial e brasileiro de golfe, além de contar pontos para os rankings estaduais.

Luiza alatmann putt

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