Amador do Brasil: Tourinho conquista bicampeonato no playoff

21/07/2014


Brasileiro superou argentino no segundo buraco extra. Clara é campeã com grande vantagem


Andre Tourinho comemora bicampeonato brasileiro de golfe em seu último ano como amador, ao lado de Richard Conolly, que foi seu caddie durante toda a semana
 Andre Tourinho comemora bicampeonato brasileiro de golfe em seu último ano como amador, ao lado de Richard Conolly, que foi seu caddie durante toda a semana

por: Ricardo Fonseca | fotos: Thais Pastor

Os cariocas André Tourinho e Clara Teixeira venceram de ponta a ponta o 84º Campeonato Amador do Brasil, encerrado neste domingo, no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP). Mas enquanto Clara terminava 15 tacadas à frente das adversárias, Tourinho perdia a liderança no final e teve que fazer birdie no 17 para levar o jogo ao desempate, onde venceu no segundo buraco extra, com um bogey de três putts de adversário.

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Tourinho, que defendia o título ganho em 2013, no Alphaville Graciosa (PR), começou o dia duas tacadas à frente do argentino Horácio Carbonetti, e quatro à frente de Luiz Jacintho. Após um birdie no 6, Tourinho parecia caminhar tranquilo para o bicampeonato, pois já estava quatro à frente do argentino, que vinha com uma acima, e seis à frente de Jacintho, que abrira o dia com um duplo bogey,

Emoções – Um drive errado no 7, um par 5 em curva à direita e quarto buraco mais fácil do campo, complicou a vida do carioca e deu nova emoção ao jogo. Pelo segundo dia consecutivo o tiro de Tourinho saiu reto, para trás da linha de árvores, de onde mandou a bola fora de campo ao tentar um tiro arriscado. A jogada lhe custou um duplo bogey, seguido de um bogey no 9, o buraco mais difícil do campo, para ficar duas acima no dia e permitir que os adversários se aproximassem.

Nas fotos ao lado, de cima para baixo: Clara Teixeira, campeã brasileira de 2014; o time argentino que venceu a Taça Mario Gonzalez com folga; o pódio masculino, com Alvarez, Tourinho e Bruchmann; o pódio feminino, com Barata, Clara e Vitoria; Enrique Grau, do Peru, comemorando o hole-in-one no 6; e Jacintho, Thiele e Herik, candidatos às duas vagas restantes para o Mundial do Japão.

Mas as maiores emoções estavam reservadas para a segunda metade do campo, quando um novo duplo bogey de Tourinho no 11, onde foi de ferro para a água, o deixou com três acima no total, seguido por quatro adversários com quatro acima: Carbonetti e Jacintho, que jogavam a seu lado, o também argentino Augusto Bruchmann, que vinha uma abaixo no dia depois de começar a volta com quatro birdies em seis buracos (seguidos de três bogeys), e o uruguaio Juan Alvarez, que vinha três abaixo no buraco 11.

Controle – Tourinho estancou a hemorragia de tacadas com quatro pares seguidos, e viu dois dos quatro adversários devolver tacadas para o campo. Jacintho fez três bogeys seguidos, de 14 ao 16, para jogar 75, sua pior volta da semana, somar seta acima e terminar em quarto. Carbonetti fez dois bogeys seguidos de um triplo bogey 8 no 17, onde jogou a segunda fora de campo. Jogou 78 e terminou em quinto, com oito acima.

As exceções foram Alvarez, que chegou ao 18 empatado em primeiro e arriscou tudo. Aproveitando o tee mais à frente, bateu driver nesse par 4 curto e viu sua bola parar à esquerda do green elevado, atrás de muitas árvores. De lá, achou um espaço entre dois pinheiros para, num tiro cego, deixar a bola a um metro da bandeira de onde errou o birdie que o teria colocado no playoff. Jogou 68 (-3), a melhor volta do dia, para somar quatro abaixo e terminar sozinho em terceiro.

Empate – Restava Bruchmann, o argentino canhoto, que tirou a ponta de Tourinho a fazer birdie no 17, chegar a três acima e quase levar o título no 18, onde errou um putt para birdie de quatro metros e ser líder na sede, com três acima. Tourinho ao contrário, fez bogey no 16 para cair para quatro acima e deixar a ponta pela primeira vez na semana.

