BMW: Rahm supera DJ com birdie de 20 metros no playoff e faz as pazes consigo mesmo. Veja vídeo

31/08/2020

Niemann, primeiro chileno a chegar ao Tour Championship, lidera esquadra latina na Fedex Cup

 Jon Rahm comemora embocada histórica no desempate. Reprodução tevê

 por | Ricardo Fonseca

O espanhol Jon Rahm fez as pazes consigo mesmo e conseguiu dormir tranquilo na noite deste domingo. Não por ter vencido o BMW Championship, mas por não ter perdido o penúltimo torneio dos Playoffs da Fedex Cup, do PGA Tour. Afinal, a penalidade idiota que recebeu no sábado ao levantar a bola do green sem marcá-la, quase lhe custou o mais importante título da carreira, depois que Dustin Johnson, embocou um putt “impossível”, de 13 metros, em “S”, no buraco final, para forçar o playoff. O lema da Fedex Cup é “Cada tacada conta”. Rahm nunca imaginou que essa tacada seria uma penalidade que ele recebeu no Olympia Fields CC, em Illinois.

Assista, no final do texto, ao vídeo com os melhores momentos da rodada e as tacadas decisivas.

O troco veio no primeiro buraco do desempate, novamente no 18, de par 4. Depois de ter errado o drive e ido para o rough da direita, Rahm acertou o green, mas ficou a 20 metros da bandeira. DJ, do meio da raia, foi melhor, ficando a 10 metros do buraco. Rahm jogou primeiro e nem ele acreditou quando a bola encontrou o buraco, dando início antecipado à comemoração. Desta vez DJ não produziu novo milagre. Mas ao terminar sozinho em segundo lugar garantiu tanto a liderança do ranking da Fedex Cup, como a do ranking mundial, que teria devolvido a Rahm caso mais houvesse mais um vice-campeão.

Vitória – O putt de 20,24 metros, para ser exato, foi o maior que Rahm embocou em toda a temporada. Isso o fez subir do nono para o segundo lugar no ranking da Fedex Cup, o que significa que ele irá começar o Tour Championship, quinta-feira, no East Lake, em Atlanta, já com 8 abaixo do par. DJ, líder da Fedex, começará com 10 abaixo, um sistema adotado desde 2019 que parece estranho, mas que evitou haver campeões separados para o Tour Championship e para a Fedex Cup. Agora, quem vence o torneio final leva os US$ 15 milhões dos US$ 70 milhões que a Fedex Cup distribui aos melhores da temporada.

Ao lado, placar final do BMW (par 70 = 280)

Esses 70 milhões premiam os 150 melhores do ano, sendo que 120 deles, que não chegaram à decisão, já levaram seus prêmios, que variam de US$ 200 mil para o 31º colocado (o primeiro que ficou fora das finais, a US$ 70 mil para cada um dos classificados do 126º ao 150º lugar. Mas o grosso do dinheiro vai ser decidido em campo pelos 30 finalistas: US$ 15 milhões para o campeão; US$ 5 milhões para o vice, US$ 4 milhões para o terceiro colocado, US$ 3 milhões para o quarto e assim por diante. Quem chegou à final já garantiu ao menos US$ 400 mil dessa bolada, o prêmio para o 30º colocado.

A vidada de Jon Rahm, que somou 146 (75-71) tacadas nos dois primeiros dias e 130 (66-64) no final de semana, foi também histórica. Num torneio regular do PGA Tour, um jogador com 146 ou mais nos dois primeiros dias não vencia desde Greg Norman, em 1990, no Memorial. Incluindo majors, isso não acontecia desde o título de Paul Lawrie no The Open de 1999, aquele do colapso de Van de Velde. Rahm conquistou seu 11º título ao redor do mundo desde 2017, igualando-se a Justin Thomas nesse período. DJ tem 10.

Latino-americanos – Mas a torcida nessa parte de baixo do equador estava mesmo com Joaquín Niemann, que aos 21 anos e quase 10 meses de idade, seguiu fazendo história no golfe mundial. Com quatro birdies nos primeiros oito buracos, Niemann liderou o BMW até fazer um bogey no 14 que parece ter drenado suas energias. Ainda assim terminou em terceiro, empatado com o japonês Hideki Matsuyama, seu segundo melhor resultado como profissional, e conseguiu tornar-se o primeiro chileno a se classificar para o Tour Championship.

Para Niemann, chegar ao Tour Championship (era o 31º e saltou para o 18º) lugar, significou muito. O título do Greenbrier de 2019, válido para a temporada 2019/2020 do PGA Tour já o havia garantido no Torneio dos Campeões. Agora após esse terceiro lugar no BMW poderá jogar três majors: o US Open, dentro de duas semanas, em Winged Foot, o Masters, em dezembro, e o The Open de 2021. Ele também já tem vaga no WGC-Mexico Championship, da série mundial. Niemann perdeu a chance de ser o quarto mais jovem da história a vencer dois torneios do PGA Tour nos últimos 30 anos, grupo que tem Tiger Woods, Jordan Spieth e Sergio Garcia.

Mais latinos – Outro destaque sul-americano do BMW foi o colombiano Sebastián Muñoz, que também já tinha um título do PGA Tour, o do Sanderson Farms Championship. Ao empatar em oitavo domingo, confirmou seu nome no Tour Championship, em 15º lugar. O mexicano Abraham Ancer, 33º colocado no domingo também estará em East Lake. Um recorde de três latinos americanos chegando ao torneio final da temporada do PGA Tour.

Já o mexicano Carlos Ortiz, que começou em 51° do ranking da Fedex Cup e precisava de um Top 10 para seguir adiante, não conseguiu. Terminou em 26º e encerrou a temporada ao lado de nomes ilustres, a começar por Tiger Woods, que pela quarta vez na vida não quebrou o par do campo em nenhuma das quatro rodadas e a primeiro torneio de 72 buracos de sua vida em que não faz birdie em nenhum par 5.

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