Brasileira passa corte no Turkish Airlines Ladies Open

19/05/2015


Miriam Nagl toma susto, mas chega às finais de seu primeiro torneio após um ano parada


Miriam: brasileira recupera seu ritmo de jogo a cada dia e pode voltar a pontuar para o ranking mundial de golfe esta semana
 Miriam: brasileira recupera seu ritmo de jogo a cada dia e pode voltar a pontuar para o ranking mundial de golfe esta semana

Texto e fotos: Ricardo Fonseca, enviado especial à Turquia

Depois de passar boa parte da segunda rodada em recuperação e subindo no placar, a brasileira Miriam Nagl tomou um susto no meio da volta desta segunda-feira do Turkish Airlines Ladies Open, primeira competição oficial que ela disputa depois de passar um ano parada para dar à luz a menina Laura Emília, nascida em janeiro, em Berlin, onde mora atualmente. Miriam, que jogou uma acima na estreia, domingo, e vinha no par do campo no segundo dia, devolveu três tacadas na metade da rodada e ficou ameaçada de não passar o corte até salvar o par no buraco final, depois de bater o drive na água.

“Foi um momento de desconcentração”, lamenta Miriam sobre o duplo bogey do 18, seguido pelo bogey do 1 (começou pelo 10), que seriam resultado da falta de ritmo de jogo e de competição após tanto tempo parada. “Preciso reaprender a me concentrar antes de cada tacada para não cometer erros como esses”, conta a jogadora de 34 anos que é a brasileira mais bem colocada do ranking mundial de golfe e seria a representante do país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, se a competição fosse hoje.

Dia difícil – Miriam, que joga com patrocínio da Berliner Luft, indústria de importância mundial em refrigeração comercial e quem tem fábrica no Rio Grande do Sul, começou o segundo dia confiante e fez seu primeiro birdie no 11, de par 5, seu segundo buraco do dia. Um bogey no 13 não a abalou e ela respondeu com novo birdie no 14, outro par cinco, onde deixou a bola a um metro da bandeira. Miriam continuou a bater bem na bola, mas os putts não ajudaram, como no 16, onde fez bogey e voltou ao par do campo.

Nas fotos ao lado: Miriam Nagl, clicada por Ricardo
Fonseca, e Melissa Reid, foto de
Tristan Jones/LET

Seus problemas começaram no 18, onde seu drive desviou-se um pouco para a esquerda, bateu numa das muitas árvores que foram corredores no campo do Carya, em Belek, Antalya. A bola da brasileira ficou entre as árvores numa posição ruim, e, ao tentar sair, ela acertou outra árvore e foi ainda mais para trás. Ainda deu apenas um putt depois de passar o green com a quarta e não escapou de um duplo bogey. O acidente tirou sua concentração e ela perdeu outra tacada ao dar três putts no 1.

Concentração – A partir daí Miriam conseguiu se concentrar novamente no jogo e só fez pares até o final, o que incluiu dois birdies de muito perto, desperdiçados no 6 e no 7, e um par salvo no 9, onde jogou a bola na água, passou o green, mas deu um chip redentor, que deixou a bola dada. “Salvo poucos drives, como o da árvore, bati bem na bola, acertei 15 green no primeiro dia e 14 no segundo, mas os putts são um problema”, resume a brasileira. “Com 34 putts no primeiro dia e 33 no segundo, ninguém pode fazer bom score”, lamenta Miriam, que soma 150 (74-76) tacadas, quatro acima neste campo de par 73.

Miriam jogou no segundo dia pela manhã e quando deixou o campo com quatro acima, o corte estava em três acima. Mas com o vento aumentando e os greens já muito difíceis por sua ondulação acentuada ficando mais secos e duros, ela não se preocupou. O corte subiu para quatro acima e logo chegou a cinco acima, com 68 jogadoras classificando-se para disputar os € 500 mil em prêmios nas duas rodadas finais.

Liderança – A inglesa Melissa Reid, líder do primeiro dia, ampliou ainda mais sua vantagem ao fazer cinco birdies nos seis buracos finais e chegar a 134 (65-69) tacadas, 12 abaixo do par, contra 9 abaixo da segunda colocada, a escocesa Pamela Pretswell (72-65), que fez o melhor resultado desta segunda-feira. A francesa Gwladys Nocera vem a seguir, com oito abaixo (68-70), seguida pela australiana Rebecca Artis (69-71) e pela escocesa Carly Booth (70-70), que já jogou a Faldo Series no Brasil, ambas com seis abaixo.

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