Pressionado, o carioca reagiu com um drive perfeito no 17, par 5 de onde colocou a bola pouco antes do green e, de lá, deixou a um metro da bandeira para fazer o birdie salvador, que o colocou no playoff após fechar o dia com um par. De volta ao 18, os dois fizeram par, com o argentino jogando de bem mais perto sobre o green. Novamente no 18, foi a vez do argentino ficar mais longe e passar muito o buraco. Tourinho encostou para fazer par e comemorou o título quando o argentino errou o putt de volta.

Profissionalismo – Com esse título, Tourinho, que acaba mora nos EUA e é pai de um menino que ainda não tem dois meses de vida, despediu-se do Amador do Brasil. “Vou jogar como amador ainda no Mundial, na Los Andes e no recém-criado Campeonato Amador Latinoamericano, em janeiro de 2015, e depois virar profissional”, revela Tourinho, que na verdade espera esticar a carreira amadora até abril. “O Latinoamericano dá vaga no Masters para o campeão”, lembra Tourinho, que é o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial amador, com grande vantagem sobre os demais. Tourinho também fez um agradecimento especial a Richard Conolly, que o recebeu em sua casa e foi seu caddie no torneio.

Jacintho, que terminou em quarto, como segundo melhor brasileiro, seguido por Thiele, em sexto na geral e terceiro melhor brasileiro, são candidatos às outras duas vagas masculinas para o Mundial do Japão, em setembro, ao lado de Tourinho. Thiele, como número 1 do Brasil, já tem vaga assegurada, mas o mais forte e justo candidato a completar a equipe é o juvenil gaúcho Herik Machado, que terminou em sétimo, como quatro melhor brasileiro, resultado que o mantém como número 2 do Brasil e deve elevá-lo a segundo melhor brasileiro do ranking mundial, à frente do campeão brasileiro juvenil Pedro Junqueira, que não fez um bom Amador e terminou em 32 lugar.

Duplas – Com o bom torneio de Bruchmann, um jogador que pouco atua fora de seu país e não está nem entre os 3 mil primeiros do mundo, a Argentina, que teve ainda Carbonetti conquistou a Taça Mário Gonzalez, competição de duplas paralela ao torneio principal, com 16 tacadas de vantagem sobre o Chile, mais um país que veio com seu terceiro time, jogando com os juvenis Carlos Bustos e Tomás Gana.

O Brasil de Tourinho e Junqueira terminou em terceiro, 22 tacadas atrás dos argentinos. O Brasil perderia o título por uma mesmo se Thiele, como número 1 do Brasil, tivesse jogado no lugar de Junqueira, mas ganharia por uma se fosse Jacintho o escolhido. O Peru de Enrique Grau, que fez hole-in-one no buraco 6, o segundo de sua vida, batendo ferro 9 de 155 jardas, e Wolfgang Baertl, terminou em quarto, seguido por Equador e Bolívia. O Uruguai não pontuou por Nicolas Tribucio abandonou o torneio.

Mulheres – No feminino, Clara Teixeira não teve adversárias apesar de durante a competição ter cedido empate para a juvenil Lauren Grinberg, de 14 anos, na metade da segunda volta, e para sua irmã mais nova, Vitória Teixeira, que foi a vice-campeã, 15 tacadas atrás. Clara venceu com 303 (72-82-71-78) tacadas, contra 318 (79-77-82-80) de Vitória. A paulista Lúcia Guilger, a Barata, número 1 do Brasil, começou mal, mas se recuperou no final de semana para ainda terminar em terceiro, com 321 (81-84-78-78).

Lauren, que somou 322 (76-87-82-77) fez o melhor resultado da volta final e dividiu as honras de melhor juvenil do torneio com a paranaense Carol Yamada (80-88-76-78). Ambas empatarem em quarto com a paulista Andrea Arruda (78-84-78-82) que saiu no pelotão. Luciana Fuchs terminou em sétimo, outra tacada atrás (78-83-80-82). No feminino, a equipe para o Mundial Amador já estava definida: Clara vai jogar ao lado das paulistas Luciane Lee e Luiza Altmann que não vieram ao Brasil.

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