04/04/2013
Gary Player adicionou mais um motivo para continuar tenho o Brasil como um de seus destinos prediletos. Depois de estabelecer o recorde mundial de 59 tacadas a caminho de vencer pela segunda vez o Aberto do Brasil, em 1974, no Gávea GCC, no Rio de Janeiro, desta vez ele fez o 30º hole-in-one de sua carreira durante o torneio de confraternização que abriu o Brasil Classic, do Web.com Tour, nesta quarta-feira, no São Paulo Golf Club. Player conseguiu o feito no buraco 2 do São Paulo, um par 3 de 150 jardas, em descida, onde, como anfitrião do torneio, jogou com todos os 30 grupos que por lá passavam.
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O feito de Player, um dos cinco jogadores da história do golfe a completar o Grand Slam na carreira (os outros são Gene Sarazen, Ben Hogan, Jack Nicklaus e Tiger Woods) foi conseguido na 29ª vez em que ele jogou o mesmo buraco no dia, ao lado do grupo do profissional americano Kevin Foley, campeão no Panamá, em 2013, e dos amadores Franciscus Wisbrun e Fabrice Meyer. É claro que a repetição ajudou, mas antes de embocar de primeira ele deixou uma dezena de bolas dadas e converteu outros tantos birdies. E já estava em campo, ciceroneando os convidados e descendo o buraco uma vez após outra, sem descanso, há quase cinco horas.
Consagração – Mas quem deixou o campo mais contentes do que todos foram Edgar Schmidt, do São Paulo GC, e Luis Felipe Almeida, do Clube de Campo (na foto ao lado, com Gary Player), que venceram o HSBC Golf Series, evento disputado paralelamente ao Pro-Am. Além de receber seus prêmios das mãos de Gary Player – réplicas da Claret Jug, o troféu do British Open – os dois ganharam uma viagem para Muirfield, na Escócia, para acompanhar ao vivo o major mais antigo do golfe mundial.
Os dois brasileiros ficarão hospedados do Castelo de Melville e, na segunda feira, após British Open, jogarão a final da HSBC Golf Series contra amadores de todo o mundo, no próprio Muirfield e com as mesmas posições de bandeiras da final. O HSBC, maior patrocinador do golfe mundial, é também o patrocinador do British Open.
Alegria em dobro – “Não posso acreditar que recebi o troféu das mãos do próprio Gary Player, mas está cheio de fotos e vídeos para provar”, comemorou Luiz Felipe, que joga golfe desde a infância e sempre teve Player entre seus ídolos. Já Edgar tinha mais ainda a comemorar: ele integrou a equipe campeã do Pro-Am do Brasil Classic, que foi formada ainda pelo profissional australiano Peter Lonard e pelos amadores Romy Sasaki e Henrique Cirello. Eles somaram 55 pontos no sistema stableford. Lonard já jogou duas Presidents Cup e venceu 12 vezes como profissional, incluindo um torneio do PGA Tour e nove do Tour da Australásia.
Os vice-campeões foram o profissional americano Philip Pettitt, de 27 anos, que joga sua segunda temporada no Web.com Tour, e os amadores Augusto Candido, Osmar Sobrinho e Odécio Lenci, com 53 pontos. Em terceiro ficou o time do profissional neozelandês Danny Lee, de 22 anos, que já venceu em quatro circuitos profissionais ao redor do mundo, e dos amadores Amos Maidantchik, Marcos Guarita e Klaus Behrens, vice-presidente de Marketing da Confederação Brasileira de Golfe, com 53 pontos.
Destaques – O Pro-Am contou ainda com diversas personalidades do esporte, como o piloto Rubens Barrichello (na foto ao lado com Sebastian Arcuri, do HSBC, e Rodrigo Lombardi), que acaba de ser contratado pela Rede Globo para reforçar a equipes de comentaristas de automobilismo, e o ex-tenista Cássio Motta, que formou uma das cinco melhores duplas do mundo com Carlos Alberto Kirmayr, nos anos 80. Ambos jogam no São Paulo.
Também participaram do Pro-Am o ator Rodrigo Lombardi, que joga no Itanhangá e em apenas três anos se apaixonou perdidamente pelo golfe, e Giovane Gávio, bicampeão olímpico de vôlei, em Barcelona (1992) e Atenas (2004), entre muitos outros títulos. O apresentador e golfista Otávio Mesquita iria participar do Pro-Am, mas preferiu ficar de fora, entrevistando e brincando com os jogadores.
Patrocinadores – Sebastian Arcuri, diretor-executivo do HSBC, representou a instituição financeira no Pro-Am e ganhou o prêmio de bola mais perto da bandeira, no buraco 9. Arcuri jogou ao lado do americano Shaun Micheel, campeão do PGA Championship de 2003,e dos amadores Alexandre Vasarhelyi e Waldemar Verdi Jr. Paulo Cabernite e Vasarhely ganharam o prêmio de drives mais longos.
Também participaram do Pro-Am diversos patrocinadores, como Wagner Martins, presidente da Embrase; Luis Martins, o vice-presidente, e Douglas Delamar, diretor; e Yim King Po, da Embrase, que foi parceiro de Lombardi. Entre os presidentes de clubes presentes estava o anfitrião Mario Najm Filho (SPGC); que jogou no grupo do brasileiro Alexandre Rocha, e dos amadores Paulo Pacheco e Rachid Orra, atual e ex-presidentes da CBG. Carlos Gonzalez, do Damha GC; André Egoroff, do Terras de São José GC; e Fumio Horii, do Paradise, eram os outros presidentes de clube presentes.
Personalidades – Giovane foi a personalidade mais bem colocada no Pro-Am, terminando em quarto lugar com 52 pontos, na equipe do profissional Brett Stegmaier e dos amadores Luis Felipe Almeida e Pierre Moreau. O time de Cassio Motta, que teve o profissional Billy Hurley III e os amadores John Christian e Marcelo Fonseca, e de Rubens Barrichello, com o profissional Scott Sterling e os amadores Roberto Lima e Eduardo Barrieu, também empataram em quarto, com 52 pontos.
O Brasil Classic é apresentado pelo HSBC e também tem como patrocinadores Embrase, YKP, SporTV, Rolex, Nespresso, além de apoio da Klabin, TAM Viagens e São Paulo Golf Club. O campeonato tem a chancela do PGA Tour, organização da IMX e realização da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). O evento conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.
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