Brasil Champions: Estreante vence e está quase no PGA Tour

17/03/2014


Lucas Lee foi o melhor brasileiro e conquistou direito de jogar etapa do Panamá


Yim King Po, da YKP, e Sergio Carpi, do Azeite 1492, ladeando o campeão Jon Curran, junto com os demais patrocinadores da etapa paulista do Web.com Tour
Yim King Po, da YKP, e Sergio Carpi, do Azeite 1492, ladeando o campeão Jon Curran, junto com os demais patrocinadores da etapa paulista do Web.com Tour

Aos 27 anos, o americano Jon Curran passou a maior parte da carreira profissional jogando nos mini-tours americanos. Tudo o que ele havia jogado em circuitos grandes foram três torneios do PGA Tour e um do Tour Europeu, desde 2010, e três do Web.com Tour, um em 2013 e dois em 2014. Mas sua carreira mudou definitivamente após o estreante vencer de ponta a ponta o Brasil Champions, terceiro torneio da temporada 2014 do Web.com Tour, encerrado neste domingo, no São Paulo Golf Club. O torneio foi apresentado pelo HSBC e teve entre seus patrocinadores a YKP e o Azeite 1492.

Veja, abaixo, os resultados final

Depois de jogar 61 na estreia e 64 no segundo dia e bater os recordes extraoficiais para 18 (-10) e 36 buracos (-17) do São Paulo (por causa do campo encharcado pela chuvas as duas primeiras rodadas foram jogadas podendo melhorar a posição da bola na raia – levantar, limpar e recolocar), Jon Curran continuou sua trajetória rumo ao título ao jogar 65 no sábado, e somar 23 abaixo, também novo recorde, para chegar à volta final ganhando por quatro.

PGA Tour – Neste domingo, no primeiro dia de rodada normal na semana, sem interrupções ou atrasos provocados pelos raios e chuva, bastou a Curran jogar 69, duas abaixo, para somar 259 tacadas, 25 abaixo do par, vencer por quatro e ganhar o cheque de US$ 144 mil dos US$ 800 mil pagos no torneio, o que não só o colocou em segundo lugar do ranking do circuito, com US$ 151 mil ganhos, como praticamente o assegurou entre os 25 primeiros do circuito que ganharão o cartão para o PGA Tour. Em 2013, US$ 141 mil bastaram para ficar entre os 25 primeiros.

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Quase todos esperavam que Curran tremesse na volta final, por sua falta de experiência em decisões, mas ele só mostrou nervosismo no final. Depois de jogar os 15 primeiros buracos com uma abaixo (um bogey no 4 e birdies no 9 e no 13), Curran errou o green do 15, um par 3 longo, muito pela direita, mas acertou o green com a segunda, do meio das árvores, e salvou o par. Jogou o 16, um par 4 curto, de forma conservadora, ficando curto no primeiro putt, e errou a raia do 17, um par 5, pela esquerda, mas fez um layup e ainda teve um putt para birdie, que errou.

Vitória – No 18, precisar não precisava, mas colocou a segunda no meio do green, evitando a água – e a bandeira -, à direita, e embocou um putt longo para o birdie que consagrou o maior momento de sua carreira profissional. Curran é o primeiro a conseguir ganhar um torneio do Web.com Tour de ponta a ponta nos últimos seis anos. “Eu não estava nervoso, apenas ansioso” insiste Curran. “Sabia que precisava chegar bem aos nove buracos finais e foi o que fiz, mantendo as quatro tacadas de vantagem”, conta.

O experiente alemão Alex Cejka, que jogava ao lado do campeão, não conseguiu pressionar o líder. Jogou uma acima até o buraco 11 e quando reagiu foi tarde demais. Cejka, que já jogou no PGA Tour, no Tour Europeu e foi parceiro de Martin Kaymer nas últimas cinco edições da World Cup, fez birdies no 12 e no 13, e outro no 17, apenas para também jogar 69 e ser vice-campeão com 21 abaixo do par. O australiano Ash Hall, outro de que se esperava reação no domingo, jogou 70 para ficar em terceiro, com 20 abaixo.

