Caddies abrem processo de US$ 50 milhões contra o PGA Tour

04/02/2015

PGA Tour vende a publicidade nos jalecos e obriga os caddies a usar nos torneios de golfe que organiza

 

Eles exigem participação nos lucros gerados pelo uso de jalecos com publicidade

No dia em que Rory McIlroy iniciou mais uma batalha judicial milionária com seus ex-agentes na Europa, um grupo de 82 caddies do PGA Tour ingressou com um processo coletivo contra o circuito exigindo o pagamento de US$ 50 milhões relativos à venda de publicidade nos jalecos dos torneios que são obrigados a usar sem nenhuma compensação financeira. O processo que exige pagamento “pelo uso indevido de suas imagens” foi aberto pelos caddies na U.S. Northern District of California Court e pode provocar grandes transtornos para o PGA Tour que até agora vinha se negando a qualquer acerto financeiro com seus caddies.

A ação alega que o PGA Tour trata os caddies “como participantes de segunda categoria no golfe”. UM dos exemplos citados pelos advogados para defender esta tese é o que aconteceu no Barclays de 2013, quando, durante um temporal, as esposas e filhos dos caddies foram impedidos de se abrigar no local designado para os caddies, pondo em risco sua segurança. A ação também reclama da falta de planos de assistência médica e de pensão para os caddies.

Caddies – A lista de 82 caddies que entraram com a ação é encabeçada por Mike Hicks, que já trabalhou para Greg Norman, Payne Stewart, Steve Stricker e Justin Leonard. Outros autores listados na ação são Damon Verde, Paul Tesori e Micah Fugitt, que atualmente trabalham para Zach Johnson, Webb Simpson e Billy Horschel, respectivamente.

Não é de agora que os caddies vem exigindo esses direitos, mas até agora só viram o PGA Tour protelar um acordo. Reportagem publicada no Portal, em julho de 2014 (clique aqui para ler ) já mostrava que as duas partes estavam em rota de colisão. No Brasil, já houve problema semelhante com os caddies retirando os jalecos durante uma etapa do extinto Diners Tour e só os recolocando após haver um acordo sobre pagamento de lanches e hospedagem na etapa.

O processo foi aberto no mesmo tribunal distrital como ação coletiva do jogador de basquete Ed O`Bannon contra a NCAA, que propôs argumentos semelhantes sobre o uso das imagens de atletas universitários.

 

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