Brasil Champions by Embrase: Lucas e Rocha têm outra prioridade e veem Rio 2016 como bônus

31/03/2016

Para os dois brasileiros que jogam a partir de hoje no SPGC, meta é jogar no PGA Tour em 2017

 

Alexandre Rocha no São Paulo GC: a uma vitória ou dois bons resultados da classificação para os Jogos do Rio 2016

Lucas Lee e Alexandre Rocha, os dois profissionais que estão mais perto de conseguir uma segunda vaga brasileira para a volta do golfe aos Jogos Olímpicos após 112 anos de ausência, encaram sua participação no Rio 2016 como um bônus para sua meta principal, que é jogar no PGA Tour, o maior, mais importante e bem pago circuito do golfe mundial, em 2007. Os dois estão entre os favoritos para vencer o Brasil Champions by Embrase Segurança e Serviços, torneio do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, que será jogado de hoje, quinta, a domingo, no São Paulo GC, e vai distribuir US$ 700 mil (mais de R$ 2,5 milhões) em prêmios.

Por paradoxal que pareça, hoje Alexandre Rocha, que joga no Web.com Tour está mais perto de voltar ao PGA Tour em 2017 (já jogou no circuito em 2011 e 2012), do que Lucas, que é membro do PGA Tour permanecer nele na próxima temporadas. Diabruras do sistema de classificação e manutenção do cartão que hoje vale no circuito americano, que além do PGA Tour e de seu circuito de acesso, o Web.com Tour, mantém três circuitos satélites, uma espécie de terceira divisão, com o PGA Tour Latinoamérica, PGA Tour Canadá e PGA Tour China, ambos classificatórios para o Web.com Tour.

Lucas Lee no tee do 3Lucas lee – Lucas (foto ao lado) entrou para o PGA Tour ao ser Top 25 do ranking de prêmios do Web.com Tour, que dá ainda outras 25 vagas numa repescagem de quatro torneios entre os dois circuitos, mas ficou com um cartão com baixa prioridade de inscrição, o que lhe permitiu jogar apenas sete dos 18 torneios da temporada regular até agora. Como só passou o corte em um deles, Lucas vem na 210ª colocação da Fedex Cup e precisa estar entre os 125 primeiros no final de agosto para manter seu cartão para 2017, ou entre os 200 primeiros, para ter direito à repescagem conjunta com o Web.com Tour.

A boa notícia é que Lucas já está conformado em mais dois torneios do PGA Tour, em abril – Texas Open, de 21 a 24, e Zurich Classic of New Orleans, de 28 a 1º de maio, onde finalmente poderá voltar a lutar por pontos para a Fedex Cup e, de quebra, para o ranking mundial de golfe, que serve de base para a convocação olímpico. Enquanto aguarda, ele tenta aumentar suas chances de disputar o Rio 2016 com dois torneios do Web.com Tour: este em São Paulo, onde jogaria de qualquer forma, e o próximo, na próxima semana, em Cartagena, na Colômbia. Lucas também jogou na Luisiana, na semana passada, mas não passou o corte.

Alexandre Rocha – Rocha, por sua vez, para chegar ao PGA Tour em 2015, precisa terminar a temporada do Web.com Tour entre os 25 primeiros, onde já está, na 23ª colocação. Ele ainda terá mais 17 torneios até o final de agosto e, se não conseguir permanecer entre os Top 25 até lá, tem boas chances e jogar a repescagem, os Finals, onde poderá ficar com um dos outros 25 cartões. Ao contrário de Lucas, Rocha não pretende exercer o direito de downgrade e jogar no circuito inferior, o PGA Tour LA, para buscar pontos par ao ranking mundial, a não ser no Aberto do Brasil, no segundo semestre, depois dos Jogos do Rio 2016.

Rocha joga com patrocinadores americanos, que mantém desde os tempos do PGA Tour, uma situação mais confortável do que Lucas, que tem apenas patrocínio da Titleist, de material esportivo, e só ganha um dinheiro extra quando consegue marcar pontos para a Fedex Cup, e não fora deles. Situação bem diferente de Adilson da Silva, único brasileiro classificado hoje para o Rio 2016, que além de patrocinadores locais – joga no Tour Asiático e Tour Sul-africano – tem dois fortes patrocinadores brasileiros, o Azeite 1492 e a YKP.

Metas – “Jogar no Rio 2016 é algo muito importante, não por serem os Jogos Olímpicos, mas por ser no meu país, mas isso não fez com que eu mudasse algo em meu planejamento de competição e treinamento, que eu levo com muita seriedade e profissionalismo”, diz Rocha. Ele sabe que os Jogos do Rio 2016 podem dar satisfação pessoal e projeção momentânea, mas que a competição dificilmente lhe traria algum benefício financeiro e certamente nenhum para a carreira. Por isso, classificar-se para o Rio 2016 é consequência de sua meta principal, que é voltar ao PGA Tour.

Tanto Lucas como Rocha sabem que apesar de seus rankings mundiais – 422º do e 561º, respectivamente – estarem longe, em números absolutos, do necessário para entrar no ranking olímpico hoje (320º), em números relativos eles estão bem perto do objetivo. Uma vitória no Brasil esta semana colocaria os dois no Rio 2016 com boas chances de não sair mais do ranking, mas nem isso é preciso.

Ranking – “Dois bons resultados bastam para que eu entre no ranking olímpico, pois na faixa em que estamos no ranking mundial, pode-se subir em grande saltos na tabela”, diz Rocha. Para Lucas, que joga num circuito, o PGA Tour, que normalmente distribuiu o dobro ou mais de pontos do que o Web.com Tour de Rocha, um bom resultado, como Top 10 , pode bastar. Mas os pontos do Web.com Tour que ele disputa nesta e na próxima semana, são bem-vindos e pode resolver ao menos esse objetivo, de jogar no Rio.

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