Cartão assegurado –
Cejka, no entanto, não tem o que reclamar. Com os US$ 135 mil que ganhou por sua vitória na Colômbia, no primeiro torneio do ano, e os US$ 86,4 mil ganhos pelo vice-campeonato no Brasil, ele lidera o Web.com Tour com US$ 221,4 mil ganhos em dois torneios e já garantiu com sobras seu cartão para voltar a jogar no PGA Tour, em outubro, quando começa a temporada 2014/2015.

O colombiano Manuel Villegas jogou cinco abaixo na volta final para ser o quinto colocado e melhor sul-americano do torneio, com 18 abaixo, seguido pelo mexicano Oscar Fraustro, e pelo americano Casey Wittenberg, ambos com 17 abaixo. Dos 76 jogadores que passaram o corte, 74 terminaram abaixo do par do São Paulo GC de par 71 e 6.574 jardas. O rough alto (passou de sete centímetros) e os greens rápidos (entre 11,5 e 12 pés no stimpmeter) não bastaram para compensar o campo curto e os greens amaciados pela chuva, nem os dois dias jogados melhorando a posição da bola.

Brasileiros – Para a torcida brasileira que lotou o clube a aproveitou a excelente organização do evento, a volta final foi uma decepção. Ronaldo Francisco, da equipe YKP/Azeite 1492, que esteve em terceiro lugar, dormiu em quinto e se manteve entre os dez primeiros até o penúltimo buraco do terceiro dia, ainda levantou os fãs com boas salvadas de par no buraco 8, de par 5, (foi na água) e no 9, de par 3 (errou o green muito pela esquerda), mas apenas para jogar o par de ida. Na volta fez dois bogeys, um deles no 18, para jogar 73, somar oito acima e acabar em 41º lugar. Seus objetivos eram terminar entre os 14 que marcam pontos para o ranking mundial ou entre os 25 que ganham vaga no torneio seguinte. Fica para a próxima.

Com isso, o destaque brasileiro da final acabou sendo Lucas Lee, que fez quatro birdies para jogar 68 (-3) e subir da 25ª para a 21º colocação. Com isso, Lucas ganhou vaga no torneio seguinte, no Panamá, de quinta a domingo desta semana, onde jogará ao lado de Alexandre Rocha e Fernando Mechereffe, os dois únicos brasileiros que tem o cartão do circuito. Lucas tem um amigo que em 2012 foi assim, de Top 25 em Top 25, até ganhar dinheiro o bastante para assegurar o cartão para o Web.com Tour onde jogou na temporada de 2013 e terminou entre os 25 primeiros, para este ano chegar ao PGA Tour. “É difícil mas é possível”, sonha o brasileiro.

Mechereffe – Mechereffe, o outro brasileiro na final, passou seu terceiro corte seguido em três torneios, mas não escondeu a decepção com o 73 que jogou na volta final, fruto de dois duplos bogeys, que cometeu no final, quando não tinha mais nada a perder e arriscou tudo. Mechereffe, que vinha de um 12º lugar no Chile, terminou em 62º no São Paulo, com cinco abaixo, e está agora no 42º lugar do ranking com US$ 14,8 mil. Mas deixou São Paulo com a promessa de ter o primeiro patrocinador de sua carreira, o que pode fazer toda a diferença para o terceiro brasileiro mais bem colocado no ranking mundial de golfe.

Para manter a tradição da semana, um temporal desabou na hora em que começa a entrega de prêmios no green do 18. O jeito foi fazer a cerimônia dentro da sede. André Brandão, presidente do HSBC, e os demais patrocinadores e organizadores, entre eles Yim King Po, da YKP, e Sergio Carpi, do Azeite 1492, fizeram a entrega do troféu e do cheque simbólico do campeão.

Patrocinadores – O Brasil Champions é apresentado pelo HSBC e
também tem como patrocinadores YKP, Azeite 1492, Sportv, BMW e Klabin.
Nespresso é o café oficial, e a Rolex é o relógio oficial. A organização
é da Confederação Brasileira de Golfe, com promoção da IMX. O evento
conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do
Esporte, com apoio do São Paulo Golf Club e da Federação Paulista de
Golfe.

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