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British Open: Primeiro Ministro recusa-se a ir a Muirfield

30/06/2013

Ele deseja boa sorte a todos, mas não pisa em clube que não aceita mulheres como sócias

Salmond: Primeiro MInistro continua intransigente ao combater o machismo no golfe escocês

Salmond: Primeiro MInistro continua intransigente no combate o machismo no golfe escocês

Alex Salmond, Primeiro Ministro da Escócia, recusou o convite para acompanhar o British Open deste ano em Muirfield, o campo da Honourable Company of Edinburgh Golfers, entidade que apesar de se confundir com a história do golfe, continua perdida no século 18, recusando-se a admitir mulheres como sócias. Mesmo se dizendo fanático por golfe, Salmond mandou avisar, através de um porta-voz, que sua posição contra o machismo e a segregação sexual é bem conhecida de todos.

“O Primeiro Ministro não estará em Muirfield, mas deseja a todos os envolvidos o melhor e um grande torneio”, disse o porta-voz. “Sua posição sobre clubes restritos a pessoas de um único sexo são bem conhecidas, mas nós temos certeza que o Open deste ano será um evento fantástico para a Escócia e esperamos que Fergus Ewing, Ministro do Turismo, represente o governo escocês”.

Dra. Louise Richardson, na foto ao lado: barrada em St. Andrews por ser mulher

St. Andrews – Esta não é a primeira vez que Salmond ataca o chauvinismo masculino dos clubes tradicionais do golfe escocês. Sua primeira vítima foi o Royal and Ancient Golf Club of St Andrews, que por tradição convida o reitor da St Andrew`s University para ser sócio do clube. Só que isso não aconteceu no ano passado, quando o principal cargo da universidade foi assumido por uma mulher, Dra. Louise Richardson. Na ocasião, o R&A, entidade máxima do golfe, disse considerar “normal” realizar seu maior torneio em clubes machistas.

Ao que tudo indica a clube considerado como o berço do golfe ainda acredita que as mulheres sejam inferiores aos homens. Está faltando uma Martha Burke por lá. Burke, para quem não sabe, é a líder feminista que promoveu um boicote contra o Masters, obrigando o torneio a ser disputado dois anos sem patrocinadores, movimento com que culminou na admissão, em 2012, de duas mulheres como sócias.