British Open: Tiger desiste oficialmente do torneio

06/07/2011


Jogador confirmou o que todos já sabiam; só não explicou por que insiste no suspense


    Tiger: jogo de cena e meias verdades para esconder sua condição física e sua incerta volta ao golfe    Tiger: jogo de cena e meias verdades para esconder sua condição física e sua incerta volta ao golfe

por: Ricardo Fonseca

O fato de Tiger Woods ter anunciado nesta terça-feira, através de seu Twitter e de seu site, que não vai jogar no British Open, não é exatamente uma notícia. Afinal, todos já sabiam disso, inclusive ele, apesar de ter procurado “enrolar” a imprensa na semana passada, no AT&T, com meias verdades. A verdadeira notícia por trás da não-notícia é por que ele insiste em fazer esse papel, escondendo a real extensão de suas novas contusões no joelho e no tendão de Aquiles, que já fizeram com que ele não dispute uma volta completa de golfe há três meses.

Não bastasse a contusão e a absoluta falta de treinos, Woods não tem boas lembranças do Royal St. George`s, sede do British Open deste ano, onde jogou o terceiro major da temporada, em 2003. Ele perdeu uma bola no rough naquele torneio, voltou ao tee, fez um triplo bogey e acabou perdendo o título para Bem Curtis por apenas duas tacadas. Terminou o ano sem nenhum major.

Afastamento – Este será o quarto major que Woods não joga dos últimos 13, por causa de contusões. Mais uma vez, Woods disse que os médicos o aconselharam a não jogar, pois ele ainda não se recuperou totalmente de uma lesão que ninguém, fora ele e seus médicos, sabe bem o que é.

Em todos os esportes, quando algum esportista – importante ou não se machuca -, uma vez conhecida a real extensão do problema, sempre há uma previsão de quando se voltará a competir, com base na experiência médica. Foi assim com Ganso, do Santos, e com o próprio Woods, que sofreram rupturas do ligamento cruzado anterior de seus joelhos e ficaram fora, como o esperado, por seis meses.

Gravidade – O fato de Woods não revelar quais as previsões para sua volta, só levam a crer que a coisa é mais séria do que muitos suspeitam e que talvez ele não volte a jogar este ano – ou nunca. O próprio Woods admitiu a primeira dessas possibilidades ao afirmar para a imprensa, na semana passada, que “ficaria surpreso se não jogasse ao menos um torneio este ano”. E pode ter se referido à segunda quando deixou a IMG juntamente com seu agente, anunciando que se preparava para “uma nova fase da carreira profissional”. Qual? A de designer?

Woods tentou jogar no Players Championship, em maio, mas não passou da manhã de quinta-feira, quando abandonou o campo do TPC Sawgrass no buraco 10, depois de jogar 42 de ida. Nunca mais fez um swing de golfe. Andou de muletas e bota ortopédica, que já não usa mais, e disse que treinou alguns putts. Ninguém sabe quem o está tratando, depois que o médico canadense que cuidava dele escondido, conhecido como o “Rei do Doping”, foi preso e processado pelo FBI por contrabando de drogas ilegais e exercício ilegal da profissão nos EUA.

Especulação – Se tudo isso forem coincidências e Woods estiver apenas fazendo um joguinho de suspense por gostar de manter seu nome nas manchetes, sua volta mais provável será no Bridgestone, torneio dos World Golf Championships, no Firestone Country Club. Ele já venceu lá sete vezes e tem um mês para se preparar para o torneio, que tem a vantagem de não ter corte. Mas o fato de jogar quatro dias tem suas desvantagens, pois foi lá, em 2010, que Woods fez sua pior resultado como profissional. Jogou 18 acima e terminou em 78º lugar.

Foi por causa disso e por se dar conta que ele não podia cuidar do swing por conta própria, como afirmou na época, que começou a trabalhar com Sean Foley: para construir um novo swing adequado a seu “novo joelho”. Com ele, Woods foi quarto colocado no Masters deste ano, depois de jogar 31 de ida na volta final. Mas foi lá que, segundo ele, voltou a machucar o joelho.

Futuro – Woods está em 116º lugar na FedEx Cup e se não voltar rápido não ficará entre os 125 que se classificam para os quatro playoffs. Uma semana antes deles, tem o PGA Championship, o último major do ano, segundo prazo possível para a volta de Tiger. Depois, restam a Presidents Cup; o HSBC Champions, na China; o Aberto da Austrália, onde ganhou seu último título, há dois anos; e o Chevron, seu torneio de convidados, onde perdeu o último título para o norte-irlandês Graeme McDowell. E tem 2012, 2013…

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