Ausência de Tiger Woods esta semana incomoda HSBC

30/10/2013


Mesmo estando na China, nº 1 do mundo decidiu não jogar torneio da série mundial


Giles Morgan: lamentando ausência de Woods no ano em que o HSBC Champions chega a seu auge
Giles Morgan: lamentando ausência de Woods no ano em que o HSBC Champions chega a seu auge

O HSBC Champions inicia uma nova era como torneio dos World Golf Championships, a partir desta quinta-feira, em Xangai, na China, quando pela primeira vez na história irá valer tanto quando os demais três torneios da série mundial de golfe, como torneio oficial do PGA Tour, que recém começou a temporada 2013/2014, assim como de todos os grandes circuitos profissionais do mundo, incluindo o Europeu, que está em seus momentos finais. Mas Tiger Woods, apesar de estar na China e de permanecer na Ásia por mais dez dias, decidiu esnobar o evento, o que incomodou bastante o HSBC, um dos maiores patrocinadores do golfe mundial.

“O que não posso fazer é pagar para ele jogar aqui”, disse Giles Morgan, responsável mundial pela área de patrocínios e eventos do HSBC, durante entrevista à imprensa, nesta terça-feira. “Esse é um torneio dos World Golf Championship e o maior torneio de golfe da Ásia e vai continuar assim por muitos anos”, argumenta. “Nós podíamos fazer a coisa errada para o golfe, diminuir a bolsa (são US$ 8,5 milhões em prêmios) e pagar um ou dois profissionais para jogar aqui”, continua Morgan. “Do ponto de vista publicitário seria ótimo, pois teríamos os maiores jogadores do mundo, mas não vamos seguir por esse caminho”, adverte.

Investimento – Morgan lembra que agora que vale como um torneio oficial da temporada do PGA Tour, o HSBC Champions é com certeza um dos dez maiores e mais importantes torneios de golfe do mundo, ao lado dos quatro majors e dois outros três torneios da série mundial (Accenture, Cadillac e Bridgestone). “Isso exigiu um investimento muito grande, que tivemos prazer em fazer e que mostra que nos desejamos ser um autêntico patrocinador do golfe mundial e uma das empresas que investem pesado no crescimento do esporte”.

Morgan diz que do ponto de vista no crescimento do golfe, esse esforço precisa ser olhado com atenção. “Eu não estou aqui para reclamar de Tiger, porque eu sinto que ele tem sido absolutamente fundamental nesse processo (de crescimento)”, diz Morgan. “Mas chegamos a um ponto onde a questão não é sobre indivíduos; é sobre o crescimento do jogo de golfe a nível mundial”, adverte. “Eu realmente espero que Tiger volte a jogar aqui nos anos seguintes”, disse Morgan. “A China é um país muito grande, por isso ele jogar um desafio sem importância (contra Rory McIlroy) ontem realmente não nos afetou, mas, sim, estamos desapontados.”

Parceiros? – Morgan lembra que o HSBC Champions vai receber 40 dos 50 melhores profissionais do mundo incluindo Rory McIlroy, Phil Mickelson, Justin Rose, campeão do US Open, e Jason Dufner, campeão do PGA Championship. Adam Scott, campeão do Masters e número 2 do mundo, também não joga, mas sua ausência foi entendida pelos patrocinadores pois se deve ao mês de comemorações pela conquista da jaqueta verde e aos torneios que ele tem em seu país, que está no auge de sua temporada de golfe. Mas não engole a atitude do número 1 do mundo, ainda mais porque o HSBC, além de tudo, é parceiro do Tiger Woods Learning Center.

Entende-se que Tiger use esta parte do ano para ganhar dinheiro em exibições. Ele teria ganho US$ 2 milhões para enfrentar McIlroy no jogo exibição desta segunda, na China, e fala-se em US$ 3 milhões para jogar na próxima semana, na Turquia, no último torneio do Tour Europeu antes da final da temporada, em Dubai. Afinal, desde que perdeu os patrocínios da Accenture, AT&T, Gatorade, Gillette e Tag Heuer, por causa dos escândalos sexuais revelados ao mundo em 2009 – e agora também foi abandonado pela EA Sports, seu parceiro de 15 anos -, o número 1 do mundo vem tendo dificuldade para encontrar novas empresas parceiras.

Dificuldades – Woods assinou um acordo com a Rolex, em outubro de 2011, no auge de sua volta ao golfe, e cinco semanas depois com a Fuse Science, empresa da Flórida pouco conhecida, que colocou a marca em sua bolsa. Mas, nos últimos dois anos Tiger não assinou nenhum novo contrato que o colocasse ao menos perto da carteira de patrocinadores que já teve. Não se sabe se isto está acontecendo por falta de interesse das grandes empresas ou se seu preço permanece alto demais.

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