Brasil Classic: Benjamin Alvarado vence no São Paulo e muda de vida

08/04/2013


Chileno salta para segundo do ranking do Web.com e coloca um pé no PGA Tour de 2014


Patrocinadores do torneio ao lado do campeão Alvarado, no torneio de golfe do Web.com Tour, no SPGC
Patrocinadores do torneio ao lado do campeão Alvarado, no torneio de golfe do Web.com Tour, no SPGC

O chileno Benjamin Alvarado, de 27 anos, jogou 69, duas abaixo do par, na volta final, para vencer por uma tacada o Brasil Classic, torneio do Web.com Tour com US$ 675 mil em prêmios, encerrado neste domingo no São Paulo Golf Club. O título deu a Alvarado o prêmio de US$ 121,5 mil, o segundo lugar do ranking do Web.com e o deixou muito perto de terminar entre os 25 primeiros do ano que ganharão um cartão para jogar no PGA Tour, em 2014.

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A vitória, que valia 14 pontos, colocou ainda Alvarado em 286º lugar do ranking mundial de golfe, com 0,6 ponto de média, o que faz dele o sexto melhor latino-americano da lista, que é liderado por Felipe Aguilar, o melhor do continente, em 168º lugar. “Eu estava apenas tentando terminar entre os 25 primeiros do torneio para jogar na próxima semana”, diz Alvarado, que não tinha nenhum status no Web.com Tour e jogou por convite. Com o título, ele passou a ser membro do circuito, com direito a jogar todos os torneios de agora até o final de 2014.

Alvarado começou o dia com 17 abaixo, vencendo por três depois de ter jogado os nove buracos de finais de quinta-feira e toda as rodadas de sexta e sábado sem fazer um bogey sequer. Mas ele adotou uma tática conservadora, administrando a vantagem e jogou apenas uma abaixo do par nos primeiros 16 buracos, permitindo que o sul-africano Dawie van der Walt fizesse cinco birdies em 16 buracos e empatasse em 18 abaixo restando dois buracos a jogar. Além dele, o californiano Kevin Kim vinha com 17 abaixo, uma atrás, empatado com o também americano Kevin Tway, duas turmas à frente, que chegou a 17 abaixo com birdies consecutivos no 15, 16 e 17, antes de arriscar tudo, fazer bogey no 18 e terminar em quarto.

Apertado, Alvarado reagiu. Foi o único do grupo a chegar em duas ao green do 17, um par 5, onde fez birdie para garantir o título. Der Walt, que batia mais longe no grupo, ficou na banca da esquerda, na entrada do green, de onde saiu bem, mas errou o putt para birdie. Kim também foi com a segunda na banca que marca o fim do dogleg à direita e de lá também fez apenas o par.

No 18, com Alvarado uma à frente de Walt e ele uma à frente de Kim, mais emoção. Os três bateram ferros controlados para antes do lago que defende a direita da raia e do green, e de lá deram tiros arriscados para a bandeira, que estava no fundo à direita, bem perto da água. Infelizmente para o grande público que lotava a sede e o fundo do green, ninguém converteu a ousadia em birdies e o placar não mudou.

“Eu fui um pouco conservador mesmo”, confessa Alvarado, que jogou com convite depois de ter sido quarto colocado na etapa do Web.com Tour de seu país. Ou invés de indicar os oito jogadores a que tinha direito para o torneio do Chile, como fez o Brasil, a federação local deixou quatro vagas para serem decididas em quatro seletivas somatórias. Alvarado venceu três.

Alvarado dedicou o título a ser caddie, que fez que ele abandonasse a tática conservadora no 17. “Eu ia fazer um lay up para 100 jardas da bandeira, mas meu caddie insistiu para eu bater um ferro 5 e deu certo”, conta o campeão. “Tive que fazer um draw (efeito para a esquerda) acentuado para chegar em duas das 228 jardas onde estava”, conta.

O chileno foi também o primeiro a bater o putt no 18 e diz que sentiu a pressão. “Eu tremia todo naquele putt e errei”, conta Alvarado, que ficou esperando o sul-africano, de 30 anos, tentar e errar o birdie de 2,5 metros, antes de comemorar. Van der Walt, que vinha de um título na África do Sul, num torneio válido para o Tour Europeu, confessa que também tremia no putt para birdie, mas ficou feliz com o vice-campeonato.

Dawie van der Walt ficou em segundo com 18 abaixo, seguido por Kevin Kim (-17), Kevin Tway (-16). Wes Roach (-15). Scott Dunlap, Brett Stegmaier, Brice Garnett e o sueco Richard Johnson, empataram em sexto, com 13 abaixo. Alvarado foi quem menos errou no torneio, apenas três bogeys em 72 buracos. Dunlop foi o que fez mais birdies na semana (24), e Roach fechou o Brasil Classic sem fazer bogeys nos 37 buracos finais.

O americano Michael Putnam jogou 64, a melhor volta do dia, para empatar em décimo, enquanto Brad Adamonis, o argentino Ariel Canete, Dunlap e o mexicano Oscar Fraustro jogavam 65. Fraustro foi o melhor dos graduados do PGA Tour Latinoamérica de 2012, terminando em décimo com 12 abaixo. A seguir ficaram Cañete (15º, com -10), Clodomiro Carranza (17º, com -9), Tommy Cocha (37º, com -6) e Matias O`Curry (74º, com +5).

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