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Brasil estreia desfalcado no PGA Tour Latinoamérica 2014

18/02/2014

Ronaldo e Rodrigo não jogam. Jovens talentos Rafa Becker e Felipe Navarro são destaque

Becker: estreante no golfe do PGA LA, vem de um sétimo lugar na Argentina e de um quinto no Peru, em 2013

por: Ricardo Fonseca

Depois de ter seis jogadores com o cartão nos dois primeiros anos de existência do PGA Tour Latinoamérica, apenas quatro brasileiros conseguiram ser membros do circuito em 2014, mas apenas dois deles disputam o torneio de abertura da temporada, o 67º Colombian Open, que vai ser jogado de quinta a domingo no Ruitoque Golf & Country Club, em Bucaramanga, na Colômbia, com US$ 150 mil em prêmios. Ao todo serão 16 torneios, todos com a mesma premiação, sendo oito de fevereiro a maio e mais oito de setembro a dezembro, incluindo o Aberto do Brasil, em novembro, no Gávea GCC, no Rio de Janeiro.

Os desfalques neste primeiro torneio são os paulistas Ronaldo Francisco, o número 1 do Brasil, patrocinado pela YKP, único dos seis de 2013 a manter seu cartão, que vai jogar seu terceiro ano seguido no circuito, mas decidiu só começar sua temporada em março, quando joga a etapa do Web.com Tour no Brasil, seguido pelos demais torneios do PGA Tour LA, e Rodrigo Lee, que tem apenas um cartão condicional ganho na Q-School, mas teria vaga na Colômbia. Sem patrocinador para esta sua segunda temporada no PGA Tour LA, Rodrigo decidiu reduzir o número de viagens e torneios, a começar por esse da Colômbia, o único de fevereiro, antes de uma pausa de um mês.

Talentos – Mas o Brasil entra em campo representado por dois de seus jovens talentos, Felipe Navarro e Rafa Becker, que ganharam seus cartões ao terminaram com o título e o quinto lugar da etapa final da Série de Desenvolvimento, jogada no Peru. Participaram da final os sete primeiros colocados dos torneios regionais que valiam porá o circuito, incluindo duas etapas do CBG Pro Tour.

Esta série que se repete este ano funciona como uma quarta divisão do golfe profissional das américas, um circuito de acesso ao PGA Tour LA, que dará cartões aos cinco melhores da temporada, para que disputem o Web.com Tour, por sua vez o circuito de acesso ao PGA Tour.

Navarro – Navarro (ao lado) vai jogar sua segunda temporada do circuito, mas é como se fosse um estreante no PGA Tour LA, uma vez que em 2012, depois de liderar por três dias e ganhar seu cartão na seletiva para o circuito, pode jogar apenas dois torneios antes que uma contusão o tirasse do restante da temporada.

Recuperado Navarro , voltou a mostrar todo o potencial de seu golfe durante 2013 e fechou o ano vencendo a final da Série de Desenvolvimento, seu primeiro título internacional, que lhe deu o cartão para este ano. Navarro terminou esse torneio, no Peru, com quatro birdies na segunda metade do campo, incluindo um no 18, para ser campeão por uma.

Becker – Rafa Becker, que se profissionalizou no segundo semestre de 2013 joga como estreante em 2014, mas também, já tem história no PGA Tour LA. No ano passado ele jogou quatro torneios do circuito e passou o corte em dois, sendo sétimo colocado no Personal Classic, na Argentina, e 18º no Aberto do Chile. Fechou a temporada com o quinto lugar na final da Série de Desenvolvimento, o que lhe deu o cartão integral para o PGA Tour LA de 2014.

Como amador, Becker fez uma carreira vitoriosa na NCAA, o circuito universitário americano, onde defende a Wichita State. Ele foi cinco anos seguido campeão brasileiro levando os títulos juvenis de 2008 e 2009 e os adultos de 2010, 2011 e 2012, antes de fechar a carreira com o vice-campeonato de 2013.

Alimonda – O Brasil teve a chance de ter um terceiro jogador no torneio de abertura do PGA Tour LA 2014, na Colômbia, já que Vicky Alimonda, que tem um cartão condicional do Futures Tour, o circuito de acesso ao LPGA Tour, e estreia este ano no LET (Ladies European Tour) jogou a seletiva desta segunda-feira, onde foi a única mulher em campo.

Vicky teve que jogar do tee dos homens e marcou 80, ficando a dez tacadas das 12 vagas oferecidas. “Deixei a pressão de `bater mais longe` me atrapalhar”, brica Alimonda, que mora na Colômbia. “Não foi dessa vez, mas quero revanche”.