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Avião de Michael Gail, do Terravista, sofre acidente em Congonhas

12/11/2012

Ele seria submetido a cirurgia de madrugada. Elaine, sua mulher, teve ferimentos leves

Gail em torneio em São Paulo: golfista apaixonado e criador de um dos campos mais famosos do continente

Michael Rumpf Gail, de 66 anos, fundador do Terravista Golf Course, em Trancoso (BA) sofreu traumatismo craniano, lesão no tórax e coluna lombar quando o Cessna de sua propriedade, que pilotava, derrapou na pista do aeroporto de Congonhas, durante o pouso, vindo de Florianópolis, e caiu em um terreno ao lado da Avenida dos Bandeirantes, às 17h27 deste domingo. Naquele momento, várias áreas de instabilidade provocavam fortes chuvas e temporais localizados para a capital paulista, mas não chovia naquele local quando houve o acidente.

Elaine Damaceno Rodrigues Gail, de 37 anos, esposa do piloto, e o copiloto Rafael Ferreira, de 21 anos, estavam no avião. Elaine sofreu ferimentos leves e foi liberada no início da noite, mas Gail iria passar por uma cirurgia para aliviar pressão intracraniana. “No momento o paciente está sob os cuidados da equipe multidisciplinar, sendo preparado para uma intervenção neurocirúrgica para monitorar a pressão intracraniana”, informou às 21 horas de domingo o Hospital Santa Clara, para onde Gail e a mulher foram levados. O copiloto seguiu para o Hospital das Clínicas e não foram divulgadas informações sobre seu estado de saúde.

Acidente – O avião que Gail (ao lado, após acidente), piloto experiente, comandava, derrapou na pista do aeroporto e caiu em um terreno ao lado da Avenida dos Bandeirantes. Segundo a Infraero, o jato executivo Cessna 525B, de prefixo PR-MRG, caiu em uma área gramada que fica ao lado da Avenida dos Bandeirantes. Segundo o Corpo de Bombeiros não houve incêndio, mas o aeroporto ficou fechado das 17h35 às 18h41. Devido aos trabalhos de resgate, a Avenida dos Bandeirantes teve três faixas bloqueadas junto à Avenida Washington Luís, no sentido Imigrantes, informou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Segundo testemunhas, assim que o avião saiu da pista, ele desceu pela cabeceira, bateu em um degrau e atingiu o chão “como uma pedra”. Uma das turbinas ficou ligada, fazendo a aeronave girar no lugar. A fuselagem rachou. “Os bombeiros chegaram muito rápido, menos de dois minutos, e foram logo jogando espuma”, disse o analista financeiro Leandro de Felippe Branquinho, 29, à Folha de São Paulo. O projetista Giusepe Voto, 51, morador de uma rua próxima do aeroporto, disse também à Folha ter visto o momento em que os ocupantes saíram do jato. “Vi o piloto no chão, ensanguentado, e outras pessoas em volta dele, mas que estavam bem.”