CBG explica tratamento diferenciado para os profissionais

25/07/2012


Cadastramento espontâneo virou filiação, com cobrança indireta para quem não aderir


Barcellos, diretor profissional da CBG: sócios terão privilégios nas inscrições nos torneios de golfe da entidade
Barcellos, diretor profissional da CBG: sócios terão privilégios nas inscrições nos torneios de golfe da entidade

por: Ricardo Fonseca

A alteração no regulamento do CBG Pro Tour feita entre a primeira e a segunda etapa do circuito profissional de 2012, sem aviso prévio ou explicações, como mostrado nesta segunda-feira em reportagem exclusiva do Portal Brasileiro do Golfe , trata-se de algo bem mais complexo do que uma simples diferenciação na taxa de inscrição para os torneios. A partir de agora, o que foi anunciado como um cadastramento espontâneo dos profissionais brasileiros no site da CBG, passou a ser uma filiação oficial, com direito a carteirinha de sócio e tratamento diferenciado.

No primeiro torneio do CBG Pro Tour desta temporada, os profissionais brasileiros pagavam R$ 200 reais de inscrição e os estrangeiros R$ 300. Agora, os R$ 200 só valem para quem for “cadastrado” na CBG, cabendo aos demais profissionais brasileiros – os filiados exclusivamente à PGA do Brasil – pagar R$ 300 de inscrição, o mesmo que é exigido dos estrangeiros.

Privilégio – “É um privilégio para quem é sócio da CBG”, explica Rafael Barcellos, diretor profissional da entidade. “A própria PGA do Brasil fez isso (taxa de inscrição diferenciada) no torneio do PL”, argumenta Rafael, que abandonou a entidade da qual já foi diretor. No Aberto do PL, a PGA do Brasil cobrou inscrição maior dos profissionais não filiados à entidade com o argumento de que como eles não pagavam a mensalidade da PGA do Brasil, precisavam contribuir de outra forma para o fundo que é investido na categoria, incluindo a organização daquele e de outros torneios.

Como a filiação à CBG é gratuita (não há taxas, pois a entidade é mantida pelas federações estaduais, a quem representa) Barcellos explica que o dinheiro que será arrecadado a mais formará um fundo que vai ajudar a manter os prêmios do CBG Pro Tour sem diminuição no caso de mais de 18 jogadores (os empatados até esta colocação) passarem o corte. “Esse dinheiro ajudará também a cobrir os pagamentos com o Pro-Am”, explica Rafael. O Pro-Am pagará R$ 300 reais a cada um dos 15 participantes, escolhidos pela CBG entre os finalistas.

Cobrança indireta – A primeira coisa que se nota é que o “cadastramento espontâneo” dos profissionais virou cobrança indireta para quem não aderir a ele, R$ 100 por torneio, no mínimo. Como há “quase 40 cadastrados”, segundo Rafael, supondo-se que 30 deles se inscrevam entre as 80 vagas disponíveis a etapa do CBG Pro Tour, eles gerariam receita de R$ 6 mil. Os demais 50 jogadores pagando R$ 300 por cabeça renderiam outro R$ 15 mil. Um total de R$ 21 mil, contra R$ 16 mil que seriam arrecadados se todos pagassem como antes, ou seja, a CBG vai conseguir com isso no máximo mais R$ 5 mil.

Como o CBG Pro Tour paga R$ 100 mil em prêmios, além de R$ 4,5 mil do Pro-Am e o custo chega ao triplo de tudo isso, o impacto da cobrança discriminada será pequeno, menos de 5% da premiação ou perto 2% dos custos totais. Uma porcentagem que diminuiria a cada novo cadastrado. Assim, fica claro que o objetivo é outro. “Precisamos reforçar o cadastramento de jogadores”, reconhece Rafael, referindo-se à filiação à CBG. “Entre nossos quase 40 cadastrados temos sócios exclusivos e outros que são filiados também à PGA do Brasil, o que é contra o regulamento deles”, cutuca Rafael.

Planos – Mas os planos da CBG para os profissionais não param por aí. Todos os “cadastrados” receberão carteirinhas de sócios profissionais da CBG, com distinção entre os que jogam torneios, os que são professores de golfe e os que fazem as duas coisas, a maioria, por sinal. “Precisamos cadastrar todos, pois vamos estruturar o Departamento Profissional da CBG sob os cuidados do profissional inglês Sean Case, contratado para esse fim”, conta Barcellos.

“O (Sean) Case vai estruturar o Departamento Profissional da CBG e depois vamos cuidar da formação de novos profissionais”, adianta Rafael. Com isso a CBG assumiria praticamente todas as funções da PGA do Brasil, entidade com mais de 30 anos de existência, que está ficando sem espaço – e sem dinheiro – para sobreviver.

Profissional – Sean Case foi indicado à CBG por Tony Bennett, profissional do PGA Tour da Europa, contratado pela CBG para ensinar professores de educação física em alguns estados brasileiros a dar noções de golfe para crianças em suas escolas, usando tacos e bolas de plástico. Bennett há cinco anos ministra um longo e difícil curso de formação de professores de golfe na PGA do Brasil. Os professores formados por Bennett na PGA do Brasil são reconhecidos pela PGA da Europa, entidade à qual a brasileira é filiada.

  • Onde Jogar

    Como chegar. Dicas de hospedagem e alimentação. Preços e serviços

  • Turismo

    Aproveite o acordo entre a Pousada Travel Inn Trancoso e o Terravista Golf Course

  • Golfe 2016

    Paris 2024: Corrida olímpica começa com o brasileiro Rafa Becker entre os Top 50


  • Newsletter

    Golfe.esp.br - O Portal Brasileiro do Golfe

    © Copyright 2009 - 2014 Golfe.esp.br. Todos os direitos reservados