Campo Olímpico rouba a cena no PGA Show, em Orlando

23/01/2015


Gil Hanse e Amy Alcott dão detalhes e mostram primeiras fotos com a grama plantada


Ty Votaw, Peter Dawson, Suzann Pettersen, Graeme McDowell, Amy Alcott e Gil Hanse, durante o Olympic Golf Forum, no PGA Merchandise Show
Ty Votaw, Peter Dawson, Suzann Pettersen, Graeme McDowell, Amy Alcott e
Gil Hanse, durante o Olympic Golf Forum, no PGA Merchandise Show

por: Ricardo Fonseca

As primeiras fotos oficiais do campo olímpico de golfe do Rio de Janeiro, depois que o plantio da grama foi concluído recentemente, foram mostradas pelos arquitetos Gil Hanse e Amy Alcott no Olympic Golf Forum, que reuniu centenas de ouvintes e roubou as atenções no primeiro dia do PGA Merchandise Show, a maior feira do golfe mundial, nesta quinta-feira, em Orlando, nos EUA. Participaram do painel ao lado dos arquitetos Peter Dawson e Ty Votaw, respectivamente presidente e vice-presidente da Federação Internacional de Golfe e os campeões de majors Graeme McDowell e Suzann Pettersen.

Veja, abaixo, em primeira mão, quatro imagens inéditas do campo de golfe olímpico do Rio de Janeiro

Restando 19 meses para a primeira tacada ser dada na volta do golfe aos Jogos Olímpicos, depois de 112 anos de ausência, ficamos sabendo que o campo terá 7.350 jardas e par 71, em campo aberto, num estilo links, sem nenhuma árvore. O campo terá o que Hanse chamou de “meios-pares”, mesclando pares 3 curtos e longos, pares quatro “draiváveis” e pares 5 para serem alcançados com duas tacadas para os que quiserem assumir o risco.

Estilo links – Segundo Alcott, membro do Hall da Fama do LPGA e designer consultora do projeto, o campo é cheio de oportunidades de birdies para quem jogar agressivamente, com destaque para o buraco 16, um par 4 curto onde muitos dos 60 homens e 60 mulheres que jogarão lá em agosto de 2016 tentarão ir direto para o green. “Gil e eu criamos um campo estilo links que poderá ser jogado por todos os níveis de golfistas, mas que, obviamente, será um verdadeiro desafio para a elite do golfe mundial”, afirmou Alcott.

Depois de apresentar os slides com as fotos do campo, Hanse disse que graças ao terreno todo de areia ele e Alcott puderam criar um campo que parece muito com o que o grupo de campos de golfe conhecidos como Sand Belt, em Melbourne, Austrália. Hanse e seu assistente Jim Wagner passaram uma semana na Austrália pesquisando esses campos, dos quais muito aproveitaram em ideias de contornos e formas. “Eu acredito que essas imagens vão ajudar as pessoas e ver como a grama já foi plantada, está crescendo e que existe um campo de golfe de verdade nascendo lá”, completou Hanse.

Efeito multiplicador – A diretoria da IGF vistoriou as obras no último final de semana, no Rio, e ficou com ótima impressão. Dawson se disse muito entusiasmado com o campo, sobretudo com o que ele vai representar. “Começamos esse projeto da volta do golfe aos Jogos Olímpicos porque muitos países pequenos, pequenos em termos de golfe, realmente precisavam de alguma ajuda para crescer no esporte”, coanta Dawson. Segundo o dirigente, as pessoas desses países diziam que a volta do golfe às Olimpíadas dariam ao esporte uma exposição extra, apoio do governo e popularidade, “E é isso que já estamos começando a ver em tantos países que eu visito em todo o mundo”.

Votaw preferiu falar sobre a importância do golfe olímpico nos Estados Unidos. “Quando embarcamos neste processo sabíamos que o golfe iria crescer ao redor do mundo, mas também sabíamos que poderíamos levar o golfe para mais crianças em nosso país e que certamente teria um efeito multimplicador aqui”, conta. “Acreditamos que (a volta aos Jogos Olímpicos) não fará nada além de ajudar a o golfe a crescer aqui nos Estados Unidos”.

Sonho olímpico –
Pettersen, norueguesa que venceu dois majors e esteve em sete Solheim Cups se envolveu com a votla do golfe aos Jogos Olímpicos desde 2009. “Eu cresci vendo todos os meus heróis do esporte competindo na TV por medalhas de ouro, prata e bronze e agora eu posso ter sonhar o mesmo para mim”, disse. “Fazendo parte deste processo, eu pude ver o quanto de trabalho foi necessário para chegar até aqui e eu acho que o golfe, como um dos maiores esportes do mundo, deve estar no programa olímpico”.

McDowell também se lembrou dos heróis olímpicos da Irlanda do Norte e como isso foi importante para ele. “Eu acho que os Jogos Olímpicos são o auge do esporte”, diz G-Mac. “São a realização máxima para um desportista e atleta e nada vai internacionalizar o jogo mais do que fazer parte dos Jogos Olímpicos, levando o jogo para as partes subdesenvolvidas do mundo, trazendo jogadores para este grande esporte que todos nós amamos”, completa. “Estamos todos muito, muito animados e muito apaixonados por fazer parte disso”.


 Vista aérea do buraco 13, dogleg para a direita; do 14, um par 3 jogado sobre a agua; e do 15, dogleg à esquerda, no fundo. Vê-se pela vista do alto como o campo avançou sobre a área de proteção ambiental provocando os problemas legais que agora parecem ter sido superados e deixando uma faixa mínima para a circulação da fauna e proteção do ecossistema, mas com uma grande faixa reservada para os condomínios verticais, dos quais já existe o Riserva Uno (no fundo à direita), ao lado do qual já aparece limpa a área para o Reserva Golf, que já está sendo vendido e que terá quase o dobro de altura.


Buraco 7, com o green ao fundo, ao lado da duna


Buraco 9, um par 4 curto, visto de 200 jardas antes do green


Buraco 8 visto da duna à esquerda do green do 7

Fotos: cortesia da Hanse Design

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