Cadillac: McIlroy faz melhor volta do dia e Watson lidera por três

11/03/2012


Nº 1 do mundo e Woods atacam, mas ninguém chega perto do canhoto do driver cor-de-rosa


   Bubba: drives de 360 jardas e líder por três num campo de golfe de resort: mais recordes à vista no Doral
   Bubba: drives de 360 jardas e líder por três num campo de golfe de resort: mais recordes à vista no Doral
 
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por: Ricardo Fonseca

Bubba Watson ainda estava na sede, preparando-se para entrar em campo, quando Rory McIlroy começou a assombrar a todos no Cadillac Championship, neste sábado. O número 1 do golfe mundial jogou 30, seis abaixo de ida, sem aproveitar num dos dois pares 5, mas fez eagle no 10, o terceiro par 5 do campo, e novo birdie no 12, para somar assombrosos nove abaixo em 12 buracos e ficar a apenas uma tacada do líder Bubba Watson, que jogava o buraco 1 naquele momento.

Não só Rory, mas todos os presentes no Blue Monster, o outrora temido campo azul do Doral Resort, em Miami, sentiram cheiro de 59 no ar e a possibilidade de o número 1 do mundo ameaçar a liderança de Bubba, que no início do dia estava dez tacadas à sua frente. Mas uma bola na banca da raia do 14, que o obrigou a fazer lay-up, e um segundo tiro do rough no 16, que não chegou ao green, custaram a McIlroy bogeys nesses dois pares quatro, para jogar um 65 (-7) que acabou sendo, paradoxalmente, uma frustrante melhor volta do dia, o bastante apenas para deixar o norte-irlandês de 22 anos, empatado em oitavo lugar.

No meio disso tudo, Tiger “Está Voltando” Woods abriu sua volta com três birdies consecutivos e fez outro no buraco seis, para chegar a quatro abaixo no dia, em seis buracos. Mas, depois de um par no 7, o ex-número 1 do mundo fez apenas um birdie, contra três bogeys – dois deles nos pares cinco – nos seis buracos seguintes. Woods ainda salvou um par incrível no 9, um par 3, ao jogar a bola na água, dropar ao lado do green e embocar. E precisou fechar a volta com dois birdies nos três buracos finais para jogar 68 (-4) e terminar o dia empatado em oitavo com Rory, ambos com nove abaixo.

Show time – Era a hora do show de Bubba, que usou seu driver de cabeça e vara cor-de-rosa para voltar a triturar o campo do Doral. “É mentira que o Bubba tenha roubado meu driver”, avisou, pelo twitter, Paula Creamer, que tem no cor-de-rosa sua marca registrada, numa das muitas brincadeiras sobre a cor do taco do líder. Mas fica difícil brincar com um homem de 1,91 metro, quando ele mostra do que é capaz seu taco cor-de-rosa. Bubba bateu um drive de 342 jardas no buraco 1 para fazer eagle; outro de 360 jardas no 2, para fazer birdie; e outro de 345 jardas no 3, que ele não aproveitou.

Mesmo fazendo três bogeys até o final e deixando escapar um dos pares 5 do campo, Bubba fez outros cinco birdies para jogar 67, cinco abaixo, somar 199 tacadas, 17 abaixo do par e recorde para 54 buracos desde que o Cadillac passou a ser jogado no Doral, e terminar o dia liderando por três de vantagem. Para quem jogou em média mais de três abaixo na primeira metade do campo, basta repetir isso neste domingo para Bubba exigir que o adversário que quiser desafiar seu título jogue pelo menos sete abaixo.

Big One – Com pouco mais de 33 anos e quatro meses, Bubba está perto de vencer pela quarta vez em 158 torneios do PGA Tour, mas a terceira nas últimas 28 competições e pela primeira na série de campeonatos mundiais.  O número 23 do mundo ainda não tem um grande título na carreira, tendo como melhores resultados um vice-campeonato em majors (PGA Championship de 2010) e um quarto lugar nos World Golf Championships (quarto no Accenture de 2011).

O inglês Justin Rose, que começou o dia uma atrás de Bubba, perdeu terreno ao fazer seis birdies e três bogeys, para jogar 69 (-3) e ficar empatado em segundo, com 14 abaixo. O seu último bogey, no 18, fez com que Rose perdesse a vaga no pelotão, depois de ter jogado três dias ao lado de Bubba. Quem tomou seu lugar foi Keegan Bradley, campeão do PGA Championship, que  jogou 66 (-6), numa volta sem bogey.

No caso de um colapso de Bubba, Rose e Bradley terão até cinco tacadas de vantagem sobre um grupo de 10 jogadores aonde estão alguns dos melhores do mundo. O sueco Peter Hanson vem em quarto, com 12 abaixo, seguido por Matt Kuchar e Zach Johnson, com 11 abaixo, e Johnson Wagner, com dez abaixo. E a turma empatada com nove abaixo não é fraca não: lá estão, além de McIlroy e Woods, o inglês Luke Donald (que jogou 69 com um duplo bogey), o sul-africano Charl Schwartzel (70), o alemão Martin Kaymer (70), e Webb Simpson (66).

Desatualizado – Keegan Bradley (66); Johnson Wagner (67); Steve Stricker (69); Branden Grace (64) e K.T. Kim (70) fizeram as cinco rodadas sem bogeys deste sábado, quando o vento diminuiu ainda mais e o Doral ficou ainda mais vulnerável. A média de tacadas que foi de 72,66 no primeiro dia, caiu para 71,29 no segundo e 70,9 no terceiro, sendo 34,42 na primeira metade do campo e 35,69 na segunda.

McIlroy, que não tem papas na língua e não deve nada a ninguém, aproveitou para falar o que todos pensam sobre o Doral, mas evitavam por razões políticas. “Esse é um campo de resort, que foi difícil há 15 anos, mas hoje está desatualizado”. Nada que se queira ouvir sobre a sede de um torneio da série de campeonato mundiais. Donald Trump, que acaba de comprar o Doral, contratou Gil Hanse, que depois foi escolhido para construir o campo olímpico do Rio de Janeiro, para reformar o campo.

(Horários corrigidos) TV A ESPN transmite a rodada final ao vivo das 16h00 às 20h00 em seus dois canais, o convencional e o HD, segundo o site da emissora. As principais saídas começam às 14h40 do Brasil, com Kaymer, e Steve Stricker. A seguir saem: 14h50 – Donald e Schwartzel; 15h00 – Simpson e Woods; 15h10 – Wagner e McIlroy; 15h20 – Kuchar e Johnson; 15h30 – Rose e Hanson; e 15h40 – Watson e Bradley.

A geração de imagens nos EUA será feita das 14h00 às 16h00 pelo Golf Channel, e das 16h00 às 20h00, pela NBC. Os golfistas brasileiros no Facebook dizem que é possível ter acesso a esses canais pela internet e assistir até duas horas a mais de golfe. A partir deste domingo, a Flórida (e outras regiões dos EUA e Canadá) adota o Eastern Daylight Time (EDT) passando a ter apenas uma hora de diferença em relação ao horário oficial do Brasil (quatro horas a menos em relação a Greenwich; o horário oficial do Brasil é de três horas a menos). O EDT prossegue até 4 de novembro.

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