05/04/2013
por: Ricardo Fonseca
Os profissionais brasileiros souberam aproveitar a chance de jogar em casa um torneio do Web.com Tour, o circuito acesso ao PGA Tour, e oito deles vão passando o corte (veja lista abaixo), que está em um abaixo, sendo que quatro terminaram a volta de abertura do Brasil Classic, apresentado pelo HSBC, com patrocínio da Embrase e YKP, entre outros, nesta quinta-feira, no São Paulo Golf Club, entre os dez primeiros colocados.
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Brasil Classic: estrangeiros no topo tem caso de amor com o clube
O torneio com US$ 675 mil em prêmios prossegue até domingo. A entrada é franca, mas é preciso fazer um cadastro por e-mail e retirar o convite com antecedência. O estacionamento para o público fica do outro lado da avenida onde está o SPGC. Veja detalhes no final da reportagem.
Barcellos – Rafael Barcellos, que ficou com uma das duas vagas reservadas aos profissionais do clube anfitrião, fez oito birdies para jogar 66, cinco abaixo do par, e empatar em quarto, atrás de três líderes: o sueco Richard S. Johnson, o neozelandês Danny Lee e o americano Tom Hoge, todos com 65, seis abaixo do par do campo de 6.574 jardas e par 71. O campo curto para os padrões atuais, e os greens macios, permitiram que 76 dos 144 jogadores terminassem abaixo do par do campo. Clique aqui para ler a reportagem sobre os estrangeiros.
Barcellos reconhece que o fator campo foi fundamental. “Conhecer bem o campo foi um bom diferencial, pois eu tinha confiança na hora de atacar as bandeiras”, diz o profissional gaúcho. Ele começou o dia pelo buraco 10 e jogou uma abaixo de ida. Após seu terceiro bogey no dia, no buraco 3, seu 12º da rodada, Barcellos estava apenas duas abaixo, mas um birdie no 5, onde embocou de fora, após ficar estaimado na esquerda do dogleg em descida e fazer um lay up, de u início a uma reação, com três birdies nos últimos cinco buracos.
Rocha – Até então o melhor brasileiro no placar era Alexandre Rocha, membro do PGA Tour pelo terceiro ano consecutivo, que jogou pela manhã. Rocha sentiu a pressão de voltar a jogar em São Paulo, onde nasceu, após oito anos, sendo que não pisava no SPGC havia 12 anos, antes de o campo de Stanley Thompson ser reformado por Robert Trend Jones II. “Comecei o torneio bastante ansioso e nervoso, como não ficava há bastante tempo”, conta Rocha.
Rocha jogou o par de ida, com três birdies e três bogeys, sempre acompanhado por sua mãe, Camila, e por um grupo de torcedores de seu clube, o São Fernando. Mas o brasileiro mais bem colocado no ranking mundial de golfe em campo reagiu com quatro birdies nos nove buracos finais, para empatar em nono lugar. Rocha aproveitou os quatro pares cinco do campo, com quatro birdies.
Erik – Uma boa surpresa foi a apresentação de Erik Andersson, head-pro do clube, que não joga regularmente em nenhum circuito. Ele fez quatro birdies nos oito primeiros buracos e no 13, após mais dois birdies, aparecia empatado em primeiro, com seis abaixo. Bogey no 14 e no 15 derrubaram Erik para a nona colocação, com 67, empatado com Rocha e com o carioca Philippe Gasnier, que jogou a seu lado, junto com Daniel Stapff, num grupo só de brasileiros.
Gasnier abriu a volta com dois bogeys nos seis primeiros buracos, mas reagiu. Ele fez birdies seguidos no 8 e no 9, para jogar o par de ida, e fez quatro birdies na segunda volta, para ser mais um entre os Top 10. Seis birdies em 11 buracos, aproveitando três dos quatro pares cinco do campo, que tem ainda cinco pares 3.
Mechereffe – Fernando Mechereffe, o Toco, que joga sua segunda temporada completa no Web.com Tour, demorou para se firmar na rodada. Ele jogou o par de ida, com birdie no 7 e bogey no 9, e reagiu na segunda metade do campo, onde fez três birdies, dois deles nos três buracos finais. O profissional gaúcho, que mora há 12 anos nos EUA e não jogava no Brasil desde 2003, terminou com 68 tacadas, empatado em 24º lugar.
Odair Lima, de Maringá, e Stapff jogaram 69, duas abaixo, para empatar em 39º. Rafa Becker, um dos dois amadores em campo, jogou 70 e completou a lista de oito brasileiros acima da linha de corte. A mesma sorte não teve Ronaldo Francisco, o número 1 do Brasil, que jogou 72 (+1) e está em 93º, e Lucas Lee, que jogou 74 (+3) e vem em 117º, quase sem chances de passar o corte.
Cristian – O amador Cristian Barcelos, de 18 anos, do campo público de Japeri, jogou 79 (+8), sem um birdie sequer, e está em 141º, a penúltima colocação. Apesar de ter terminado a volta com dez pares consecutivos, sua atuação reforça as críticas de muitos dos profissionais brasileiros, dentro e fora do torneio, de que a vaga deveria ter sido dada a um profissional, ou disputada em uma seletiva aberta a todos.
O Brasil Classic é apresentado pelo HSBC e também tem como patrocinadores Embrase, YKP, SporTV, Rolex, Nespresso, além de apoio da Klabin, TAM Viagens e São Paulo Golf Club. O campeonato tem a chancela do PGA Tour, organização da IMX e realização da Confederação Brasileira de Golfe (CBG). O evento conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte.
Convites: para retirar seu convite gratuito é preciso solicitá-lo no e-mail convite@brasilclassic.com.br e retirá-lo no hotel Blue Tree Morumbi (Av. Roque Petroni Junior, 1000 – Brooklin), até domingo. O São Paulo GC fica na Praça Dom Francisco de Souza, 540, Santo Amaro, São Paulo – SP. O público não pode parar o carro no clube, mas há estacionamento gratuito do outro lado da praça. Nâo há serviço de manobrista para o público em geral.
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