10/03/2012
Escolher que grupo seguir faz toda a diferença quando se assiste golfe no campo. Havia um grupo reunindo os britânicos Rory McIlroy, Luke Donald e Lee Westwood, os três melhores jogadores do mundo, e outro com os americanos Tiger “Está Voltando” Woods e Nick Watney, o campeão do ano anterior (Sérgio Garcia em mais uma pane mental foi café com leite nessa turma). Mas se deu bem quem preferiu ir atrás da dupla mista Bubba Watson, dos EUA, e Justin Rose, da Inglaterra – ao lado de Mark Wilson, que não fez feio, mas ficou ofuscado nesta sexta-feira, na segunda rodada do Cadillac Championship, da série mundial.
Juntos, Bubba Watson e Justin Rose deram um show sem precedentes para a torcida ao transformar o Blue Monster do Doral num gatinho ronronante: somaram18 abaixo – com 62, dez abaixo, do americano e 64 (-8) do inglês. Entre eles, fizeram 17 birdies e um eagle, de Bubba, o que fez a diferença para ele terminar sozinho em primeiro, com 12 abaixo no total, contra 11 de Rose, também sozinho em segundo. Com isso, eles voltam a jogar a seu lado neste sábado, no pelotão, o grupo dos líderes, com transmissão ao vivo pela ESPN HD, das 16h30 às 20h00 (o futebol levou a meia hora inicial). Na ESPN convencional, o jogo só começa às 18h00 (mais futebol).
Show – O eagle de Bubba, no buraco 8, um par 5, foi uma das jogadas mais espetaculares do dia. Depois de um drive descomunal, ele bateu um ferro 3 com muito efeito contra o vento, que alçou vôo quase raspando em uma palmeira, passou por cima da água e deixou a bola a dois metros da bandeira, que ele embocou em seu penúltimo buraco, antes de fechar a volta com um par no 9. Nada mal para quem começou pelo 10 e jogou 31 de ida, com cinco birdies nos sete primeiros buracos, e fez apenas um bogey no dia, além do eagle e quatro birdies na segunda metade do campo.
Rose não precisou dos drives de 321 jardas de Bubba para brilhar. Sua média de 286 jardas, bastou para que ele também jogasse 31 de ida, mas fosse um pouco mais econômico na segunda metade do campo, com “apenas” três birdies, já que desperdiçou o oito e jogou três abaixo nos pares cinco, contra cinco abaixo do canhoto Bubba e seu driver de cabeça e vara cor-de-rosa.
Reforma – Mesmo com o vento, que não era tão forte como no dia anterior, a média de tacadas nesta sexta-feira foi de 2,1 abaixo do par, contra quase uma acima na volta de abertura. A diferença foi de quase três tacadas a menos no segundo dia. Isso propiciou 31 voltas – entre 74 jogadores – na casa das 60 tacadas. Tinham sido apenas 12 na estréia. Isso prova que o milionário Donald Trump, o novo dono do Doral, fez a coisa certa ao contratar o arquiteto Gil Hanse – que dias depois ganharia o concurso para desenhar o campo olímpico do Rio de Janeiro – para reformar o Blue Monster, em 2013. Ele não assusta mais ninguém.
O alemão Martin Kaymer também jogou 64 (-8), houve dois 65 (-7) e dois 66 (-6). E mais dez 67 (-5) entre eles o de Tiger Woods, que fez uma volta sem bogeys para terminar o dia em 15º lugar, dez posições melhor do que depois de jogar o par do campo na estréia. Mas, agora, Tiger está a sete tacadas da liderança e com nove jogadores com duas ou mais tacadas à sua frente.
NUMB3RS – Tiger bateu bem na bola, acertou nove das 14 raias e 14 greens, mas seus 30 putts da estréia e os 28 desta sexta, não bastaram para colocá-lo entre os 55 primeiros nas estatísticas a respeito: putts totais e putts por green acertado (1,8). Após dois dias, Tiger é o 60º na estatística de Strokes Gained – Putting, que mede a diferença do desempenho do jogador sobre os greens com relação à média dos demais em campo. Um carma para que é o quinto jogador que mais acertou greens.
Para encerrar o jejum de dois anos e meio sem títulos do PGA Tour, Tiger, além de melhorar muito nos greens. Sean Foley, seu coach, chamou Butch Harmon, seu ex-treinador de início de carreira, para ver Tiger treinado putts antes de entrar no campo, o que pode ser um começo. Mas Tiger ainda precisa superar um forte grupo de jogadores empilhados na parte de cima do placar. E os próprios nervos, já que começou a gritar com um fotógrafo quando ainda nem havia terminado um swing que deixou a bola dois metros da bandeira (errou o putt, é claro) e acabou de escavar o campo com um ataque de raiva depois de dar uma pesada que mandou a bola para a banca (salvou o par).
Destaques – O australiano Adam Scott, apesar de um duplo bogey no oito, está em terceiro, com 10 abaixo, e joga neste sábado ao lado do sueco Peter Hanson, um dos que jogou 65 e soma nove abaixo. Antes deles, a outra dupla de sábado é formada pelo dinamarquês Thomas Bjorn que vem em quinto, com oito abaixo e é o único sem nenhum bogey no torneio, e pelo americano Keegan Bradley, que jogou 67, como Tiger. E um grupo antes, o sul-africano Charl Schwartzel e Kaymer tentam desempatar o jogo que está em sete abaixo.
Donald, que precisa vencer para recuperar o posto de número 1 do mundo que perdeu para Rory na semana passada, começou a volta com um bogey no 3, mas se recuperou com cinco birdies para jogar 68 e somar seis abaixo, em décimo lugar. Em 2011, ao vencer na Disney, para terminar o ano como o número 1 dos EUA (e da Europa e do mundo), Donald recebeu seu troféu de outro Donald, o Pato. Se vencer domingo, para voltar a ser número 1 do mundo, seu prêmio virá das mãos de outro Donald, o Trump (desculpem, não resisti).
McIlroy, West… – Depois de jogar 73 em sua primeira volta como número 1 do mundo, McIlroy abriu a sexta como tal, ao fazer eagle no 1 e birdie no 2. Mas depois não se achou mais em campo. Devolveu os outros quatro birdies que fez com quatro bogeys e jogou 69, para somar duas abaixo e ficar a dez tacadas do líder. Westwood jogou cinco abaixo com um bogey, mas não bastou para se recuperar dos 76 da estréia. Vem em 34º lugar. Já Phil MIckelson, depois de um começo de ano arrasador, parece ainda continuar em férias com a família. Jogou 72 e 71 e está ao lado do inglês no placar.
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