Brasil Classic: Gasnier é o melhor brasileiro e ganha 334 posições no ranking

08/04/2013


Odair também pontua, entra para o ranking mundial e ganha patrocínio para jogar nos EUA


Gasnier: melhor brasileiro, salto no ranking mundial de golfe e vaga para jogar mais um torneio
Gasnier: melhor brasileiro, salto no ranking mundial de golfe e vaga para jogar mais um torneio do Web.com

por: Ricardo Fonseca

O carioca Philippe Gasnier e o paranaense Odair Lima foram os dois brasileiros, dos 11 que começaram o torneio, que deixaram o São Paulo Golf Club, neste domingo, com os melhores motivos para comemorar sua participação no Brasil Classic, torneio do Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour, que foi apresentado pelo HSBC, com patrocínio da Embrase e da YKP, entre outros. Gasnier, 15º colocado no evento de US$ 675 mil em prêmios, e Odair, o 17º, foram os únicos brasileiros entre os sete que passaram o corte a ganhar pontos para o ranking mundial e a garantir vaga no WNB Golf Classic, torneio do Web.com Tour, com US$ 600 mil em prêmios, que vai ser jogado de quinta a domingo desta semana, no Midland GC, no Texas. O Brasil Classic foi vencido pelo chileno Benjamin Alvarado (clique aqui para ler a reportagem ).

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Depois de brigar a semana inteira com seu putter, Gasnier, que joga com patrocínio do Azeite 1492, do Grupo Libra, fechou a volta com três birdies consecutivos para jogar 68 e terminar o torneio com dez abaixo do par no total. Com esse resultado, além de ficar entre os 25 primeiros que ganham vaga no evento seguinte do circuito, Gasnier ganhou 1,3 ponto para o ranking mundial de golfe, onde subiu 334 posições, passando de 1419º para a 1085ª colocação, na lista desta segunda-feira.

Benefícios – Pode parecer pouco, mas com esses pontos no ranking mundial de golfe, Gasnier vai, entre outras coisas, entrar direto na segunda fase das seletivas para o British Open, uma de sua metas na temporada. “Depois no buraco 13, quando voltei ao par do campo, tudo o que queria era terminar entre os 25, e os pontos para o ranking foram um bônus, diz Gasnier, que esteve entre os dez primeiros até o corte e nunca jogou acima do par na semana. Ele somou 274 (67-68-71-68) tacadas.

Gasnier abriu a volta final com birdies no 3 e no 4, mas devolveu uma tacada no 8. Ele se recuperou com novo birdie no 9, mas entrou as duas tacadas acumuladas ao dar três putts no 11 e no 13. “Os putts foram meu grande problema esta semana”, diz Gasnier, que bateu bem na bola e lamenta não ter terminado entre os dez e mesmo lutado pelo título, como o começo da semana fazia prometer.

Odair – Não menos feliz ficou Odair Lima, o Cazuza, profissional de Maringá (PR), que entrou no Brasil Classic como convidado e, além de garantir sua participação no torneio dos EUA, esta semana, ganhou uma ajuda inesperada de Sergio Carpi, vice-presidente do Itanhangá GC, do Rio, que é o patrocinador de Gasnier, como executivo responsável pelo Azeite 1492 dentro do Grupo Libra. Carpi vai pagar a viagem de Odair para os EUA, junto com Gasnier, que vai ajuda-lo com o inglês.

Odair também vai se tornar o sétimo brasileiro a entrar para o ranking mundial de golfe, já que por ter empatado em 17º lugar ele vai ganhar 1,2 ponto, o que o levará direto para perto da 1203ª colocação da lista. Os demais brasileiros no ranking mundial de golfe são, pela ordem, Adilson da Silva (335º), Alexandre Rocha (389º), Fernando Mechereffe (859º), Lucas Lee (876º), Gasnier (1085º) e Daniel Stapff (1177º). Adilson não jogou esta semana e Mechereffe, Lucas e Daniel não passaram o corte no Brasil Classic.

Sobrevida – Para Odair, o resultado do final de semana foi excepcional, uma vez que ele por pouco não passa o corte. No sábado pela manhã, quando terminava a volta de sexta, interrompida por causa do mau tempo, pelo buraco 9, um par 3 com água do tee ao green, Odair jogou a primeira bola fora de campo, ficando ameaçado de um duplo bogey que o tiraria do torneio. Ele bateu a terceira do tee e viu a bola passar quatro metros da bandeira, ficando com um putt em descida que embocou para fazer o melhor bogey de sua vida e passar o corte raspando, com duas abaixo (69-71).

Odair não desperdiçou a chance e jogou 69 e 66 nos 36 buracos finais, para somar nove abaixo do par na semana e ser o segundo melhor brasileiro em campo. Odair começou a volta final com três birdies nos quatro primeiros buracos e decidiu sua sorte com um birdie no 17, o sexto do dia, para jogar cinco abaixo e entrar raspando entre os 25 primeiros, empatado com mais oito na 17ª colocação.

Rocha – Gasnier e Odair vão jogar no Texas ao lado de Rocha, que não teve um bom final de semana no Brasil Classic, mas tem o cartão para toda a temporada do Web.com, além de um cartão condicional do PGA Tour. Depois de ficar entre os dez primeiros até o corte, com voltas de 67 e 68 tacadas, Rocha jogou duas rodadas de 71 tacadas, o par do campo, no final de semana, e caiu para o 29º lugar. Com isso, ele perdeu sete posições no ranking do circuito, da 14ª para a 21ª colocação, com US$ 37 mil, mas ainda está entre os 25 que no final da temporada ganharão um cartão para o PGA Tour.

Mechereffe poderá ser o quarto brasileiro no Texas, mas, por enquanto, está entre os dez reservas do torneio. Depois de jogar três voltas abaixo do par (68-70-69), Mechereffe marcou 72 (+1) neste domingo, e caiu para a 47ª posição, com cinco abaixo. Mesmo assim suniu 15 posições no ranking do Web.com, onde está agora em 131º lugar, com US$ 4,2 mil ganhos.

Becker – Quem também teve um excelente resultado foi o amador Rafael Becker, que não só passou o corte como ainda terminou em 26º lugar, com oito abaixo do par. Por uma tacada Becker não ganha vaga no torneio do Texas e pontos para o ranking mundial profissional, mesmo sendo amador. Ele teve o amigo de infância do São Fernando GC, Victor Palmberg, como seu caddie durante toda a semana.

A regularidade foi a arma de Becker, que foi o único brasileiro do torneio a jogar quatro voltas abaixo do par (70-70-70-66). Sua volta de 66, cinco abaixo, neste domingo, foi a quinta melhor da rodada. Ele só foi superado por Michael Putnam, 10º colocado, que jogou 64, e por Dawie van der Walt, o vice-campeão, Scott Dunlop, o sexto, e Ariel Cañete, o 15º, que jogaram 65.

Local players – O Brasil teve ainda dois profissionais do São Paulo GC passando o corte. Ambos começaram o torneio entre os melhores, mas depois sentiram a falta de ritmo de jogo, uma vez que esta foi a primeira competição profissional oficial do ano no país. Erik Andersson terminou em 72º lugar, com 287 (67-72-71-77) tacadas, três acima, e Rafael Barcellos, em 73º, com 288 (66-71-75-76), quatro acima.

O Brasil Classic foi apresentado pelo HSBC e também teve como patrocinadores Embrase, YKP, SporTV, Rolex, Nespresso, além de apoio da Klabin, TAM Viagens e São Paulo Golf Club. O campeonato teve a chancela do PGA Tour, organização da IMX e realização da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). O evento contou com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.

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