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Bridgestone: Adam Scott renasce com vitória de ponta a ponta

08/08/2011

Australiano de 31 anos não dá chance e conquista título mais significativo de sua carreira

Adam Scott abraça Setve Williams após o putt da vitória: cada um deles tinha muito o que comemorar

por: Ricardo Fonseca

O australiano Adam Scott, de 31 anos, voltou definitivamente ao clube dos grandes campeões ao conquistar o título do Bridgestone Invitational de ponta a ponta, com 17 tacadas abaixo do par do Firestone Country Club e quatro de vantagem sobre os melhores jogadores do mundo. Scott começou o dia vencendo por uma e jogou 65, cinco abaixo do par, sem fazer um bogey sequer, para voltar a figurar entre os dez primeiros do ranking mundial de golfe, onde já esteve no terceiro lugar, em janeiro de 2007, antes de passar a ter atuações irregulares e cair para além da 50ª colocação.

Scott teve que dividir o palco de sua maior glória desde sua vitória no The Players Championship de 2004, com Steve Williams, seu novo caddie, que foi demitido por telefone por Tiger Woods, após 13 anos, 73 títulos e 13 majors juntos. Scott chegou ao 18 aplaudido de pé depois de bater um ferro 5 que passou raspando o buraco para eagle e lhe garantiu o birdie de consagração no 18, mas Steve, que o impediu de bater um ferro 7 seguro para a direita do green, teve seu maior momento de glória ao, pela primeira vez na vida, ver seu nome aclamado pela multidão e mostrar o punho cerrado para a galera enlouquecida após o putt decisivo. Mas essa é outra história que contamos aqui!

Ganhador – Apontado como uma das maiores promessas do golfe há dez anos, Scott provou durante toda a semana que sua hora chegou. O mais bonito e solteiro dos jogadores, que arrasta atrás de si uma torcida feminina como nunca visto antes no golfe mundial, abriu o torneio com oito birdies para jogar 62 e assumir a liderança para nunca mais largar. Deixou atrás de si os melhores jogadores do mundo e as maiores promessas do golfe mundial, confirmando que é acima de tudo um ganhador ao vencer pela sexta vez das oito em que chegou à rodada final em primeiro lugar.

O inglês Luke Donald, número 1 do mundo, que jogou dez abaixo no final de semana (64-66) terminou em segundo, com 13 abaixo, quatro atrás do campeão, empatado com Rickie Fowler, de 22 anos, a maior promessa do golfe americano, que também jogou 66 na volta final para conquistar seu resultado mais importante desde o quinto lugar no British Open. Fowler foi o primeiro em eagles na semana (2), o primeiro em putts por volta (25), o primeiro em putts por green acertado (1,512) e o quarto em birdies (20).

Jovens – Empatados em quarto, com 12 abaixo, terminaram o também australiano Jason Day, de 23 anos, que passou de oitavo para sexto no ranking mundial de golfe e é disparado o melhor jogador de 2011, com oito Top 10, incluindo os vice-campeonatos no Masters e no US Open; e a sensação japonesa Ryo (pronuncía-se Riô) Ishikawa, de 19 anos, que saiu no pelotão, uma atrás de Scott, fez cinco birdies, mas foi traído pela pressão de sua primeira final nos EUA e também fez quatro bogeys, diminuindo o prêmio que ele vai doar integralmente às vítimas dos terremoto, tsunami e acidente nuclear que ainda ferem seu país.

Despercebido de muitos, sobretudo por causa da volta de 72 tacadas (+2) de sexta, que o tirou das primeiras colocações, terminou o coreano Kyung-tae Kim, que fez também três voltas de 66 tacadas para empatar em sexto, com 10 abaixo, e dar ao Tour Japonês, onde joga com Ishikawa, duas das seis primeiras colocações do torneio. Um resultado que vai impor mais respeito aos que criticam o Tour Japonês sem conhecê-lo.

Destaques – Kim terminou em muito boa companhia, dividindo o sexto lugar com dois jogadores, a começar pelo norte-irlandês Rory McIlroy, de 22 anos, campeão do US Open, que teve a atuação mais regular da semana com voltas de 68-68-67-67 tacadas, e o americano Zach Johnson, outro que vem voando abaixo do radar. O campeão do Masters de 2008, já tem cinco Top 10 este ano, incluindo cinco Top 5 nos últimos dez torneios. Ele fez 20 birdies na semana, depois de acertar 74% dos greens, e chega como uma boa aposta para o PGA Championship, onde foi décimo colocado, em 2009, e terceiro, em 2010.

Para completar a lista, o inglês Lee Westwood, número 2 do mundo, jogou 65, cinco abaixo do par, igualando Scott com a melhor volta de domingo, para terminar em nono, com nove abaixo, empatado com o americano David Toms.

Confira os melhores momentos da volta final