Cadillac: festival de horrores põe Blue Monster na berlinda

08/03/2014


Quatro lideram com -1, em dia de desastres para 68 jogadores, com 113 bolas na água


Mickelson: tentando se acalmar entre o segundo duplo bogey e o terceiro seguido que faria no dia de golfe brutal no Doral
Mickelson: tentando se acalmar entre o segundo duplo bogey e o terceiro seguido que faria no dia de golfe brutal no Doral. Reprodução da TV

O festival de horrores no novo Blue Monster do Trump Doral, em Miami, jogado com vento, não assustou apenas os 68 melhores profissionais do mundo que estão em campo disputando o Cadillac Championship e jogaram 113 bolas na água apenas no segundo dia. Preocupou bastante os responsáveis pelo golfe nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, já que o arquiteto que reformou o percurso de Trump e o deixou “injogável” nestas quinta e sexta-feira é Gil Hanse, o mesmo que está construindo o campo olímpico na Barra da Tijuca, local à beira-mar onde também venta muito e que terá vários lagos em jogo.

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A resposta se foi uma infeliz coincidência ou se Hanse pesou a mão começa a ser dada neste sábado, quando os 68 jogadores voltam a campo – não há corte nos torneios dos WGC, embora muitos sonhassem com um para ficar livres da tortura sem ter que simular contusões. Se não houver vento, ou pelo menos eles não soprarem a 40 km/h como nesses dois dias, poder-se-á ter uma avaliação melhor do percurso onde o milionário Donald Trump teria investido mais de US$ 251 milhões nesse último ano. Um coisa é certa: após a “propaganda” vista na TV, nem mesmo o 1% de todos os golfistas do mundo que quebram as 100 tacadas – é só isso mesmo! – , teriam coragem de jogar lá.

Experiência – Não é por acaso que completados os primeiros 36 buracos, oito dos 10 jogadores no topo do placar já venceram um major ou um torneio da série mundial. Experiência para enfrentar condições tão adversas que deixaram os nervos à flor da pele foi fundamental, mas não foi garantia de imunidade. O trio de melhores jogadores do mundo – Tiger Woods (+5), Adam Scott (+4) e Henrik Stenson (+5) – não aparece entre os 20 primeiros, deixando apenas como exercício matemático a batalha entre os dois primeiros pelo posto de número 1 do mundo (Scott ultrapassará Woods se vencer e o americano não terminar entre os seis primeiros).

Não que eles estejam descartados, já que as cinco e seis tacadas que os separam dos quatro líderes, que somam uma abaixo, podem desaparecer rapidamente nas condições brutais desses dois primeiros dias – basta lembrar que Phil Mickelson fez três duplos bogeys seguidos e deitou na grama para se acalmar… Mas com bom tempo e todos jogando abaixo, fica difícil superar os 20 jogadores à frente do pelotão de elite dos dois primeiros dias, que agora sai no meio do bolo.

Tiger – Woods, que teve um relampejo de majestade ao fechar os oito buracos que lhes restavam do primeiro dia com três birdies consecutivos. Mesmo assim jogou 76 nos primeiros 18, para ficar nas últimas colocações, antes de abrir a segunda volta com dois birdies e voltar a ter chances de lutar pelo título. Mas vieram cinco bogeys, com direito a dar duas da banca e três greens de três putts, para chegar a sete acima, antes que dois birdies finais, um deles com um putt milagroso de quase 30 metros, o fizessem sorrir novamente, jogar 73 e terminar primeira metade do torneio empatado em 25º lugar.

Scott, que começou o dia com duas abaixo, a uma tacada do líder, terminou a primeira rodada pela manhã, com 75 tacadas antes de também jogar 73 à tarde e terminar em 21º, uma tacada à frente de Woods e de Stenson, que jogou 73 e 76. Mickelson fez caminho inverso e depois dos três duplos bogeys seguidos ainda conseguiu jogar 75 e empatar com Woods e Stenson, seis atrás dos líderes.

Líderes – O americano Hunter Mahan precisou fazer eagle em seu penúltimo buraco do dia – o oito – para jogar 74 e ser um dos líderes com uma abaixo, ao lado dos também americanos Dustin Johnson (74), Patrick Reed (75) e Matt Kuchar (74). Os norte-irlandeses Rory McIlroy (74) e Graeme McDowell (71), o italiano Francesco Molinari (75) e o galês Jamie Donaldson, que jogou 70 (-2) a melhor volta do dia, estão uma tacada atrás. Apenas mais dois jogadores quebram o par do campo na segunda volta, ambos com 71 (G-Mac e Chris Kirk, que soma duas acima).

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