18/07/2011
O batalhão de jornalistas que trabalhava contra o relógio na sala de imprensa do British Open demorou a perceber o que acontecia quando os garçons começaram a chegar com garrafas de champanhe e taças nas mãos. Só quando a primeira rolha estourou perceberam que tudo aquilo era um presente do norte irlandês Darren Clark à imprensa que acompanhou sua histórica vitória no British Open de 2011, no campo do Royal St George`s, em Sandwich, Kent, na Inglaterra.
O próprio Clark se reservou outro presente: um pint (copo como pouco mais de meio litro) de Guinness, sua bebida predileta, que colocou ao lado da Claret Jug, o troféu do British Open, e bebericou com prazer e sem pudor enquanto dava sua entrevista à imprensa. Era a senha para começar o carnaval em Belfast, que já vivia clima de Marques de Sapucaí desde que Rory McIlroy, outro filho pródigo da Irlanda do Norte, conquistou o US Open, um mês antes.
Sem fronteiras – Se vencer dois US Open consecutivos, na série começada por Graeme McDowell, em 2010, o que dizer então de dois majors consecutivos e da terceira vitória norte-irlandesa nos últimos seis majors disputados e a primeira de um norte-irlandês no British Open depois de Fred Daly, em 1947. Com os três majors de Padraig Harrington, a partir do British Open de 2007, já são seis títulos do Grand Slam conquistados por irlandeses nos últimos 17 torneios disputados.
A festa não se restringiu às Irlandas e nem à Grã Bretanha, que teve seu primeiro campeão do Open desde Paul Lawrie, em 1999. O feito de Clarke na Inglaterra, contagiou todo o golfe do continente, que comemorou o sexto título consecutivo de um jogador do Tour Europeu em majors. Uma humilhação para o até pouco tempo todo-poderoso golfe americano, que desde o início do Grand Slam profissional do golfe, em 1934, nunca havia ficado quatro majors seguidos sem um título, o que dirá de seis?
Seniores – Festejaram também pré-seniores e seniores de todo o mundo, uma vez que as vitórias de jogadores com mais de 40 anos em majors se contam nos dedos das mãos. As últimas delas foram de Vijay Singh, em 2004, em Whistling Straits, e de Mark O`Meara no British Open de 1998, no Royal Birkdale. Isso sem falar que Clarke, aos 42 anos, é o mais velho campeão de um British Open, desde o argentino Roberto De Vicenzo, em 1967, no Royal Liverpool.
E não deixaram de sentir uma pontinha de orgulho, as centenas de profissionais que não estão entre os 100 primeiros do ranking mundial e penam para conseguir uma vaguinha num major. Clarke, que começou esta semana como número 111 do mundo – e deve saltar para algo como 30º nesta segunda, é apenas o sexto jogador que não estava entre os Top 100 a vencer um major, desde que o ranking mundial começou a ser computado, em 1986.
Mortais – No mundo do golfe escaldado de bons moços, que depois se revelam crápulas, os comuns mortais também comemoram um campeão robusto, de sorriso franco, comentários espontâneos e que gosta de freqüentar pubs, beber cerveja com os amigos e jogar conversa fora para contar como venceu um major com bogeys nos dois buracos finais, mas sem jogar uma volta sequer acima do par, com vento, chuva ou sol. Enfim um homem comum, comemorando um feito pra lá de incomum!
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