CEO da TaylorMade diz que golfe só declinou com Woods

24/04/2013


Para Mark King, Tiger leva mais gente para a TV, mas não afeta a economia do golfe


King, da TaylorMade:
King, da TaylorMade: “o golfe vive um declinico contínuo desde que Tiger Woods chegou ao esporte”

Em meio ao turbilhão de notícias do Masters, do começo empolgante, ao final emocionante, passando pelo incidente de Regras envolvendo Tiger Woods, passou despercebida uma importante declaração de Mark King, CEO da TaylorMade-Adidas Golf, que merece ser discutida e ainda vai dar muito que falar: “O golfe vive um declínio contínuo há 16 anos, desde que Tiger Woods chegou ao esporte”.

Calma! Antes de taxar King de louco e trocar de página, vale lembrar que ele comanda uma das maiores empresas de Carlsbad, na Califórnia, o “Vale do Silício do Golfe”, que vem de vendas recordes em 2012, quando abocanhou quase a metade do mercado de drivers (e madeiras) e um quarto das vendas de ferros, nos Estados Unidos. “Eu não penso que ele (Tiger) tenha qualquer efeito na economia do golfe”, disparou King, em entrevista à insuspeita and CNBC, canal a cabo de notícias econômicas operado pela NBC Universal.

Impacto – King se explica. “Que ele (Tiger) tem um impacto nas pessoas que assistem à TV porque talvez seja o maior atleta de nossa geração, disso não há dúvidas”, diz King. “Mas essas pessoas estão correndo para o golfe, tirando férias para jogar golfe, comprando casas em campo de golfe, comprando um driver novo?”, indaga o executivo. “Não, eles não estão”, assegura King. “Então o Tiger joga bem, tem mais gente assistindo à TV, eles vendem mais comerciais, mas isso não nos ajuda”, disse King, falando de seu ramo de negócios.

King explica que manteve sua empresa crescendo, sobretudo nos anos de recessão econômica, na virada da década, com uma tática que seria uma versão do que a Apple faz no seu nicho de mercado. “Lançamos todos os anos produtos que todos querem e precisam ter”, diz o executivo, que impulsionou as vendas simplesmente trocando a cor dos drivers de preto para branco. “Isso surpreendeu a indústria, surpreendeu os jogadores e nos surpreendeu”, disse o executivo, rindo com a observação.

Concorrência – Bem, é claro que é preciso lembrar que a TaylorMade patrocina Sergio Garcia, Dustin Johnson e Jason Day, mas não Tiger Woods ou Rory McIlroy. Os dois jogadores mais quentes do momento usam equipamentos Nike, não da fábrica de King. O CEO da TaylorMade talvez por isso não tenha chegado ao âmago da questão.

O golfe não cresce e até encolhe nos EUA, há vários anos, provavelmente por causa dos custos dada vez mais elevados dos equipamentos e green-fees. Tiger, com seu salário milionário, pode ter ajudado a aumentar a inflação do golfe, mas todas as empresas concorrentes da Nike, incluindo a TaylorMade, que precisaram gastar mais para divulgar seus produtos nesses 16 anos, também fazem parte desta dança.

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