Cego aprende a jogar golfe no Damha Golf Club

06/11/2012


Ele começou embocando bolas no green de treino e já está batendo tacadas longas


Patrick e Salinas dando entrevista para a Rede Record: cego aprende a jogar golfe na escola do Damha
Patrick e Salinas dando entrevista para a Rede Record: cego aprende a jogar golfe na escola do Damha

Patrick Lourenço, de 19 anos, cego de nascença e apaixonado por esportes está provando para todos que o golfe é um esporte que não tem barreiras, mesmo para quem não enxerga nada como ele. Patrick, que também pratica atletismo, começou a tomar aulas de golfe com o profissional Ricardo Salinas, coordenador da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha, com assistência do também profissional Gledson Santana, o Madruga.

Veja a reportagem com Patrick Lourenço no programa Esporte Fantástico, da Rede Record

A ideia de oferecer aulas ao deficiente visual partiu da golfista e sócia do Damha, Elizabeth Pavão de Castro, e de Salinas. Beth viajou à Itália, no ano passado, onde acompanhou o 2º Torneio de Golfe para Deficientes Visuais daquele país (2º Italian Blind Open). Salinas se interessou pelos relatos de Beth e juntos buscaram mais informações sobre como ensinar golfe para deficientes visuais.

Bruno, golfista cegoAprendizado – “Estou aprendendo a ensinar”, diz Salinas. “Assisti a vários vídeos que a Beth trouxe da Itália e li bastante sobre o assunto”, conta. “Mas meu maior professor tem sido o próprio Patrick”, explica. Nas primeiras aulas, iniciadas no ano passado, Patrick se familiarizou com o equipamento e conversou muito com o professor a respeito do esporte. “Ele tem a parte sensorial muito desenvolvida e, em vários momentos, esqueço da deficiência dele”, diz Salinas. “Ele me corrige e eu o instruo sobre o que funciona para ensinar um deficiente visual”, explica Patrick.

O adolescente, que pratica corrida e compete em provas longas, pretende se dedicar muito ao esporte. “Quero ser o primeiro cego do Brasil a jogar golfe”, diz Patrick.

Outro cego – Em 2006, outro cego, Bruno Germano Luís (foto ao lado), começou a tomar aulas de golfe no Clube de Golfe de Campinas. Da mesma forma que Patrick, ele aprendeu o jogo curto e passou para o longo, sempre com o auxílio de profissionais, que o orientavam sobre a distância e direção das tacadas, bem como acidentes do terreno à frente. Sua história foi contada no Por Dentro do Golfe, da ESPN, na primeira semana de agosto de 2006.

O golfe ajudou Bruno a desenvolver outras habilidades, mas ele abandonou o esporte, até por falta de quem o acompanha-se na aventura. Quem sabe, agora com o incentivo de Patrick, ele volte ao golfe.

Regras e associação – O golfe para cegos começou a ser notícia em 1925, quando o americano Clint Russell que perdeu a visão num acidente, começou a jogar golfe e chegou a jogar 84 tacadas em 18 buracos no início dos anos 30. Em 1997 foi criada a International Blind Golf Association (IBGA), com sede em Perth, na Austrália. Hoje há várias competições internacionais para cegos e pessoas que perderam parcialmente a visão.

Existem Regras de Golfe especiais para cegos, que podem ser lidas aqui (em inglês) no site da USGA.

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