Augusta e as mulheres: Finchem tenta explicar o inexplicável

10/05/2012


O PGA Tour não aceita campos que discriminem mulheres e minorias, só o Masters


Finchem: o Masters é importande demais para seguir as regras contra discriminação no golfe do PGA Tour
Finchem: o Masters é importande demais para seguir as regras contra discriminação no golfe do PGA Tour

A indicação de uma mulher – Virginia Rometty – como CEO da IBM, empresa patrocinadora do Masters que sempre tem seu mais alto executivo incluindo como membro do Augusta National, reacendeu a crise. Billy Payne, presidente do Augusta, ficou sem fala, perdeu o rebolado e até bateu-boca com uma jornalista, sempre se negando a discutir a questão. E o bilionário Warren Buffett, quebrou a lei do silêncio entre os sócios do Augusta, na última semana, ao dizer ao vivo na Bloomberg Television, que se ele estivesse à frente do clube, ele estaria cheio de mulheres.

Agora, sobrou para Tim Finchem, comissário do PGA Tour desde 1994 recontratado até 2016, que teve que explicar o inexplicável na sua entrevista à imprensa que antecede o The Players Championship, o maior evento do circuito. Ele deu voltas, deixou reticências no ar e disse, em suma, que apesar de o PGA Tour ter uma política rígida, que não permite sediar seus torneios em clubes que discriminam as mulheres ou minorias, o Masters é o Masters.

Importância – “A posição do PGA Tour não mudou”, garante Finchem. “Nós temos uma política que diz que quando saímos e vamos co-sancionar um evento, vamos jogar num clube que tenha mulheres como membros, que seja aberto a minorias etc., e seguimos essa política cuidadosamente”, explicou. “No caso do Masters, nos concluímos inúmeras vezes… nós não vamos abrir mão do Masters como um torneio do nosso circuito. Ele é muito importante. No final do dia quem determina quem é sócio são os sócios. E eles não estão fazendo nada ilegal”.

Na verdade, não há como explicar isso de outra forma. O PGA Tour não segue sua política no caso do Augusta National e pronto. Vale para todos, menos para o Masters. Desde 1990, quando o PGA Tour adotou essa política contra a discriminação, antes de Finchem ser o comissário, a lei já valeu para o Cypress Point, um dos campos que fazia o rodízio do AT&T National Pro-Am e para o Butler National, perto de Chicago, que hospedava o Western Open. Os dois foram posto para fora do circuito. O Poppy Hills, depois substituído pelo Monterrey Peninsula entrou no AT&T, e o Western Open, agora o BMW Championship, passou para o Cog Hill.

Negros – O Masters também não aceitava negros – um de seus fundadores, Clifford Roberts, era assumidamente racista – mas teve que aceitar seu primeiro negro correndo, em 1991, (Ronald Townsend) sob ameaça de ser fechado. Hoje há outros afro-americanos, como preferem eles.

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